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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Está tudo perdido

Como meus 22 leitores já estão cansados de saber, eu não acredito em impeachment, nem em renúncia de Dilma. Eu também não acredito que viverei para ver outro partido na presidência, e pretendo viver ainda uns 40 anos. Já fui acusado aqui de ser petista enrustido por dizer o que penso.

Mas muita gente boa segue tratando do impeachment ou da renúncia como se fossem possibilidades reais, Torço para que estejam certos, e eu errado.

E a discussão do momento é a respeito de um tal de deputado Picciani, um jovem deputado federal do RJ. Se aderir ao governo Dilma, em troca de muitos cargos, claro, entende-se que o impeachment estará morto. Se não aderir (não oferecerem cargos suficientes), o impeachment segue sendo uma possibilidade real.

Nosso nível de degradação moral atingiu com o PT um nível tão absurdo que não conseguimos mais sequer nos chocar com coisas assim.

Mas é isto a democracia brasileira? Foi por isto que tantos lutaram contra o regime militar (não me refiro aos comunistas)?

Para termos um regime onde o fiel da balança para afastar ou não o governo mais corrupto da história é o preço de um deputado. Se o governo puder pagar, segue. Se não puder pagar, cai.

Confesso que não sei o que ainda estou fazendo nesse mundo. Não sei porque pretendo ainda viver 40 anos. Minha vida é uma mistura de impotência com permanente estado de nojo: ligo a TV e me enojo, escuto uma música e me enojo, leio notícias políticas e me enojo, leio o que pensam os "intelectuais"e me enojo, vejo meu time de futebol jogar e me enojo. E sigo sofrendo solitariamente, pois olho ao meu redor e tenho a impressão de que está todo mundo feliz com o estado de coisas.

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