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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Do Leonardo Bruno

Milhares de cidadãos morrem todo ano no Brasil vítimas de facas, peixeiras, terçados, estiletes e outros tipos de armas brancas. Em particular, os utensílios de cozinha podem ser os maiores responsáveis. Acaso não há homicídios passionais causados por bebedeiras e desavenças de amantes? Ou acidentes na cozinha, por conta do uso das malvadas lâminas para cortar carnes ou manteigas? E o camponês que usa terçado para cortar cana ou capim? Acaso precisa deste instrumento danoso para realizar seus serviços de capinagem? Ele não poderia arrancar a mata com os próprios braços? E os seus braços? Não poderiam socar e matar alguém?

É curioso que ninguém se lembre desses grandes perigos que só fazem aumentar a violência em nossas ruas. Por causa dessa calamidade social, a nova campanha do desarmamento deveria obrigar a todos os brasileiros a comerem com as mãos. Assim, as facas sairão de fora do alcance dos assassinos e das crianças! Com uma advertência: como as mãos também podem matar, os cidadãos teriam que aprender a usá-las também, de forma pacífica e politicamente correta. Não dá pra proibir as mãos. Só cortando-as. Se algum engraçadinho fizer um “cotoco”, vai pra cadeia!

É claro que estou ironizando. Mas o mesmo se dá quando surge a propaganda histérica de proibição do porte de armas de fogo pela população. É como se as armas disparassem sozinhas. Ou que os cidadãos comuns fossem pessoas idiotizadas e cretinas, a ponto de merecerem tutela do Estado contra si mesmos. Na lógica do governo e dos desarmamentistas, o indivíduo comum não sabe usar armas ou não deve usá-las, pois é um criminoso em potencial. Precisa de intermediários e protetores, pois o Estado detém o monopólio de sua segurança. Os únicos a terem direitos especiais de autodefesa são os policiais e os bandidos. Em um sistema no qual a corrupção contamina o judiciário e a polícia, por vezes, a diferença entre uns e outros se perde. Quem definirá o que é polícia e o bandido? Ambos terão o privilégio de controlar os meios de defesa da sociedade.

Ocorre mais um massacre nos EUA, em Newtown, Connecticut. Mais um desajustado mata gente inocente numa escola americana. No Brasil, os ativistas (com o poderio do governo, da Rede Globo, da ONU e demais ONG’s esquerdistas) exploram a comoção de mais uma tragédia e batem na mesma tecla sofística: se há malucos matando por aí, a solução não é prevenir suas ações e puni-los. É desarmar as potenciais vítimas futuras. Eis a “indústria” desarmamentista em ação.

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