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terça-feira, 31 de maio de 2011

Do Luiz Felipe Pondé

"Tomemos como exemplo o debate sobre a luta pelos "direitos gays".
O STF aprovou a união civil dos homossexuais. Vou mais longe: acho que deveriam ter o direito de se casar também e de ter filhos. E de ir às reuniões chatas de "pais e mestres". E de ficar pobres como os héteros por causa dos filhos. E de descobrir que pouco importa sua "visão de mundo", você estará sempre errado diante de um filho que cresceu.
Acho que quem "bate em gay" deve pagar não porque bateu num gay, mas porque gay é gente como todo mundo. Sou contra leis especiais que protejam gays. Complicado? Sinto muito.
Se um professor interrompe um menino e uma menina que se beijam na sala de aula é ok, mas, se fossem dois meninos, seria "homofobia"?
Hoje os jovens (e todo mundo) têm medo de dizer qualquer coisa que não seja "gay é lindo". Não há nada de revolucionário em ser gay, nem existe uma "comunidade gay". Gays são pessoas atoladas nas mesmas misérias e erros humanos. Neuróticos, como todo mundo, com sofrimentos específicos.
E aí chegamos a uma questão que me parece muito representativa dos equívocos do debate ao redor da "questão gay" (um belo exemplo do fascismo do politicamente correto): o pretenso direito de o Estado querer discutir "a heterossexualidade como normatividade sexual".
Intenções como essas representam a tendência totalitária do Estado moderno em querer se meter em assuntos que não são da sua competência.
O governo não tem que se meter a dizer a ninguém o que é "sexualidade normal". Isso é um crime contra a liberdade. E isso vai acabar "batendo" na sala de aula. E, como ninguém sabe direito o que está fazendo na sala de aula, essa nova "modinha" vai pegar.
Já disse em outras ocasiões que sou contra a tal da educação sexual quando pretende discutir "ideologias sexuais". Como pai, tenho todo o direito de suspeitar da sanidade mental de uma professora de educação sexual, porque em matéria de sexo todo mundo é mal resolvido.
Se as famílias são um lixo e por isso exigem das escolas o que elas não podem dar, as famílias das professoras também são um lixo.
Imaginemos uma aula de educação sexual na qual vá se "questionar a normatividade" (ou normalidade) da heterossexualidade. Como seria uma aula dessas?
Que tal assim? Meninos e meninas colocando com a boca uma camisinha num pênis de plástico para, quem sabe, perceberem que meninos também podem gostar de fazer sexo oral em meninos.
Ninguém tem o direito de fazer isso. Nem pai, nem mãe e muito menos professores que, provavelmente, ao se dedicarem a isso, "provam" suas pequenas taras.
O Estado deve dar o direito aos gays de viverem como os héteros e mais nada. Não deve se meter a dizer o que é normal. As pessoas têm o direito de sentir o mal estar "que quiserem". E deixem os filhos dos outros em paz."

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