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sábado, 30 de dezembro de 2017

Comemorar o quê?

À medida em que amanhã a meia noite se aproximar o país será tomado pela histeria que tem caracterizado as passagens de ano nas duas ou três últimas décadas (antes disso não era assim). Multidões reunidas, frenesi, fogos, abraços, bebidas, juras que serão descumpridas em poucos dias. Enfim, uma comemoração insana, como se o mero transcorrer de um dia no calendário tivesse a possibilidade de mudar substancialmente algo na vida (só mudará, de fato, para quem ganhar na Mega da virada).
As mudanças substanciais não se realizam em um dia, elas demandam anos, às vezes décadas. E minha percepção é de que as mudanças têm sido implacáveis para pior. Ano após ano desconstrói-se o caráter, os valores, a família, os princípios, em troca de um retorno à selvageria. É claro que isso vai acabar não dando certo, e tragédias advirão.
No nosso caso específico, o que há para comemorar na entrada de 2018?
O processo democrático (e não sou fã da democracia) já virou uma farsa completa, tendo em vista que o STF vermelho resolveu ignorar a Constituição e assumir o poder de fato no país. E os comunas que lá estão não são eleitos por ninguém, nem podem ser removidos por eleições. 2018 nos reserva a possibilidade de eleição de um Lula, Ciro, ou algo do gênero. Nesta situação, os vermelhos do STF transferirão o poder ao presidente eleito para que ele conduza o país para a ditadura bolivariana.
Poderemos, também, eleger um Alckmin, situação na qual teremos uma presidência de ficção por quatro anos, enquanto seguirá o processo de desconstrução social tão bem iniciado por FHC, preparando o caminho para um Lula, Ciro ou algo do gênero assumir em 2023. Será uma morte mais lenta.
Por fim, existe a possibilidade de eleição de Bolsonaro. Mas, neste caso, ele só governará de fato se der um golpe de estado, pois de outra forma os vermelhos do STF invalidarão todos os seus atos.
Na esfera internacional o Irã estará um ano mais perto da bomba atômica, enquanto a Coreia do Norte seguirá aumentando seu arsenal de destruição em massa, sem nenhuma ameaça real além da retórica.
Assim, tenho apenas uma certeza – em 31/12/18 sentiremos saudades de 31/12/17.

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