Como sabem os leitores, eu acredito na derrota eleitoral do PT em outubro. Esta crença não vem de nenhuma ilusão quanto à qualidade do eleitorado brasileiro, mas exclusivamente do fato de que vivemos em plena cultura do descartável, da mudança.
E, neste momento da história, o “velho”, o que já está na hora de ser descartado é o PT, após 8 anos no poder.
Esta cultura do descartável, como já escrevi em outras oportunidades, está inserida em todos os aspectos da vida humana, desde as relações pessoais, até o consumo.
É comum eu ir até o supermercado em busca de produtos que gosto e utilizo há anos e não encontrar-los mais, porque o fabricante tirou de linha, substituiu.
Nas empresas luto contra a cultura da mudança a qualquer custo, da mudança permanente. Acredito que as empresas devem mudar aquilo que está ruim, ou aquilo que precisa ser melhorado, mas não mudar por mudar, mudar apenas para ser moderno, e acabar por estragar o que funciona.
Enfim, na minha maneira de ver o PT será vítima disto. Para sorte do país.
Em relação à qualidade do eleitorado...
Bom, na 2ª feira Dil-má declarou ao vivo no Jornal Nacional que foi o PT quem acabou com a inflação. E ficou por isso, afinal o povo não sabe nem o que é inflação, muito menos que alguém acabou com ela. Se ela tivesse declarado que foi o PT quem descobriu o Brasil, ou que o primeiro homem na lua era um petista, também ficaria por isso, tamanha é a ignorância do telespectador.
Pior é que se FHC quiser dizer que é mentira, que foi ele quem acabou com a inflação, o jornalismo brasileiro, no estilo Falha de São Paulo, apresentará as suas afirmações como versão, não como fato, apresentará como “o outro lado”, a resposta ao PT.
De uma certa forma, povo e jornalismo se merecem.
Uma frase, escrita no blog Coturno Noturno, sintetiza esta minha visão sobre o eleitorado: “Na entrevista de hoje à noite no JN Serra deverá falar como um motorista de taxi, não como o PHD em economia que é.”
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
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ResponderExcluirDisse tudo! É isso aí