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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Grevistas

Neste momento passa um grande grupo de grevistas aqui na frente do escritório, com carro de som, discursos, palavras de ordem.

Pelos discursos, eu e todos que estão nas redondezas ficamos sabendo que os patrões são uns malvados, que não querem pagar o que os pobres trabalhadores valem.

Esses patrões poderiam muito bem se desfazer dos seus negócios e ir desfrutar do dinheiro acumulado durante a vida numa ilha do Caribe. Mas não, insistem em continuar trabalhando, contra a concorrência chinesa, contra a insana legislação tributária do Brasil, contra uma das maiores cargas de encargos sobre folha do mundo, contra a burocracia, contra a pirataria, contra a falta de infra-estrutura, etc. Graças à insistência desses abnegados, esses trogloditas que estão berrando aqui na frente têm emprego e salário para encher suas panças. Mas para eles, segundo os discursos, os patrões não valem nada.

Bom, para eles acharem que valem mais do que ganham é porque alguém está disposto a pagar mais, não? O “valor” é estabelecido em função de oferta e procura. Então por que não vão atrás da oportunidade onde podem ganhar mais?

Quando um jogador do Asa de Arapiraca recebe uma proposta milionária do Barcelona, ele não entra em greve contra a diretoria do Asa, ele simplesmente assina o contrato com o Barcelona.

Outra coisa, se esses trogloditas são tão bons quanto pensam que são, por que não abrem suas próprias empresas? Sim, podem começar pequenos, de fundo de quintal, e crescerem como seu trabalho. Por que não vão?

Não vão porque sabem que são uns covardes e incompetentes e, no fundo, sabem que até ganham mais do que efetivamente valem. Mas sua tática de greve e de berreiro nas ruas dará certo enquanto existirem otários dispostos a serem empresários no Brasil, contra tudo e contra todos.

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