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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Patrulha

Não paro de me surpreender com o tamanho da patrulha. Que blogs como o do Reinaldo Azevedo ou o Coturno Noturno sejam patrulhados, não me surpreende, afinal, são formadores de opinião acessados por milhões de pessoas.

Mas o meu? O meu blog não é nada na ordem do dia.

Algum tempo atrás publiquei um texto do Demétrio Magnoli contra o regime de cotas. Pronto, no dia seguinte já tinha comentário de uma ONG de brasileiros, que fica na Alemanhã, ligada ao movimento negro, enfim, uma confusão. Mas o fato é que em menos de 24 horas eles detectaram a minha publicação e já mandaram um comentário crítico. Fico imaginando o tamanho da estrutura que eles precisam ter para monitarar tudo o que é publicado na internet, até em blogs insignificantes, como o meu.

No domingo escrevi um post (abaixo) em que falo sobre pichadores e acabo também criticando a postura dos tais guardas civis municipais que, na minha opinião, são uns inúteis que só servem para sangrar o já combalido orçamento público. Pois bem, acaba de chegar um comentário de um guarda civil municipal me metendo o pau (não liberei a publicação). Como é que descobriram este post aqui em menos de 24 horas? Os GCMs mantêm uma espécie de central nacional de monitoramento da internet para fins de patrulhamento?

O comentário começa com aquela lenga lenga de salário de fome (se é de fome, por que não vai procurar outra profissão?) e fecha com chave de ouro, +/- assim: "E quando você precisar haverá um GCM por perta para te proteger, mesmo que você não mereça".

Bom, há menos de 60 dias atrás 3 bandidos puseram o revólver na minha cara, na cara da minha avó e da minha esposa, nos sequestraram, roubaram o carro, documentos, dinheiro, celular e ... não havia nenhum GCM por perto para me proteger.

Agora, na cabeça desses sujeitos, só "merecem" proteção aqueles que acham que eles realmente ganham pouco. Me parece que a máfia pensa da mesma forma, só "merecem" proteção os que pagam por ela. Faça-me o favor, a sorte dessa cambada é que os cargos executivos são ocupados por políticos inúteis, absolutamente incapazes de aplicar conceitos rudimentares de administração. Se assim não fosse, estariam todos no olho da rua, condenados a achar uma ocupação útil para viverem.

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