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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Urnas eletrônicas

Assisti num noticiário hoje de manhã uma matéria sobre a segurança do sistema eletrônico de votação do Brasil. Na matéria foram entrevistados populares na rua (nunca podem faltar...), um especialista em sistemas e um cientista político (?).

O especialista em sistemas disse o óbvio, não existe sistema à prova de fraude. Os populares e o cientista político, do alto de sua sabedoria, disseram que o sistema é absolutamente confiável.

O representante do TSE entrevistado disse que a maior garantia de que o sistema é confiável é o fato de a votação e apuração ser acompanhada pelos fiscais dos partidos, ao que eu penso - qual a formação desses fiscais de partido em TI?

Fico imaginando o que aconteceria se o Itaú ou o Bradesco tomassem suas decisões de investimento em segurança de sistemas com base na opinião de populares colhida na rua...

O fato é que, como disse o único especialista entrevistado, não existe sistema à prova de falhas. E provavelmente o mercado mundial de hackers possui gente muito mais capacitada em tecnologia do que os funcionários de carreira da justiça eleitoral.

Um dos comentaristas do noticiário disse: "qual a necessidade de saber no mesmo dia o resultado de uma eleição cujo eleito só vai tomar posse dali a mais de dois meses? Faz sentido abrir mão da segurança em função da velocidade, num processo onde a velocidade não é essencial?".

Assino embaixo. Contudo, se o processo eletrônico de votação está sendo fraudado de alguma forma, imaginamos quem está sendo beneficiado. Consequentemente, a chance de se eliminar o sistema eletrônico no Brasil é mais remota do que a chance de Fidel Castro declarar que todas as suas atitudes nos último 55 anos foram equivocadas...

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