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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Do Olavo de Carvalho

O comando do processo está hoje nas mãos do Foro de São Paulo, e quando digo isso não me refiro nem mesmo às suas assembléias gerais, porém mais aos círculos de conversações discretas, ou até secretas, em que se fazem e desfazem governos e se decidem os destinos de nações inteiras sem que as respectivas populações tenham disso a menor notícia, ou, como confessou o sr. Lula, “sem que pareça”. O discurso que esse ex-presidente fez no XV aniversário do Foro, em 2005 – documento que ninguém na grande mídia publicou ou leu –, contém informações essenciais onde se pode obter uma idéia do poder avassalador da organização que por quase duas décadas se fingiu de inexistente ou inofensiva com a ajuda do silêncio obsequioso da classe jornalística em peso. Igualmente significativas, sob esse aspecto, foram as declarações do sr. José Dirceu em entrevista ao sr. Antonio Abujamra à qual ninguém prestou alguma atenção inteligente.

Há anos o Foro decidiu que o término do mandato de Lula assinalaria o fim da “etapa de transição” e o começo da conquista abrangente e definitiva do poder, ou, em outras palavras, o upgrade decisivo, a passagem do socialismo meia-bomba ao socialismo-bomba. A recente onda de protestos, planejada e incitada por agentes do Foro, inclusive com treinamento de guerrilheiros urbanos para dar à coisa um aspecto devidamente atemorizante e justificar medidas mais drásticas contra o bode expiatório de sempre, a “direita fascista”, mostra claramente que o comando revolucionário não hesitou em espremer a sra. Dilma Rousseff contra a parede, para que se definisse, isto é, assumisse a liderança do processo ou fosse passada para trás pelas facções mais ousadas da esquerda nacional.

Os resultados do teste, porém, apareceram embaralhados pela intromissão de um fator inesperado: espontaneamente, numa desorganização majestosa, massas de liberais, conservadores e cidadãos sem cor política revoltados contra a esbórnia federal saíram também às ruas em quantidades oceânicas e, em certos pontos, acabaram ocupando o espaço e os megafones destinados inicialmente à agitação esquerdista.

Um comentário:

  1. Olavo de Carvalho como sempre brilhante, parabéns pelo seu trabalho e obrigado por partilhar sua inteligência e conhecimento.

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