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sexta-feira, 23 de março de 2012

Doentio

Dia desses o Reinaldo Azevedo listou algumas das conquistas da civilização ocidental nos últimos 250 anos. Algumas “coisinhas” como liberdade individual, voto universal, igualdade entre homens e mulheres, liberdade religiosa, etc., enfim, toda a estrutura que sustenta nossas sociedades e que nos permite desfrutar um nível de conforto e segurança sem paralelos na história da humanidade.

No entanto, existem (muitas) pessoas que dedicam sua vida, seu trabalho, sua energia, seu pensamento, a destruir este modelo de sociedade. O pior tipo de destruição é aquele que ocorre de dento para fora, pois é mais difícil se defender.

E a própria sociedade ocidental está coalhada de gente trabalhando para destruí-la.
Quais são as alternativas que o mundo oferece no momento? Ditadura comunista (mesmo que com economia capitalista) e ditadura islâmica. Posso falar por mim – não troco o modelo ocidental por nenhum desses dois. E você, leitor?

Essa multidão de cidadãos ocidentais que lutam para destruir nosso modelo de sociedade são como um câncer, que vai crescendo nas nossas entranhas até se transformar em metástase.

Incrivelmente, todos aqueles que trabalham pela destruição do modo ocidental de vida são percebidos como gente bacana, gente “do bem”, gente bem pensante, modernos, “progressistas”, são queridinhos da mídia, dominam a academia, o jornalismo, e a cada eleição recebem milhões de votos de pessoas que não gostariam de viver nem sob uma ditadura comunista, nem sob uma ditadura islâmica.

É como se ao descobrirmos um câncer dentro de nós começássemos a tratá-lo como algo bacana, começássemos a estimular o seu crescimento e a hostilizar os médicos.

Não é doentio?

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