“Antonina Golovina tinha 8 anos quando foi exilada com a mãe e dois irmãos mais novos para a remota região de Altai, na Sibéria. Seu pai fora preso e condenado a três anos em um campo de trabalhos como um Kulak, ou um camponês “rico”, durante a coletivização da cidade onde viviam no norte da Rússia. A família perdeu para a fazenda coletiva a propriedade em que morava, ferramentas agrícolas e animais. A mãe de Antonina recebera apenas uma hora para separar algumas poucas roupas para a longa viagem. Depois, a casa na qual os Golovin tinham morado por gerações foi destruída, e o resto da família dispersou-se: o irmão e a irmã mais velhos de Antonina, além dos avós, tios, tias e primos, fugiram em todas as direções para não serem presos, mas a maioria deles foi capturada pela polícia e exilada na Sibéria, ou enviada para os campos de trabalho do Gulag, e muitos deles nunca mais foram vistos.”
Pág. 21 de Sussurros, de Orlando Figes.
A hipócrita
Na República Bolivariana do Rio Grande do Sul, Dilma Russef declarou sobre a desocupação do terreno do Pinheirinho: “Foi uma barbárie”.
Para quem ainda não conhece a história, a Polícia Militar de São Paulo, cumprindo ordem judicial, desocupou uma propriedade privada invadida, o tal terreno do Pinheirinho. A desocupação foi realizada com todo o cuidado, e nenhuma vítima fatal resultou da operação.
Para Dilma, o cumprimento de ordens judiciais de desocupação de propriedades privadas é “barbárie”. Dilma conhece bem a barbárie. Desde muito jovem, sempre lutou pela causa da barbárie. O trecho da obra de Orlando Figes, reproduzido acima, mostra como os camaradas de Dilma agiam. Dilma sempre pertenceu a organizações que, além de promover a causa da barbárie, promoviam assassinados e roubo.
Dilma, descobriu-se, mentia sobre possuir título de doutoramento. Bem, pode ser que ela não possua um título formal, emitido por uma universidade. Mas, sem dúvida, Dilma é doutora em barbárie.
O verme
Em São Paulo Geraldo Alckmin foi questionado sobre sua reação à fala de Dilma. Sua reação foi a seguinte: “Não tenho nada a comentar, não vi a presidenta (sic) Dilma dizer isto”.
Alckmin poderia ter aproveitado a oportunidade para defender o império da lei, o respeito às instituições, a democracia, a propriedade privada, etc., enfim todo o arcabouço construído pela civilização justamente para nos livrar da barbárie. Mas esperar uma reação dessas seria esperar demais de um verme.
Ficamos sabendo agora que Alckmin não tem nada a comentar, por exemplo, sobre os ensinamentos de Jesus Cristo, de Galileu, de Isaac Newton, de Einstein, etc., pois Alckmin não viu nenhum deles dizer as coisas que disseram. Alckmin só pode comentar sobre aquilo que vê.
Fico imaginando como era o desempenho de Alckmin na escola...”fale sobre a lei da gravidade”, requisitava o professor, ao que Alckmin respondia: “não tenho nada para falar, eu não estava lá na época de Newton”.
Pobre país.
sábado, 28 de janeiro de 2012
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