Detalhe importantíssimo: militantes de esquerda usam as mesmas palavras da linguagem comum, mas dando-lhes um sentido diferente no seu vocabulário especial, de modo que a mesma palavra é compreendida num sentido pelo público leigo, e em outro sentido pelos “de dentro”, pela militância. Praticamente todo porta-voz da esquerda sabe jogar com esse duplo sentido, levando a platéia a crer que ele diz uma coisa quando, para os fins práticos da atividade revolucionária, está dizendooutra completamente diversa.
Por exemplo, a palavra “ditador”. Para o público geral, significa um governante controlador e autoritário, que suprime as liberdades, envia os opositores à cadeia, etc. No vocabulário técnico do gramscismo, significa qualquer um que, subindo ao poder, reverta o progresso do controle hegemônico, pouco importando que o faça por meios ditatoriais ou democráticos. Quando o esquerdista acusa, por exemplo, o Donald Trump de ser um ditador, a platéia leiga acredita que ele oferece perigo real para as liberdades democráticas, mas a militância esquerdista sabe que ele está apenas atrapalhando a ascensão dela ao controle hegemônico da sociedade.
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