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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Do Flávio Gordon

Dos anos 1960 em diante, aquele ambiente de alta cultura simplesmente ruiu. Tudo o que não fosse a imagem e semelhança do intelectual enragé de esquerda desapareceu do horizonte intelectual. Talvez por isso, sem um adversário que a confrontasse com a realidade e as próprias deficiências, a esquerda tenha se debilitado tanto, restando sozinha em seus delírios de poder e debatendo-se perante inimigos imaginários. O que se entende por "direita" hoje no Brasil não passa de uma caricatura, um espantalho, um rótulo acusatório abrangendo todos os fantasmas que a mentalidade esquerdista é capaz de produzir. Um jovem estudante que hoje ataca a "direita" não tem a mínima ideia do que está falando, porque seus professores, e os professores destes, jamais usaram o termo de modo substantivo, senão apenas como adjetivo. A direita real foi banida e, na falta de exercício intelectual, a própria inteligência de esquerda atrofiou brutalmente. Era o fim da alta cultura e do debate de ideias no país, substituídos cada vez mais por corporativismo e patrulhamento ideológico.

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