Hoje, ao vir para o escritório, cruzei por uma manifestação de policiais civis e militares. A principal faixa dizia "por um salário justo".
Funcionários públicos, aliás, nunca fazem greve ou manifestação para ganhar mais, é sempre "por um salário justo", ou seja, para corrigir uma injustiça. Não é que eles queiram ganhar mais, eles apenas não toleram a injustiça, entenderam?
Mas o que é um "salário justo"?
A verdade é que um "salário justo" é sempre mais que a pessoa ganha. Quem ganha 1.000 possivelmente acha que 1.500 seria "justo". Contudo, se passar a ganhar 1.500 achará que 2.000 seria "justo", e assim por diante.
Desta forma, um "salário justo" é algo como duende - não existe (apesar de a Xuxa jurar que vê duendes...).
Lembro de uma entrevista com Galvão Bueno: Repórter: "O que você acha do seu salário? (R$10 milhões por ano)". Galvão: "É menos do que mereço e mais do que consigo gastar". Ou seja, para Galvão seu salário é injusto, já que inferior ao que ele merece.
Um empresário que pretender pagar um salário "justo" aos seus empregados terminará por entregar toda a sua empresa para eles, e mesmo assim não atingirá o patamar de "justiça", pois acharão que a empresa toda é pouco.
Já no serviço público a tese prospera, uma vez que lá o dinheiro não possui dono. Assim, ano após ano vemos os funcionários públicos na rua, por conta do tal "salário justo".
sábado, 21 de janeiro de 2012
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