Quando viajamos ao exterior recebemos um choque de preços, ou seja, a constatação de como as coisas são absurdamente caras no Brasil. Alguns itens já desisti de comprar aqui, e compro apenas quando viajo.
Como a maioria da população nunca sai do país, não se conscientiza de como paga caro pelas coisas. E este pagar mais caro não se deve somente à ganância dos empresários. Evidentemente, há um pouco do componente ganância. O empresário pensa: "se o consumidor paga este preço, por que reduzi-lo?". Mas há também o custo Brasil: falta de infraestrutura, carga tributária, carga previdenciária, justiça trabalhista, baixa produtividade, etc.
Os preços por aqui ainda são muito caros, mas já foram piores. Levantamento da Exame desta quinzena demonstra que um Gol básico custava em 1990 cerca de R$90 mil (em valores de hoje). Espero sinceramente que barreiras tributárias, como Dilma acaba de criar, não nos levem novamente a uma situação como esta.
Mas voltando ao custo de vida no Brasil, neste fim de semana conversava com um executivo Italiano, que foi transferido da matriz Italiana para trabalhar na subsidiária Brasileira. Quando lhe convidaram para se transferir ele perguntou se teria aumento de salário. Seus chefes responderam que não, pois com salário em Euros, e gastando em Reais, ele viveria como um magnata no Brasil. E ele acreditou...
O fato é que tal executivo está apavorado - o salário lhe permitia viver confortavelmente na Itália, e ainda acumular poupança para a aposentadoria. O mesmo salário, no Brasil, não é suficiente sequer para cobrir os gastos necessários durante os trinta dias de cada mês.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
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