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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Uma conversa que escutei

Eu estava ontem à noite na área de embarque do aeroporto de Congonhas e, próximo a mim, um sujeito falava ao celular com um amigo. Falava bem alto, e era impossível não ouvir a conversa.

O sujeito era professor de universidade federal, o amigo era militar.

O sujeito contava que estava dando aula no Maranhão, mas a família não se adaptou, e ele pediu realocação. Foi realocado para a Universidade Federal de Santa Catarina, campus de Joinville. Só, que, como informou, só vai ter turma no ano que vem, ou seja, está recebendo salário para ficar em casa sem fazer nada.

Ele está residindo em Balneário Camboriú, e durante a conversa insistiu várias vezes para que o amigo e família viéssem passar uma temporada na casa dele. E disse algo na seguinte linha: "pode vir mesmo que seja no ano que vem, pois quando eu estivér dando aula serão apenas duas noites por semana, o resto do tempo eu fico em casa."

Na continuação, falando mais sobre o seu trabalho, ressaltou: "o salário é bom".

Deve ser mesmo. Primeiro, para ficar em casa sem fazer nada, qualquer remuneração é ótima. Segundo, para trabalhar apenas duas noites por semana, qualquer grana que vier é bem vinda.

Por outro lado eu (e os leitores) trabalho 12 horas por dia, para poder pagar o imposto que sustenta a vida mansa desse sujeito. E de mais um monte de gente como ele. Mas como sou um banana, sigo tocando a vida e pagando meus impostos. Paro por aqui porque preciso trabalhar...

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