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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Do Augusto Nunes

O respeito pelos resultados oficiais é prontamente revogado se o vitorioso não pertence à seita. Em outubro de 1998, por exemplo, Fernando Henrique Cardoso impôs a Lula outra surra nas urnas, de novo no primeiro turno. Mal iniciara o segundo mandato quando o deputado federal Tarso Genro, em nome do partido, propôs a deposição do presidente reeleito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.

“Fora FHC!”, berrava a palavra de ordem que o golpista militante tentou justificar num artig opublicado em janeiro de 2009 pela Folha de S. Paulo. “O presidente está pessoalmente responsabilizado por amparar um grupo fora da lei, que controla as finanças do Estado e subordina o trabalho e o capital do país ao enriquecimento ilegítimo de uns poucos”, delirou o agora governador gaúcho, que sempre viu com muito entusiasmo o progressivo desmonte do Estado de Direito na Venezuela.

Como Tarso Genro, o governo brasileiro vê no regime bolivariano um bom companheiro. E trata o chavismo como se fosse menor de idade: pode cometer qualquer crime sem medo de ser punido.

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