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terça-feira, 16 de junho de 2009

Ex-cidadão

Vejo no noticiário que o movimento do judiciário em defesa da bandidagem, digo, dos presos, que se iniciou no Rio Grande do Sul, se espalha pelo Brasil.

É juiz prá todo o lado querendo soltar preso, em função da falta de condições dignas nas cadeias. Estão indignados os magistrados (muito mais indignados com a falta de condições nas cadeias do que ficaram quando surgiu a notícia que meninas eram presas junto com homens no Pará).

"Os presos são cidadãos e merecem ser tratados com dignidade", afirmam.

Tudo muito certo.

Mas o Brasil é um país pobre, cheio de carências. Apenas para ficar em 4 exemplos, nenhum cidadão tem garantia de atendimento digno na rede de saúde pública, nenhum cidadão tem garantia de ensino de qualidade nas escolas públicas, e nenhum cidadão tem garantia de rede de saneamento básico na sua residência, nenhum cidadão comum pode andar com segurança pelas ruas.

Infelizmente, não se vê nenhum magistrado indignado na televisão com a saúde pública, com a educação que deseduca, com a insegurança ou com a falta de saneamento básico.

O cidadão que se exploda, o importante é por bandido na rua.

Aliás, vem da época do regime militar a visão "romantizada" que muitos Brasileiros têm da bandidagem. Idiotas. É em função desta visão torta que os magistrados têm tanta dificuldade em aplicar penas para os bandidos. Elias Maluco mata, corta e queima - 15 anos, que acabarão se convertendo em 6 ou 7 de prisão efetiva. Já para Eliana Tranchesi...

Senhores magistrados, antes de se transformarem definitivamente emm defensores da bandidagem, que tal pensar um pouco no cidadão comum, que paga os impostos que sustentam vossas excelências. Depois que o estado, com a ajuda de vossas excelências, tivér resolvido os problemas citados acima, aí poderemos nos preocupar com a dignidade dos presos.

Mas duvido que os magistrados concordem com isto...querem é defender bandido.

O resto dos cidadãos, que enfrentam as agruras do dia a dia para sobreviver dentro da lei, são de segunda classe para os magistrados.

Eu, então, nem sei de que classe sou...branco, empresário, anti-petista e heterossexual...não tem ninguém preocupado em defender os meus direitos....acho que nem cidadão sou mais....

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