Meus dias têm transcorrido dentro da mais absoluta normalidade, se é que podemos chamar a vida moderna de normal. A vida dos meus conhecidos segue da mesma forma. Cada um cuida dos seus afazeres, tenta ganhar a vida honestamente, faz planos para o futuro. É como se nada tivésse acontecido.
Mas aconteceu, só fingimos que não vemos.
A coisa está aí, avançando passo por passo, mas avançando.
Todos que acompanhamos um pouco de política intenracional sabemos como se instalou o bolivarianismo - foi pela via dos plebiscitos e dos referendos, afinal se o "povo" quer, quem será contra.
Ocorre que o tal "povo" não existe. "Povo" são os movimentos organizados: ongs, sindicatos, estudantes. No Brasil quem controla todos eles?
Pois bem, hoje a comissão de constituição e justiça do senado deu andamento a um projeto de emenda que coloca nas mãos do "povo" a prerrogativa de convocar plebiscitos e referendos.
Como "povo" não existe, sabemos bem quem comandará este processo.
E como sabemos que em matéria de decisão popular vence o melhor marqueteiro, não a melhor idéia, a transferência da prerrogativa legislativa para a população significará o domínio definitivo dos marqueteiros.
Nesta altura do campeonato, mesmo que a gente queira continuar fazendo que não vê, só Deus ainda pode nos salvar.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário