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domingo, 10 de abril de 2011

Negar a vida

“O bem, dizem os místicos do espírito, é Deus, um ser cuja única definição é estar além do poder de concepção – definição essa que invalida a consciência do homem e anula seus conceitos de existência. O bem, dizem os místicos dos músculos (comunistas), é a sociedade – algo que definem como um organismo que não possui forma física, um superser que não se concretiza em nenhum indivíduo específico e sim em todos em geral, mas nunca em vocês. A mente do homem, dizem os místicos do espírito, deve se subordinar à vontade de Deus. O padrão de valor do homem, dizem os místicos do espírito, é o bel-prazer de Deus, cujos padrões estão além do poder de compreensão humano e têm de ser aceitos pela fé. O padrão de valor do homem, dizem os místicos dos músculos, é o bel-prazer da sociedade, cujos padrões estão além do direito de julgar do homem e têm de ser obedecidos como um absoluto. O objetivo de vida do homem, dizem ambos, é se tornar um zumbi abjeto que serve um objetivo que ele desconhece, por motivos que não pode questionar. Sua recompensa, dizem os místicos do espírito, lhe será da após a morte. Sua recompensa, dizem os místicos dos músculos, será dada aqui mesmo na terra – a seus bisnetos.”

“P egoísmo, dizem ambos, é o mal do homem. O bem do homem, dizem ambos, é abrir mão de seus desejos individuais, negar a si próprio, renunciar a si próprio, render-se. O bem do homem é negar a vida que ele vive.”

Página 350 do livro A Revolta de Atlas, de Ayn Rand.

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