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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Do Rodrigo Constantino

"Poucas pessoas assumem ser liberais no Brasil. Com uma hegemonia da esquerda no ambiente intelectual do país, as virtudes e os fins nobres foram se tornando monopólio dos pensadores socialistas ou social-democratas, e qualquer ponto de vista liberal passou a ser automaticamente descartado como coisa de “elite” insensível ou oportunismo de grupos de interesse. Nada poderia estar mais longe da verdade.

Os países liberais foram justamente aqueles que tiveram mais progresso material, associado sempre a uma ampla liberdade individual, incompatível com modelos que concentram demasiado poder no estado. Por que, então, ter vergonha de usar o termo liberal? Os fatos históricos e também o embasamento teórico estão do lado dos liberais. Por que fugir do rótulo?

Sim, os rótulos podem ser simplistas e gerar confusão. Mas não acredito que a saída para os liberais seja recusar tal denominação. Fazer isso é fazer o jogo da esquerda, aceitar que o monopólio da virtude está do lado de lá. Não está! E, por isso mesmo, faz-se necessário debater com foco nos argumentos, defendendo sem medo as posturas liberais. A timidez no debate, com os liberais sequer assumindo abertamente aquilo que pregam, representa um tiro no pé do liberalismo como opção de modelo ao país.

E que fique claro o ponto já levantado por Roberto Campos: o liberalismo nunca nos deu o ar de sua graça. Se o Brasil é um país com muita miséria e desigualdade social, isto não é culpa do liberalismo, pois este jamais existiu por aqui. O Brasil é um país patrimonialista e clientelista, que nos últimos 20 anos experimentou uma social-democracia com governo inchado, e que antes, nos tempos da ditadura, tampouco teve algo que se assemelhasse ao liberalismo, mesmo restrito à economia."

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