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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Educação

Desde a redemocratização ouço o discurso da melhor valorização dos professores. Como ninguém nunca define qual seria a valorização adequada, é um discurso com prazo de validade perpétua, ou seja, mesmo que um professor ganhasse 1 milhão de dólares por mês ainda caberia o discurso de que ele deveria ser melhor valorizado.

Os professores, na média, são muito ruins. Possuem muito pouco conhecimento e confundem ideologização com educação. Melhorariam como professores se tivéssem seus salários quintuplicados? Não creio. São o que são, com suas limitações. Se salário fosse o motivador para ir atrás de mais conhecimentos, seriam desonestos para com sua profissão, e indignos de serem professores. Desta forma, a tal "melhor valorização dos professores" significa, na prática, o seguinte: pagar mais caro pela mesma porcaria.

Muitos defendem que salários maiores atrairiam para a educação profissionais mais capacitados. Pode até ser. Mas se tornariam professores em função da grana, sem vocação. Seriam, possivelmente, maus professores. Educação é missão de vida, e exige vocação.

É uma situação aparentemente sem saída. Resta aos pais que receberam melhor educação tentar passar conteúdos para os seus filhos, na educação familiar. Mas isto exclui os mais humildes, que vêm de lares onde os pais não receberam educação formal. Pois é, a educação no Brasil se transformou em barreira à ascensão social, ou seja, a sociedade paga impostos para financiar uma educação que garante que os pobres continuem pobres.

Melhor seria enviar nossa juventude para estudar no Chile. Mas tem que ser rápido, afinal os comunas de lá já estão na rua para destruir a educação chilena.

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