segunda-feira, 22 de agosto de 2011
De volta
Voltei de viagem. Não sei quanto aos leitores, mas eu gosto muito de Buenos Aires. Arquitetura monumental, excelente gastronomia, ótimos vinhos. O ponto negativo é a pobreza, a decadência, o populismo de esquerda, e a conseqüência – violência, insegurança, roubos, seqüestros – tudo razoavelmente oculto no noticiário já que lá, assim como cá, a imprensa é companheira.
Sempre que lembro do passado da Argentina fico imaginando um cidadão portenho andando pelas avenidas de Buenos Aires na década de 1930, olhando para aquela riqueza, aquela exuberância, e imaginando o futuro do seu país. Não acreditaria se alguém contasse como seria este futuro.
Faz 60 anos que Peron governou a Argentina. Inverteu a rota de crescimento e grandeza, e transformou-a em rota de decadência a pobreza. Até hoje o país não se libertou da sua influência, nem conseguiu reencontrar seu rumo. Dizem que o efeito Lula provocará a mesma coisa no Brasil.
Reinaldo Azevedo diz que o grau de desenvolvimento de um povo pode ser avaliado de forma inversamente proporcional ao grau de relevância do batuque na cultura deste mesmo povo. Digo mais – o grau de desenvolvimento de um povo pode ser avaliado de maneira inversamente proporcional ao grau de influência de Che Guevara sobre este mesmo povo. E em Buenos Aires é difícil passar por uma banca de jornal ou livraria sem encontrar pelo menos uma imagem de Guevara.
Nos taxis é comum ouvir um discurso que já ouvi em outro lugar ... “somos um país rico, com abundância de recursos naturais, como entender esta pobreza toda?”. Em outubro vão reeleger a peronista Cristina Kirchner. Buenos Aires está cheia de cartazes onde ela aparece entre Peron e Evita. Nada mais correto, considerando que Cristina está perpetuando a “obra” daqueles dois.
Quanto mais pobres um regime produz, mais são necessários os “pais dos pobres”...
Me divirto com os brasileiros que invadem Buenos Aires. Ficam loucos em compram todos os produtos de grifes (made in china) que podem carregar. Haja parcelamento em 12 vezes no cartão. Na viagem de volta há uma luta por espaço dentro do avião.
De volta ao Brasil encontro ministro da agricultura novo. Este conheço bem, lá do Rio Grande, desde que começou a sua carreira política. Filho de uma famoso jornalista com o mesmo nome, só entrou na política em função do nome do pai. Era Mendes Ribeiro para federal e Mendes Ribeiro Filho para estadual. Carreirista, chegou a ministro da agricultura sem nunca ter plantado um pé de alface.
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