Bem, chegamos à Itália, e escrevo desde Gênova. Nossa viagem, desde que saímos da Espanha, pode ser utilizada pelos leitores como um exemplo de onde não pernoitar, onde apenas passar e onde ficar.
Como já escrevi, Marselha (onde pernoitamos por duas noites) é uma cidade bastante degradada e não recomendamos de maneira nenhuma hospedagem por lá. Vale, no máximo, uma passagem de algumas horas.
Já Cannes (onde não pernoitamos) é um pequeno paraíso, e vale uma estadia de uns dois dias, para curtir a cidade.
Nice (onde pernoitamos por duas noites) é linda na orla do mar, mas à medida em que se afasta do mar (ali pela 4ª quadra) a cidade vai ficando feia, suja, fedorenta e cheia de gente mal encarada pelas calçadas. Recomendamos uma visita rápida à orla, quem sabe um almoço em um dos vários restaurantes à beira-mar, e seguir viagem.
Monte Carlo (onde não pernoitamos) é uma ilha da fantasia, com tudo bonito, tudo rico, e congestionamento de Ferraris, Rolls Royces e Maclarens nas ruas. Ótimos resturantes, grande comércio, vistas de tirar o fôlego, e o charme de fazer de carro o trajeto da corrida de fórmula 1 (fiz duas voltas). Acredito que justifique uma estada de pelo menos uns três dias.
De Monte Carlo partimos para a Itália, e a estrada é deslumbrante, inteira de viadutos e túneis. A paisagem é belíssima, e é possível ver várias cidades encantadoras à beira-mar (não pernoitamos em nenhuma delas), como San Remo. Aí se chega a Gênova (duas noites...), uma cidade de passado glorioso, de muita história, mas extremamente empobrecida. Muitos (muitos mesmo) mendigos nas ruas, muita prostituição (em função do porto), muita sensação de insegurança nas calçadas, falta de boas opções para fazer uma refeição, e muita decadência e abandono no aspecto geral da cidade. Sujeira e pichações por todos os lados. Aqui não recomendamos nem passar algumas horas, melhor passar direto e seguir viagem. O único ponto positivo para nós aqui é que o hotel, ao contrário dos demais onde ficamos, é excelente.
Amanhã seguimos viagem para Veneza.
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