À medida em que amanhã a meia noite se aproximar o país será
tomado pela histeria que tem caracterizado as passagens de ano nas duas ou três
últimas décadas (antes disso não era assim). Multidões reunidas, frenesi,
fogos, abraços, bebidas, juras que serão descumpridas em poucos dias. Enfim,
uma comemoração insana, como se o mero transcorrer de um dia no calendário
tivesse a possibilidade de mudar substancialmente algo na vida (só mudará, de
fato, para quem ganhar na Mega da virada).
As mudanças substanciais não se realizam em um dia, elas
demandam anos, às vezes décadas. E minha percepção é de que as mudanças têm
sido implacáveis para pior. Ano após ano desconstrói-se o caráter, os valores,
a família, os princípios, em troca de um retorno à selvageria. É claro que isso
vai acabar não dando certo, e tragédias advirão.
No nosso caso específico, o que há para comemorar na entrada
de 2018?
O processo democrático (e não sou fã da democracia) já virou
uma farsa completa, tendo em vista que o STF vermelho resolveu ignorar a
Constituição e assumir o poder de fato no país. E os comunas que lá estão não
são eleitos por ninguém, nem podem ser removidos por eleições. 2018 nos reserva
a possibilidade de eleição de um Lula, Ciro, ou algo do gênero. Nesta situação,
os vermelhos do STF transferirão o poder ao presidente eleito para que ele
conduza o país para a ditadura bolivariana.
Poderemos, também, eleger um Alckmin, situação na qual
teremos uma presidência de ficção por quatro anos, enquanto seguirá o processo
de desconstrução social tão bem iniciado por FHC, preparando o caminho para um
Lula, Ciro ou algo do gênero assumir em 2023. Será uma morte mais lenta.
Por fim, existe a possibilidade de eleição de Bolsonaro.
Mas, neste caso, ele só governará de fato se der um golpe de estado, pois de
outra forma os vermelhos do STF invalidarão todos os seus atos.
Na esfera internacional o Irã estará um ano mais perto da
bomba atômica, enquanto a Coreia do Norte seguirá aumentando seu arsenal de
destruição em massa, sem nenhuma ameaça real além da retórica.
Assim, tenho apenas uma certeza – em 31/12/18 sentiremos
saudades de 31/12/17.
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