O Brasil é um país insano, por aqui a matemática é mal tratada todos os dias. Mal tratada, por exemplo, com o inchaço do setor público, com o déficit previdenciário, com a criação de benefícios pagos pelo erário que estimulam a vagabundagem profissional, com o endividamento público, etc.
Agora, a matemática pode até apanhar por aqui, mas não temos o poder de modificá-la. Isto significa que um dia a casa vai cair. Pode ser no mês que vem, daqui 10 anos, daqui 20, mas um dia vai cair. E no dia em que a casa cair não vai ser possível resolver a questão dentro da ordem democrática (se ainda houver ordem democrática). Como é que vai demitir funcionário público dentro da ordem democrática? Como é que vai reduzir aposentadoria dentro da ordem democrática? Desta forma, no dia em que a casa cair as coisas provavelmente serão resolvidas na rua, na bala. Mas e o desarmamento? Bom, se não for na bala será no facão, no braço, na pedrada...
A nossa irresponsabilidade para com o futuro é permitir que o ambiente para o que vai acima continue se formando.
Recebo diariamente a coluna do Políbio Braga, por e mail. Na de hoje ele fala sobre a insanidade nas regras de aposentadoria do setor público gaúcho. Um dado ilustra com absoluta clareza como as coisas estão erradas: a polícia militar do RS possui 17 coronéis na ativa e 455 (sic) na reserva.
Um dia a hora do acerto vai chegar. Uma pena não fazermos nada enquanto há tempo.
terça-feira, 10 de maio de 2011
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