Do Coturno Noturno:
"Em 2007 a Vulcabrás recebeu R$ 314 milhões do BNDES para comprar a Azaléia. A Vulcabras produzia a marca Reebok, a Azaléia fabricava a marca Olympikus. Juntas, as empresas passaram a liderar o mercado nacional de calçados esportivos, com uma produção da ordem de 20 milhões de pares anuais. O empréstimo foi fechado com juros de 4% ao ano.
Já em 2008, a Vulcabrás fechou uma fábrica da Olympikus, no Rio Grande do Sul, desempregando 400 empregados.
Em 2009, a Vulcabrás demitiu mais 600 funcionários no Rio Grande do Sul, de uma só tacada.
Em março de 2011, a empresa informou que irá demitir mais 5.000 funcionários, nas suas fábricas da Bahia e Rio Grande do Sul.
Hoje os jornais informam que a Vulcabras comprou uma fábrica na Índia e está transferindo para lá a operação de costura dos tênis Olympikus, que é a de maior uso de mão-de-obra, empregando milhares de pessoas.
O Brasil está uma bagunça para quem exporta. Para ter competitividade em alguns setores atacados frontalmente pela China, é preciso produzir lá fora. No entanto, o governo petista está emprestando dinheiro do BNDES para que empresários agressivos comprem concorrentes no Brasil para depois fechá-los, como é o caso da Vulcabrás, gerando desemprego. Deveria haver regras nestes empréstimos a juros subsidiados. Deveria haver compensações e não há. O resultado é esse: vamos empregar indianos e demitir "brasileirinhos", como os chama Dilma Rousseff. E o ministro da Fazenda informa, oficialmente, que não sabe o que fazer com o câmbio. Que chame o José Serra e peça ajuda."
segunda-feira, 18 de abril de 2011
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