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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Transtorno coletivo

Nos últimos dias ocorreram algumas revelações importantes - caixa 2 na campanha eleitoral de Dilma em 2010 e direcionamento de imóveis do Minha Casa Minha Vida para companheiros. Repercussão na sociedade? Nenhuma.

Há poucos dias foi descoberto um esquema de desvio de mais de R$400 milhões no ministério do trabalho. Repercussão na sociedade? Nenhuma.

Mais ou menos uma vez por ano (como ocorreu esta semana) é descoberto um esquema de corrupção monstro na Delta, a maior fornecedora de obras do PAC. Repercussão na sociedade? Nenhuma.

Então o PT conseguiu em 11 anos de poder transformar corrupção numa banalidade. Este é o partido que em 2001 mantinha uma propaganda no ar, que dizia: "Ou acabamos com a corrupção, ou a corrupção acaba com o Brasil". Esta transformação de corrupção em banalidade ocorre sob aplausos de boa parte da imprensa, dos aristas, dos bacanas, dos intelectuais, dos bem pensantes, dos grandes empresários, etc.

Em paralelo à banalização da corrupção, os movimentos comunistas estão nas ruas, cada vez de forma mais agressiva, invadindo, quebrando, destruindo, etc. Ou seja, está-se banalizando também a invasão e a destruição. Em breve acharemos a coisa mais normal do mundo o saque a lojas, a destruição de agências bancárias, etc. Como já foi banalizada a invasão e destruição de propriedades no campo.

Pelo front regulatório o governo segue célere na busca da inviabilização da atividade capitalista no Brasil. São usados vários flancos neste projeto: Anvisa, Fisco, meio ambiente, legislação trabalhista, etc. Dia a dia a atividade empresarial vai sendo asfixiada. "Mas acabarão as empresas?". Não, aos "amigos" sempre serão concedidas facilidades. O alvo deste processo são os "não amigos". Hoje pela manha um cliente narrava como sua atividade empresarial está sendo rapidamente inviabilizada pelo governo. Falei para ele que isto faz parte de um processo mais amplo, que o alvo não é sua empresa, é o sistema capitalista, pelo menos aquela parte do sistema que ainda não está na mão de companheiros. Ele ficou me olhando como se eu fosse louco.

Em suma, esta descrição da realidade só permite uma constatação - estamos em rápido processo de implantação do socialismo bolivariano no Brasil. Por mais que está conclusão seja óbvia, ululante, gritante, toda a vez que eu comento isto com alguém, me olham como se eu fosse louco. Parece que a sociedade está comprometida por um transtorno psiquiátrico coletivo de negação permanente da realidade.

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