É indolor, é quase imperceptível, ocorre em ritmo de festa, mas todos os dias nos tornamos um pouco menos civilizados do que éramos no dia anterior. Vejam o parágrafo abaixo, do Reinaldo Azevedo. Volto na sequência.
"Num post escrito anteontem, eu lhes apresentei Agripina Inácia, a “socióloga da Unicamp”, caricatura de uma feminista vivida por Regina Casé no excelente TV Pirata, já lá se vão quase 25 anos. O Brasil e a televisão, na média, eram mais inteligentes. Quadros de humor daquele programa seriam considerados, hoje em dia, sofisticados demais para as massas."
Retomo: é verdade, um programa popular do final de década de 1980 não poderia ser reprisado em horário nobre no século XXI porque ... a população não conseguiria compreender as piadas. Está aí o atestado de regressão, regressão esta que trato o tempo todo aqui no blog. Insisto - neste ritmo, vamos voltar para a caverna.
Neste mês vi nas bancas uma reedição de um exemplar histórico da revista do Cascão de 1983. Esta reedição é feita para os adultos matarem as saudades, não para as crianças de hoje. Na capa da revista, que sempre contém uma piada, aparece o Cascão rastejando por um deserto e, quando passa pela placa que aponta o oásis, ele desvia e segue para o outro lado. Quantas crianças de hoje conseguem entender esta piada? Quantas crianças de hoje, na faixa dos 7 a 10 anos, ao menos sabem o que é um oásis?
sábado, 8 de outubro de 2011
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