O Brasil é um país grande, enorme. Mesmo com todo este tamanho está na mão de meia dúzia de pessoas – donos de meios de comunicação.
Não estou neste texto propondo, como o PT, um controle social da mídia. Mas, de fato, nossos meios de comunicação são concentrados em, talvez, não mais do que 10 grandes grupos, ou seja, é muito fácil “comprar” a informação que se deseja ver transmitida ao respeitável público.
E como na sociedade contemporânea só existe o que é comunicado através dos meios de comunicação, aquilo que eles não divulgam simplesmente não existe. É um poder quase divino, o poder de fazer existir, ou de impedir que exista.
Estamos vendo agora, com a avalanche midiática pró Dil-má como é fácil ter meia dúzia de grupos de comunicação no bolso. Acho que apenas a Editora Abril está fora deste “esquema”, isto enquanto permitirem que ela continue existindo.
Notícias de reuniões entre Lula ou Dil-má com representantes de meios de comunicação pipocam a todo momento. Tais reuniões se dão sempre a portas fechadas.
Sabemos o que vem pela frente – a construção de um clima de já ganhou nunca antes visto por aqui, com apoio também dos institutos de pesquisas.
Haveria necessidade disso tudo se a disputa estivesse fácil para Dil-má? Nenhuma. O tsunami midiático pró Dil-má é a prova maior de que a coisa está muito feia para o lado da sua candidatura (aliado ao cometimento serial de crimes eleitorais por parte do presidente).
A questão que as urnas vão responder em outubro é a seguinte – o país dos ignorantes consegue resistir a um massacre midiático? Eu acho que é possível, mas vamos saber somente em outubro.
Por outro lado, o candidato da oposição parece estar disputando uma eleição na Suécia, onde vigora a plenitude das regras democráticas. Parece não perceber, junto com seu partido, que o Brasil não é a Suécia e que nesta eleição é o futuro que estará em jogo como nunca antes.
Caso os meios de comunicação tenham sucesso em sua empreitada pró Dil-má a única satisfação que nos restará será acompanhar com um sorriso contido quando iniciarem as expropriações de suas empresas.
Mas podemos impedir que isto aconteça. E a primeira forma de impedir é estar consciente de que este clima de já ganhou construído pela mídia nasce em algum subterrâneo centro de inteligência de campanha, e não na realidade. E que sua necessidade decorre justamente do fato de que o clima real é o oposto ao tal já ganhou.
Se tivermos sucesso, salvaremos os milionários proprietários dos meios de comunicação e suas empresas. Contra a sua própria vontade...
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
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