A idéia central dos três volumes de A Revolta de Atlas (que terminei neste final de semana) é de que a humanidade se divide basicamente em dois grupos:
a) Aqueles que possuem a capacidade de criar, empreender, inovar, conduzir o progresso da civilização. Aqueles que, enfim, nos tiraram dos galhos das árvores e nos deram a civilização de confortos que desfrutamos hoje. Estes, segundo o pensamento dominante contemporâneo, são os maus.
b) Aqueles que nada têm a contribuir senão com seu esforço físico. Aqueles que, se tivessem levado a melhor lá no passado, teriam mantido a humanidade nas trevas até hoje. Aqueles que até sabem destruir, mas nem imaginam como construir. Aqueles que sabem criticar mas não sabem fazer. Estes, segundo o pensamento dominante contemporâneo, são os bons.
Mesmo sob fogo permanente dos integrantes do grupo “b”, os trouxas do grupo “a” seguem trabalhando, se esforçando, produzindo, gerando renda, impostos, empregos, tecnologias, remédios, tratamentos, descobertas, inovações, confortos, etc.
A revolta de atlas consiste basicamente em os integrantes do grupo “a” chegarem para os do grupo “b” e dizerem o seguinte: “ok, vocês são os bons, os justos, os injustiçados, e nós somos os maus. Aqui está a chave do mundo. Assumam que nós, os maus, estamos entrando em greve. Estamos deixando o caminho livre para vocês. Se virem por conta própria a partir de hoje.”
No livro rapidamente a humanidade começa a passar fome e o meio de transporte volta a ser a carroça, entre outros “avanços progressistas”. Até que os integrantes do grupo “b” começam a implorar pela volta dos malvados do grupo “a”. Para que reconstruam o mundo.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
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