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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

De Alan Kors, em 2003

"O ocidente tolera um notável, monstruoso, imperdoável duplo padrão. Recitamos os crimes do nazismo quase diariamente, os ensinamos aos nossos filhos como lições históricas e morais definitivas, e prestamos testemunho a cada vítima. Mas, quase sem exceção, mantemo-nos em silêncio sobre os crimes do comunismo. Assim é que os corpos jazem entre nós, despercebidos, em toda parte. Insistimos na "desnazificação", e acusamos quem a relativiza em nome de realidades políticas novas ou emergentes. Nunca houve e nunca haverá uma equivalente "descomunização", embora o sacrifício de inocentes tenha sido exponencialmente maior, e embora aqueles que assinaram as ordens e comandaram os campos de concentração continuem por aí. No caso do nazismo, vamos atrás de homens de 90 anos porquê os ossos clamam por justiça. No caso do comunismo, insistimos no "sem caça às bruxas" - deixem que os mortos sepultem os vivos. Mas os mortos não podem sepultar ninguém. O holocausto comunista deveria ter provocado um florescimento na arte ocidental, e testemunhos, e simpatia. Deveria ter produzido um oceano transbordante de lágrimas. Em vez disso, tudo o que suscitou foi uma geleira de indiferença.  Garotos que, nos anos 1960, tinha retratos de Mao e Che pendurados nos muros da escola - o equivalente moral de possuir retratos de Hitler, Goebbels ou Horst Wessel - hoje ensinam nossas crianças sobre a superioridade moral da sua geração política."

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