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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O eleitor merece

Uma previsão para o futuro

Prezados leitores,

Mais um ano se encerra. Do ponto de vista de administração pública, 2011 deve ter sido o ano mais medíocre da história nacional. Como antes dele havia sido 2010, depois 2009 e assim sucessivamente até 2003, data em que a era da mediocridade se instalou no país.

Esta semana a arecadação tributária no Brasil superou a marca de 1,5 trilhão de reais. É uma dinheirama tão grande que a gente não consegue nem imaginar.Se fosse convertida em cédulas de R$100 (a maior que temos) seriam 15 bilhões de cédulas. E tudo isto para absolutamente nada do ponto de vista da melhoria da qualidade de vida do cidadão contribuinte. Esta dinheirama toda é aplicada no seguinte: a) custeio da máquina pesada e ineficiente, b)pagamento de aumentos para funcionários públicos que transformaram o estado em refém, c) corrupção, d) bolsa (compra de votos) família, e) juros. Para o cidadão que paga a conta da festa, absolutamente nada.

Para a imprensa, desde 2003 incompetência, ignorância e ineficiência se transformaram em virtudes. Para o povão, tudo estará bem enquanto a Casas Bahia continuar parcelando em 36 vezes.

Desta forma, uma previsão para o futuro é possível fazer, sem medo de errar: sentiremos saudades de 2011.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A foice e o martelo de batina

Do Leonardo Bruno:

"Uma questão bastante incômoda, pela inércia ou mesmo quietismo entre os católicos, é a incapacidade de denunciar a infiltração maciça dos esquerdistas e comunistas na Igreja Católica e na CNBB. E pior, ninguém, nem mesmo alguns autonomeados conservadores (pelo menos eles se identificam como tais), possuem a coragem para se confrontar com a realidade cristalina de um clero decadente e comprometido com as causas petistas, como o aborto, o “casamento” gay, a campanha anti-“homofobia”, o desarmamento civil, o MST e outras bandeiras vermelhas. Com exceção da TFP e de alguns grupos tradicionalistas autênticos, a espiral do silêncio domina o espírito da Igreja.

Aliás, é interessante escutar as falácias de alguns ditos “conservadores”: eles dizem que não adianta nada criticar a CNBB. Alguns propõem rezar para que a Igreja se recupere. Outros se acovardam, com medo cego das batinas dos padres e bispos. E os demais justificam a reverência tosca do sacerdócio, como se este fosse um fim em si mesmo, para se eximirem de defender a doutrina católica e a Santa Madre Igreja.

A esquerda católica, porém, não mede esforços em destruir a ortodoxia, os conservadores e espalhar a mentira, a heresia e a apostasia. Não poupa nem mesmo o papa e o Vaticano. O “papa”, por assim dizer, da esquerda católica e da CNBB, é o PT, é o comunismo internacional. Ou quem sabe, Lula é o seu Messias e Salvador. Para padres e bispos esquerdistas, a igreja é tão somente um instrumento útil e dócil do Partido-Estado auto-divinizado."

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sinais dos tempos

2001 - Jader Barbalho renuncia à sua vaga de senador (era Presidente do Senado) para não ser cassado. Vivíamos tempos de esperança, a inflação havia sido contida, as privatizações haviam sido realizadas, a lei de responsabilidade fiscal havia sido aprovada. Parecia que o Brasil iria dar certo.

2011 - Jader Barbalho assume sua cadeira como senador da república. Na administração pública a corrupção contamina tudo e todos, o governo luta com unhas e dentes para preservar seus corruptos. O estado é cada vez mais inchado, o endividamento público atinge patamares nunca antes imaginados, e a irresponsabilidade fiscal só não é maior do que a voracidade da companheirada pelo dinheiro público. Parece que o Brasil realmente não vai dar certo.

O que ocorreu entre as duas datas? Simples, o "fator Lula".

Moedor de reputações

Que tempos vivemos. Dá para fugir deste planeta?

O esquerdismo mundial vai nos apertando, como o abraço de uma sucuri. Vamos morrendo aos poucos. A imprensa mundial é agente fundamental neste processo.

Uma das estratégias atuais é a seguinte: um autor comunista (ou vigarista, querendo a grana dos comunas) escreve um "livro" contando um monte de absurdos e mentiras descaradas sobre alguém. Lançado o "livro", a imprensa companheira assume o bastão e faz um escarcéu, transformando as afirmações absurdas e mentirosas em verdades bíblicas perante a opinião pública. Algum tempo o "livro" poderá até ser desmascarado, mas isto não renderá manchete e o estrago já estará feito.

Qualquer um (até eu ou você) que a esquerda perceber como ameaça pode ser aniquilado com esta técnica. Técnica que só funciona porque a imprensa é partícipe no processo no processo de destruição da reputação dos inconvenientes.

Eu não admiro Richard Nixon. Já li a sua biografia (In The Arena) e, sinceramente, não vi nada de brilhante na sua história. De uma certa forma, foi como ler a biografia do dono da farmácia da esquina. Apesar disso, Nixon foi um dos principais nomes na política Americana no século XX, pois foi vice-presidente por dois mandatos e presidente por dois mandatos. Acabou entrando para a história em função do caso Watergate.

Contudo, para a esquerda mundial Nixon tem um defeito imperdoável - era do partido Republicano. Um maluco americano está lançando um "livro" onde afirmará que Nixon (um homem de família) era homossexual, alcoólatra e batia na mulher. O tal "livro" nem foi lançado ainda, e a imprensa mundial já está fazendo o seu papel. A "notícia" já é manchete hoje em todos os principais sites do mundo.

O estrago está feito, as qualificações de homossexual, alcoólatra e espancador de mulher NUNCA mais serão descoladas do nome de Nixon. Mesmo que não sejam verdade.

A dança das profissões

A chegada do PT ao poder significou uma expressiva dança das profissões. Enquanto algumas profissões entraram na moda, outras cairam em desgraça.

Entre as profissões que entraram na moda a mais beneficiada foi a profissão de vigarista, atualmente a profissão mais badalada do Brasil companheiro.

Uma das profissões que cairam em desgraça foi a profissão de jornalista. Já não era grande coisa. Com o PT no poder os jornalistas se converteram em meros garotos de recado dos companheiros.

Mas creio que nenhuma profissão tenha ficado tão degradada como a profissão de militar. Com o PT no poder as forças armadas passaram a ser meras colônias de férias de companheiros e familiares. As habilidades militares não são mais necessárias nas forças armadas brasileiras. Em contrapartida, as habilidades necessárias para ser um bom militar no Brasil passaram a ser culinária e hotelaria.

Mas a maioria dos militares não trabalham nas colônias de férias. Aliás, trabalhar mesmo, não trabalham em lugar nenhum. Apenas frequentam quartéis degradados, sem dinheiro para o rancho, sem dinheiro para munição, sem dinheiro para manutenção, sem dinheiro para equipamentos, sem dinheiro para a instrução. Passam os dias apenas olhando para as próprias barrigas que crescem. Ou são muito energúmenos ou sobrevivem à base de Prozac.

Aqui se faz, aqui se paga?

Da Veja.com:

"A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, tem um tumor na glândula tireoide e será operada em 4 de janeiro, anunciou nesta terça-feira seu porta-voz, Alfredo Soccimarro."

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A Marinha não tem dinheiro nem para o combustível dos navios...

Da Veja.com;

"Após o tsunami de denúncias de corrupção em seu governo, a presidente Dilma Rousseff teve no início dessa semana um momento de refresco. Ergueu o vestido e molhou os pés nas águas calmas da Praia de Inema, na Base Naval de Aratu, na Bahia. De férias, a presidente só volta ao trabalho em 10 de janeiro. Levou consigo quase que uma comitiva: a filha, Paula, o neto, Gabriel, o genro, Rafael Covolo, a mãe, Dilma Jane, o ex-marido, Carlos Araújo, a atual esposa dele e uma tia.

Antes de receber a presidente, a Marinha caprichou nos preparativos e gastou nada menos que 657 900 reais com móveis, eletroeletrônicos e obras de reforma da residência funcional da Boca do Rio, onde se hospedam as autoridades em visita à base. O valor foi desembolsado entre os dias 21 de novembro e 10 de dezembro, em cinco pagamentos, de acordo com levantamento divulgado nesta terça-feira pela ONG Contas Abertas.

Com móveis, tapetes, cortinas e eletroeletrônicos foram gastos 425 200 reais. As notas de empenho emitidas pela Marinha informam detalhes sobre o valor de todos os itens, exceto os tapetes. Entre as compras estão, por exemplo, um frigobar com capacidade de armazenagem de 76 litros no valor de 4 900 reais, um espelho tamanho 2,5 x 2,5 metros ao custo de 6 000 reais e duas poltronas no valor total de 6 700 reais.

Foram compradas ainda oito televisões, sete aparelhos de DVD, um home theater e um computador, no valor total de 19 500 reais. Em outro empenho, a Marinha gastou só com cortinas nada menos que 37 300 reais. As obras de reforma custaram 195 400 reais."

Do Olavo de Carvalho

"A facilidade com que os artífices da mutação revolucionária levam a sociedade para onde bem desejam contrasta da maneira mais patética, é verdade, com a sua total incapacidade de criar uma economia decente a partir do momento em que destroem o último inimigo e assumem o controle absoluto do poder estatal.

Os liberais, que só pensam em economia e veem a impotência do socialismo nessa área, deduzem daí que o marxismo é falso em tudo, um amontoado de besteiras que não merece atenção. Mas o marxismo só é uma teoria econômica em aparência. Ele é, a rigor, a teoria e estratégia da transformação revolucionária da sociedade – e, nesse campo, é perfeitamente realista e eficiente.

O fato de que não sirva para fazer uma economia prosperar não significa que seja incapaz de destruir muitas economias, muitas sociedades, muitas nações, e, mesmo no meio do mais majestoso fracasso econômico, aumentar o poder internacional da elite revolucionária, como de fato aconteceu desde a queda da URSS. O sentimento de superioridade que os liberais têm ante o marxismo é como o de um empresário de boxe que, por saber fazer dinheiro com esse esporte, se imaginasse também habilitado a subir ao ringue e nocautear Wladimir Klitschko.

Não existe superioridade absoluta, transferível automaticamente a todos os domínios da ação humana. Eu, por exemplo, sou capaz de fazer em picadinhos qualquer debatedor comunista que se meta a besta comigo, mas, se fosse competir com um deles em matéria de sugar verbas estatais, não saberia nem por onde começar. Quanto mais eles perdem a discussão, mais se enchem de dinheiro."

O polvo e seus tentáculos

Este blog é irrelevante, não possui poder nenhum de influência perante a sociedade, existe basicamente para eu desabafar, e para ser lido por alguns amigos.

Mesmo assim, é alvo de patrulha. O que não deixa de ser assustador. Se o "polvo" patrulhador possui tentáculos tão grandes, capazes de monitorar até um blog irrelevante, este "polvo" deve ser bem grande e, na prática, já estamos presos no seu abraço de morte.

Ano passado publiquei um trecho do livro Uma Gota de Sangue, do Demétrio Magnoli. No dia seguinte já chegou um comentário de uma das várias ONGs da "causa negra", só que esta ONG fica na Alemanha (para arrancar dinheiro dos gringos e deixá-los com a consciência tranquila). Como me descobriram? Que tremendo processo de monitoramento da internet precisam ter. Identificam tudo o que é publicado contra os interesses da sua "causa" e imdiatamente rebatem?

A mesma coisa ocorre quando publico textos contra a cultura que estimula a prática da homossexualidade. Imediatamente chegam comentários (bem educados) dizendo algo na linha do: "veja só, eu sou pai, meu filho de 15 anos é homossexual, não vejo problema nenhum nisto, acho que ele deve ter a liberdade de escolher, etc." Eu teria o maior prazer em publicar o comentário autêntico de algum pai aqui no blog, mas sei identificar bem os textos de patrulha, preparados por gente que quer se passar por pai.

Ontem aconteceu outro fato que me surpreendeu. Pesquisei no histórico de acessos e constatei que o blog nunca teve nenhum acesso da Coréia do Sul (compreensível). Ontem publiquei um texto indagando qual a razão da presidente da Hyundai ter ido à Coréia do Norte chorar a morte do tirano comunista. Até o final do dia o blog foi acessado duas vezes a partir da Coréia do Sul. Como pode? Será que algum robô virtual fica monitorando toda a vez que a palavra "hyundai" aparece na internet mundial, e aí envia um alerta automático para alguém checar o conteúdo? Será que o meu blog será objeto de debates na próxima reunião do Conselho da Hyundai...?

Assustador.

Do Marco Antonio Villa

"Não é novidade a forma de agir dos donos do poder. Nas três últimas eleições presidenciais, o PT e seus comparsas produziram dossiês, violaram sigilos fiscais e bancários, espalharam boatos, caluniaram seus opositores, montaram farsas. Não tiveram receio de transgredir a Constituição e todo aparato legal. Para ganhar, praticaram a estratégia do vale-tudo. Transformaram seus militantes, incrustados na máquina do Estado, em informantes, em difamadores dos cidadãos. A máquina petista virou uma Stasi tropical, tão truculenta como aquela que oprimiu os alemães-orientais durante 40 anos.


A truculência é uma forma fascista de evitar o confronto de ideias. Para os fascistas, o debate é nocivo à sua forma de domínio, de controle absoluto da sociedade, pois pressupõe a existência do opositor. Para o PT, que segue esta linha, a política não é o espaço da cidadania. Na verdade, os petistas odeiam a política. Fizeram nos últimos anos um trabalho de despolitizar os confrontos ideológicos e infantilizaram as divergências (basta recordar a denominação "mãe do PAC").


A pluralidade ideológica e a alternância do poder foram somente suportadas. Na verdade, os petistas odeiam ter de conviver com a democracia. No passado adjetivavam o regime como "burguês"; hoje, como detém o poder, demonizam todos aqueles que se colocam contra o seu projeto autoritário. Enxergam na Venezuela, no Equador e, mais recentemente, na Argentina exemplos para serem seguidos. Querem, como nestes três países, amordaçar os meios de comunicação e impor a ferro e fogo seu domínio sobre a sociedade. Mesmo com todo o poder de Estado, nunca conseguiram vencer, no primeiro turno, uma eleição presidencial. Encontraram resistência por parte de milhões de eleitores. Mas não desistiram de seus propósitos. Querem controlar a imprensa de qualquer forma. Para isso contam com o poder financeiro do governo e de seus asseclas. Compram consciências sem nenhum recato. E não faltam vendedores sequiosos para mamar nas tetas do Estado.


O panfleto de Amaury Ribeiro Junior ("A privataria tucana") é apenas um produto da máquina petista de triturar reputações. Foi produzido nos esgotos do Palácio do Planalto. E foi publicado, neste momento, justamente com a intenção de desviar a atenção nacional dos sucessivos escândalos de corrupção do governo federal. A marca oficialista é tão evidente que, na quarta capa, o editor usa a expressão "malfeito", popularizada recentemente pela presidente Dilma Rousseff quando defendeu seus ministros corruptos.
Sob o pretexto de criticar as privatizações, focou exclusivamente o seu panfleto em José Serra. O autor chegou a pagar a um despachante para violar os sigilos fiscais de vários cidadãos, tudo isso sob a proteção de uma funcionária (petista, claro) da agência da Receita Federal, em Mauá, região metropolitana de São Paulo. Ribeiro - que está sendo processado - não tem vergonha de confessar o crime. Disse que não sabia como o despachante obtinha as informações sigilosas. Usou 130 páginas para transcrever documentos sem nenhuma relação com o texto, como uma tentativa de apresentar seriedade, pesquisa, na elaboração das calúnias. Na verdade, não tinha como ocupar as páginas do panfleto com outras reportagens requentadas (a maioria publicada na revista "IstoÉ").


Demonstrando absoluto desconhecimento do processo das privatizações, o autor construiu um texto desconexo. Começa contando que sofreu um atentado quando investigava o tráfico de drogas em uma cidade-satélite do Distrito Federal. Depois apresenta uma enorme barafunda de nomes e informações. Fala até de um diamante cor-de-rosa que teria saído clandestinamente do país. Passa por Fernandinho Beira-Mar, o juiz Nicolau e por Ricardo Teixeira. Chega até a desenvolver uma tese que as lan houses, na periferia, facilitam a ação dos traficantes. Termina o longo arrazoado dizendo que foi obrigado a fugir de Brasília (sem explicar algum motivo razoável).


O panfleto não tem o mínimo sentido. Poderia servir - pela prática petista - como um dossiê, destes que o partido usa habitualmente para coagir e tentar desmoralizar seus adversários nas eleições (vale recordar que Ribeiro trabalhou na campanha presidencial de Dilma). O autor faz afirmações megalomaníacas, sem nenhuma comprovação. A edição foi tão malfeita que não tomaram nem o cuidado de atualizar as reportagens requentadas, como na página 170, quando é dito que "o primo do hoje candidato tucano à Presidência da República..." A eleição foi em 2010 e o livro foi publicado em novembro de 2011 (e, segundo o autor, concluído em junho deste ano).


O panfleto deveria ser ignorado. Porém, o Ministério da Verdade petista, digno de George Orwell, construiu um verdadeiro rolo compressor. Criou a farsa do livro invisível, isto quando recebeu ampla cobertura televisiva da rede onde o jornalista dá expediente. Junto às centenas de vozes de aluguel, Ribeiro quis transformar o texto difamatório em denúncia. Fracassou. O panfleto não para em pé e logo cairá no esquecimento. Mas deixa uma lição: o PT não vai deixar o poder tão facilmente, como alguns ingênuos imaginam. Usará de todos os instrumentos de intimidação contra seus adversários, mesmo aqueles que hoje silenciam, acreditando que estão "pela covardia" protegidos da fúria fascista. O PT não terá dúvida em rasgar a Constituição, se for necessário ao seu plano de perpetuação no poder. O panfleto é somente uma pequena peça da estrutura fascista do petismo."

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A crise vai ser terrível

Como sou naturalmente pessimista, creio que a crise que a Europa vai enfrentar no futuro próximo vai ser de proporções calamitosas. Mas encontrei um mais pessimista que eu...Guido Mantega. Vejam o que ele disse:

"Ao comentar a notícia de que o Brasil superou o Reino Unido e será, ao final de 2011, a sexta maior economia do mundo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira que, apesar de o Brasil crescer a taxas superiores aos países desenvolvidos, vai levar entre 10 e 20 anos para alcançar um padrão de vida europeu."

Meu Deus! Fujam para as montanhas! Vendam seus euros! Para o Brasil alcançar o padrão de vida europeu a Europa vai ter que empobrecer muuuuuito nos próximos 20 anos. Mantega deve ter informações secretas sobre a real situação européia. Europeus, preparem-se.

Está todo mundo louco II?

Este país e este mundo estão tão loucos, que dá para passar o dia todo lendo notícias na internet e escrevendo aqui no blog textos sobre o absurdo das notícias.

Acabo de ler na Veja.com que 19 pessoas da Coréia do Sul foram autorizadas a viajar à Coréia do Norte para chorar a morte do ditador tarado. Entre elas, a presidente do grupo Hyundai.

O que leva a presidente do grupo Hyundai a chorar a morte do fascínora?

O regime que ele liderava, e que seu filho vai liderar a partir de agora, é uma das maiores barbaridades existentes sobre a terra. Mata sua população de fome e ameaça matar as populações dos outros países com bombas atômicas.

Por outro lado, o grupo Hyundai, presidido pela chorona, é umas das jóias do capitalismo mundial, um grupo eficiente, lucrativo, que só cresce explorando as oportunidades de negócios que o mundo livre oferece.

O que mesmo ela foi chorar na Coréia do Norte?

E a Argentina?

Sou um apaixonado pela Argentina, pela cidade de Buenos Aires, pela gastronomia, pelos vinhos. Mas nestes meus 42 anos de vida vejo a Argentina em permanente processo de auot-destruição. Quando pensamos que o caso argentino chegou ao fundo do poço, logo descobrimos que o fundo é mais embaixo. A Argentina tem um comportamento de serial killer de si própria.

Não sou psiquiatra, mas me parece que a atual presidente argentina não goza perfeitamente de todas as suas faculdades mentais. Mesmo assim, empresários, políticos e magistrados trabalham para lhe conferir poderes ditatoriais (está quase lá).

O que pode justificar isto? Dinheiro? Poder? Imbecilidade?

Apostaria na última alternativa. Ninguém está seguro em uma ditadura, nem mesmo os companheiros de primeira hora e os puxa-sacos de primeira grandeza. As ditaduras da história comprovam isto. Todos vivem à mercê do humor do déspota de plantão. Se o déspota for alguém que não goza perfeitamente de todas as faculdades mentais...maior é o risco.

Como é que estes apoiadores podem contribuir para criar uma situação em que a única coisa que separe seus pescoços da forca seja o humor de uma louca? E os pescoços de seus filhos, de seus cônjuges, de seus netos, de seus amigos?

A única esperança que tenho no futuro do Brasil é que na hora H os peemedebistas percebam que sua atuação só possui valor monetário dentro da democracia. Na ditadura são completamente descartáveis. No caso argentino, parece que os peemedebistas de lá não se deram conta disso...

Está todo mundo louco?

Como os leitores deste blog estão cansados de saber, cada vez compreendo menos o que acontece neste país.

A revista Exame desta semana tráz uma matéria sobre Roger Agneli, e o novo negócio que ele está montando. Roger Agneli, ex-presidente da Vale, é um dos executivos mais respeitados do mundo, com portas abertas para trabalhar ou montar negócios em qualquer empresa/país que desejar. Seu passe, provavelmente, vale mais do que os passes de Messi e Neymar (somados).

Roger Agneli foi demitido da Vale (empresa privada) porque se recusou a colocar os investimentos da empresa a serviço do petismo. Quando Guido Mantega conseguiu negociar junto ao Bradesco a sua demissão, Augusto Nunes escreveu que se o Brasil fosse um país de verdade Agneli seria o ministro da fazenda, e Mantega entraria na sua sala no máximo com a função de servir cafezinho.

Pois bem...

A matéria de Exame informa que a partir da posse de Dilma, Agneli, tentando salvar o próprio pescoço, enviava flores para o gabinete dela TODOS os dias. Até que ela pediu para parar. Agneli não tem amor próprio?

Mesmo depois de demitido, Agneli fez questão de comparecer a uma premiação nos EUA, onde Dilma foi premiada. Segundo a reportagem, Agneli arrancou flores dos arranjos decorativos do evento e as entregou para Dilma.

O que pode justificar que uma sujeito na posição dele, com as portas do mundo abertas, rasteje aos pés dos petistas?

Depois de um período sabático, Agneli resolveu voltar à ativa, e está criando uma empresa de investimentos. Não será uma empresa onde pessoas aplicam o seu dinheiro para Agneli administrá-lo. Será uma empresa onde Agneli e seus sócios aplicarão dinheiro do próprio bolso em ... empresas brasileiras.

Agneli é testemunha e prova viva da falência do capitalismo brasileiro. Presidente de uma empresa privada, foi demitido por se recusar a colocá-la a serviço do PT. O que pode justificar que ele aplique o dinheiro do próprio bolso em empresas brasileiras? Empresas que talvez tenham que se sujeitar aos caprichos do governante petista de turno.

Será que Agneli ficou com algum tipo de trauma?

domingo, 25 de dezembro de 2011

Do Coturno Noturno

O perigo mora ao lado.

"A lei contra o terrorismo implantada por Cristina Kirchner aterroriza a imprensa livre do país. A lei impõe penas pesadas a quem praticar qualquer delito "com a finalidade de aterrorizar a população" ou de "obrigar as autoriades a realizar um ato ou abster-se de fazê-lo".É algo tão amplo que se aplica a tudo, ao bel prazer de uma Justiça aparelhada e de uma governante louca. Atos tão comuns como os ocorridos no Brasil, onde a imprensa foi decisiva para a queda de seis ministros por corrupção, poderiam ser considerados terrorismo, afinal de contas a cobertura jornalística pressionou o governo a tomar uma decisão. E os jornalistas poderiam ser condenados por cumprirem o seu papel de denunciar e exigir providências do governo. O governo Kirchner, a qualquer momento, pode lançar mão da lei contra o terrorismo para condenar jornalistas ou adversários políticos. Lá, assim como aqui, o governo tem ampla maioria para aprovar o que bem entender. No Brasil também tem. Aqui não faltam os quadrilheiros do Zé Dirceu querendo implantar o controle social da mídia. No fundo, como na Argentina, eles querem acabar com a liberdade de imprensa e impor um regime de terror contra quem os critique e os denuncie. O perigo mora ao lado. É nosso vizinho. Todo o cuidado é pouco."

Progressismo...

"O pensamento pré-moderno diz que os indivíduos não podem escapar aos grilhões do destino. A tradição, a fé, a sabedoria dos antigos, as regras da comunidade - todas essas diversas figurações do destino prendem o indivíduo nas suas teias, determinando o que cada um pensa e aquilo que faz ou pode fazer. A modernidade rompeu tais grilhões e desfez a teia da tradição, oferecendo um palco para a expressão da vontade e da criatividade dos indivíduos. O marxismo engatou marcha a ré, instaurando novamente a primazia do destino, ao determinar o rumo e o sentido da história. Esse ato de revolta contra a modernidade representou uma anulação do indivíduo: o verdadeiro comunista rema um barco que não controla e não pode ter razão senão com o partido e através do partido."

Págs 94 e 95 de O Mundo em Desordem, de Demétrio Magnoli.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Do Rodrigo Constantino

"O ataque do governo Kirchner à imprensa independente atingiu patamares venezuelanos, quiçá cubanos, nos últimos dias. A tentativa de calar o grupo Clarín vem desde o governo anterior do falecido Nestor Kirchner. Os meios usados são sempre truculentos, como na operação em que mais de 200 fiscais da Receita foram à sede do jornal para buscar qualquer indício de ilegalidade. Desta vez, a intenção é cortar a matéria-prima do jornal: o papel.

O senador Miguel Pichetto, líder da bancada governista, foi direto ao ponto: “O Clarín é inimigo do governo”. Simples assim. O governo não tolera críticas, e precisa usar – a abusar – das leis arbitrárias para impedir o trabalho destes “inimigos”. Outro senador governista explicou a lógica da medida que poderá aumentar a participação acionária do Estado na fornecedora de papel: “Se a lei levará ou não a uma expropriação não sabemos, ainda não fazemos futurologia. Mas se isso ocorrer, não será expropriada a liberdade de expressão, mas uma empresa”. Ah bom!

O que se passa na Argentina nos remete ao alerta feito por Hayek em seu brilhante O Caminho da Servidão, onde o economista austríaco demonstra que a liberdade econômica é fundamental para preservar a liberdade política. Em outras palavras, se o governo pode intervir de forma arbitrária na economia, ele pode manter qualquer um como refém. Basta ele ser dono de uma simples fornecedora de papel, por exemplo, para ele controlar toda a mídia impressa. O cão não morde a mão que o alimenta.

Os lamentáveis, porém previsíveis acontecimentos argentinos devem servir de alerta aos brasileiros. O governo petista, antes com o presidente Lula e agora com Dilma, vem tentando expandir os tentáculos estatais na economia, infelizmente com sucesso. E o controle da imprensa independente tem sido uma verdadeira obsessão de muitos petistas. Se os argentinos, mais educados que nós na média, não foram capazes de evitar tal destino trágico, o que garante que nós iremos escapar desta sina?

Toda mobilização será necessária para proteger a liberdade de imprensa por aqui. Afinal, sabemos que aquilo que a Argentina está conseguindo fazer é a meta de muitos petistas. Alguns devem inclusive estar com baba de inveja escorrendo pelo canto da boca, sonhando com o dia em que a revista Veja e os jornais O Globo e Estadão dependerão da aprovação do governo para obter papel."

Imprensa...

Ainda bem que existe a imprensa, é a garantia de que os idiotas terão trabalho e, portanto, não passarão necessidades. Se for um idiota de consciência leve, então, pode até se tornar bastante próspero, bastando para isso seguir as ordens que partem dos subterrâneos do petismo, enquanto faz de conta que é jornalista.

Eu me divirto com as manchetes da imprensa, e fico imaginando como é o sujeito (a) que escolhe os assuntos a serem noticiados em manchete. Veja é um oásis na imprensa Brasileira, mas nem ela escapa sempre da idiotice das manchetes. Neste momento a principal manchete do seu site Veja.com é a seguinte:

"Confiança do consumidor cresce 0,5% em dezembro"

E eu que, enquanto consumidor, não tinha nem me dado conta de que estou 0,5% mais confiante do que estava no mês passado...preciso ficar mais atento a essas coisas...

Um programa noturno da MTV tem um quadro engraçadíssimo chamado "não dá prá dormir sem saber". Neste quadro eles apenas apresentam as manchetes mais ridículas do dia. Uma das que mais me marcou foi a seguinte: "Dado Dolabella acaricia a barriga da namorada".

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Do Leonardo Bruno

"A vida social necessita de atos disciplinadores de conduta. E isso começa pela própria família, com a noção de educação, hierarquia e ordem, que os pais devem estabelecer para os atos dos filhos. Dentro dessa função educacional, é óbvio que existirá sanções e punições. Daí por que os pais dão umas palmadas nos filhos indisciplinados e teimosos. Para que eles reconheçam, desde a mais tenra idade, os seus limites. Não quer dizer necessariamente que os castigos sejam totalmente justos. Às vezes os pais agem com justiça e outras vezes não. No entanto, nem por isso é razão para colocá-los na cadeia.

Entretanto, o Estado de Direito caminha para uma ditadura cultural nas leis e nos costumes, ainda que preserve a aparência formal de democracia. A chamada PL – 7670/2010, ou a “lei da palmada”, proposta pelo governo federal e adocicada por picaretas notáveis, como as deputadas Teresa Surita e Maria do Rosário, visando medidas punitivas para pais que dão palmadas nos filhos, lembra-me a figura de Pavlik Morozov, o garoto soviético que delatou o pai para a GPU-NKVD, uma das nomenclaturas da polícia política na época de Stálin. A cultura de delação é a mesma. Mudam-se tão somente os pretextos ideológicos. Antigamente era a “defesa da revolução” contra os “inimigos do povo”. Agora são os “direitos humanos”, com a delação em massa dos pais “agressores”, pelo simples fato de darem umas palmadas nos garotos levados.

Pavlik Morozov nasceu na época da guerra civil russa, em 1918. Em 1932, Stálin jogou a GPU-NKVD e o exército vermelho numa outra grande guerra civil pela coletivização forçada da agricultura contra os camponeses ucranianos. Morozov era filho de um pequeno fazendeiro que queria esconder os seus víveres para sobreviver, já que a polícia política estava fazendo uma campanha de confisco de alimentos, para sujeitar o campesinato à fome. Todavia, o garoto, que frequentava a escola controlada pelo Partido Comunista, começou a fanatizar-se com o discurso bolchevista e delatou a família, em particular, o pai, que escondia seus mantimentos do governo. A história tem o um desfecho macabro: o pai, desesperado pelo fato de o filho tê-lo denunciado, mata-o. A polícia política descobre o crime e deporta o pai para os campos da Sibéria.

Ou seja: a União Soviética quis estatizar a alma das crianças, transformá-las numa seção do NKVD ou da KGB contra os pais dissidentes. Ainda no século XIX, como diria antes o terrorista Netchaïev, pai espiritual do populismo russo e do bolchevismo: a família, a amizade, as tradições, o país e a religião deveriam ser odiados pelo único amor digno de nome: a revolução. Anos depois, com a revolução totalitária soviética, o amor foi prolongado: se antes era só pela revolução, agora virou também o amor total e incondicional pelo Partido-Estado. As crianças deveriam sacralizar o demônio estatal, odiando e traindo os seus pais e familiares. Alguém ainda se nega a crer que o Estado brasileiro, atualmente, pensa a mesma coisa?

A “lei da palmada”, como a doutrinação ideológica camuflada de “campanhas educativas” ou “currículos escolares”, não são formas de criar mecanismos de delação de filhos contra pais? No afã de supostamente proteger os filhos contra os pais, na verdade, o Estado joga uns contra outros. Os pais não terão o direito de disciplinar ou educar os filhos: estes serão a extensão da ideologia dos professores, do Conselho Tutelar, do Ministério Público, em suma, do próprio Estado, que usurpa as funções que não lhes são propícias. As crianças, induzidas a crerem que os pais são potencialmente criminosos, serão sugestionadas a policiá-los ou até a denunciá-los, já que a reprimenda ou o castigo podem ser desforrados pelo filho birrento e mal criado. É o “narodny komissariat,” o “comissário do povo” moderno usando os filhos dos outros como espiões e olheiros da vida alheia. Na prática, a lei estimula a perversão de desmoralizar a autoridade dos pais e superdimensiona a autoridade das crianças, invertendo as hierarquias e colocando os pais numa situação de completa chantagem. E quem tomará conta dessas hierarquias? São as próprias crianças imaturas? Não, serão os burocratas, agora elevados a paizões usurpadores dos pais verdadeiros!

Na verdade, uma das más intenções do Estado é o de criar menores sem limites, sem respeito à autoridade da família e dos pais, sem referência a qualquer princípio moral, sendo doutrinadas a terem “direitos”, ignorando os direitos e limites alheios, e idolatrando o Estado como uma espécie abstrata de “pai” e “mãe” protetores. Obviamente, o vazio moral deixado pelos pais será substituído pela engenharia social dos educadores, que querem injetar toda a sorte de cultura politicamente correta nas crianças, desde a ideologia de sexualidade promíscua e gay até a neurotização imbecilizante da linguagem e do raciocínio. Essa legião de pequenos Hitlers e Stálins da sociedade, em nome da exigência mimada de direitos ilimitados, serão os grandes tiranos da fase adulta, marginais, egocêntricos, desajustados, psicopatas, criminosos e drogados. Ou mais, serão a massa de manobra das tiranias maiores dos políticos e da burocracia estatal.

Alguém duvida que as causas da violência estejam no enfraquecimento da autoridade dos pais e da disciplina familiar que educa e limita os ímpetos? Alguém duvida que a tentativa de alimentar a noção ilimitada de “direitos”, praticada pelo Estado, é uma forma de isentar os cidadãos, desde a mais tenra idade, de assumir os deveres éticos interiores exigidos às mentes maduras? Ou mais, a tentativa de burocratizar mais ainda a vida civil, retirando das famílias o poder de educar e proteger os seus próprios filhos da sanha dominadora do Estado?

A lei da palmada é a tentativa de prolongar eternamente a infância das crianças, desprovendo-as de limites e nortes éticos que as façam crescerem. Quando o governo intervém, querendo mimar até os caprichos infames dos infantes contra os adultos, demonstra-se a sua intenção de prolongar o infantilismo moral e a cultura de dependência, reduzindo os cidadãos a meros bezerrinhos domáveis pela engenharia social e pela classe política. Ou na pior das hipóteses, demonstra uma exigência espúria de falsos direitos, que significará a perda completa de direitos reais, que são os da liberdade e dos laços privados da família. Sob o preço, inclusive, de trair a própria família."

Candidato X Articulista

Compartilho com a visão de José Serra, apresentada no texto do post abaixo. Vou um pouco além, e acredito que estamos num caminho sem volta.

Só lamento que o candidato José Serra não tenha tido a coragem do articulista José Serra, coragem de dizer a verdade, de rasgar a máscara petista, e de alertar a população para o que de fato representa o petismo. Se o candidato José Serra tivésse tido a coragem do articulista José Serra, talvez ele estivésse hoje sentado na cadeira de presidente da república, e o país livre da ameaça bolivariana.

Agora é tarde. A covardia do candidato José Serra é cúmplice da situação que vive o país.

De José Serra

"Nos anos recentes, o ímpeto petista para cercear a liberdade de expressão e de impressa vem sendo contido por dois fatores: a resistência da opinião pública e a vigilância do Supremo Tribunal Federal. Poderia haver também alguma barreira congressual, mas essa parece cada vez mais neutralizada pela avassaladora maioria do Executivo. É um quadro preocupante, visto que o PT só tem recuado de seus propósitos quando enfrenta resistência feroz. Aconteceu no Programa Nacional de Direitos Humanos, na sua versão petista, o PNDH-3. Aconteceu também na última campanha eleitoral, quando a candidata oficial precisou assumir compromissos explícitos com a liberdade para evitar uma decisiva erosão de votos.


Mas não nos enganemos. Qualquer compromisso do PT com a liberdade e a pluralidade de opinião e manifestação será sempre tático, utilitário, à espera da situação ideal de forças em que se torne finalmente desnecessário. Para o PT, não basta a liberdade de emitir a própria opinião, é preciso "regular" o direito alheio de oferecer uma ideia eventualmente contrária. O PT construiu e financia ao longo destes anos no governo toda uma rede para não apenas emitir a própria opinião e veicular a informação que considera adequada, mas para tentar atemorizar, constranger, coagir quem por algum motivo acha que deve pensar diferente. Basta o sujeito trafegar na contramão das versões oficiais para receber uma enxurrada de ataques, xingamentos e agressões à honra.


Outro dia um prócer do petismo lamentou não haver, segundo ele, veículos governistas. Trata-se de um exagero, mas o ponto é útil para o debate. Ora, se o PT sente falta de uma imprensa governista, que crie uma capaz de estabelecer-se no mercado e concorrer. Mas a coisa não vai por aí. O que o PT deseja é transformar em governistas todos os veículos existentes, para anular a fiscalização e a crítica. O governo Dilma Rousseff deve ter batido neste primeiro ano o recorde mundial de velocidade de ministros caídos sob suspeita de corrupção. E parece ainda haver outros a caminho. As acusações foram veiculadas pela imprensa, na maioria, e a presidente considerou que eram graves o bastante, tanto que deixou os auxiliares envolvidos irem para casa. Mas, no universo paralelo petista, e mesmo na alma do governo, trata-se apenas de uma conspiração da imprensa.


Pouco a pouco, o PT procura construir no seu campo a ideia de que uma imprensa livre é incompatível com a estabilidade política, com o desenvolvimento do país e a busca da justiça social. E certamente tentará usar a maioria congressual para atacar os princípios constitucionais que garantem a liberdade de crítica, de manifestação e o exercício do direito de informar e opinar. Na vizinha Argentina assistimos ao fechamento do cerco governamental em torno da imprensa. A última medida nesse sentido é a estatização do direito de produzir e importar papel para a atividade. O governo é quem vai decidir a quanto papel o veículo tem direito. É desnecessário estender-se sobre as consequências desse absurdo.


O PT e seus aliados continentais têm tratado do tema de modo bastante claro, em todos os fóruns possíveis. Seria a luta contra o "imperialismo midiático", conceito que atribui toda crítica e contestação a interesses espúrios de potências estrangeiras associadas a "elites" locais. Um arcabouço mental que busca legitimar as pressões liberticidas. Um fascismo (mal)disfarçado.No cenário sul-americano, o Brasil vem por enquanto resistindo bastante bem a esses movimentos, na comparação com os vizinhos. Ajudam aqui a Constituição e a existência de uma sociedade civil forte e diversificada. Mas nenhuma fortaleza é inexpugnável. Especialmente quando a economia depende em grau excessivo do Estado, e portanto do governo.


Nenhuma liberdade se conquista sem luta, sabemos disso. Lutamos contra a ditadura, ombreados, inclusive, aos que só estavam conosco porque a ditadura não era deles. Mas essa liberdade que obtivemos precisa ser defendida a todo momento, num processo dinâmico, pois os ataques a ela também são permanentes."

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

República Bolivariana do Brasil

Tem alguma dúvida? Leia a manchete:

"Governo pressiona aéreas a aumentar salários para evitar greve."

Solução Hungria

Veja a notícia da Veja.com:

"Segurança - Os líderes do bloco firmaram ainda o Protocolo de Montevidéu, que prevê uma série de medidas caso algum membro do Mercosul ou associado seja alvo de golpe de estado. "O Protocolo de Montevidéu é um mecanismo de resposta quase automática e imediata de defesa da institucionalidade democrática diante de um eventual golpe de estado contra qualquer governo eleito integrante do bloco", anunciou o presidente José Mujica.

O acordo prevê que, em caso de ruptura ou ameaça de ruptura da ordem democrática, os demais estados se reunirão para realizar gestões diplomáticas que promovam o restabelecimento da democracia no país afetado. Mas, se estas gestões não derem frutos, poderão ser aplicadas, "de forma consensual", medidas que vão da suspensão do direito de participar dos órgãos do Mercosul ao fechamento das fronteiras e à paralisação ou limitação do comércio, tráfego aéreo e marítimo, comunicações e fornecimento de energia
."

Comento: é a "solução Hungria". Em 1956 a Hungria ousou pretender deixar o bloco comunista, e foi imediatamente invadida pela União Soviética. Agora os 5 presidentes comunistas dos países do mercosul assinam um acordo para que nenhum dos países membros ousem deixar o rumo que foi definido para a região, o rumo da ditadura socialista. Falam em golpe contra governo eleito, mas sabem que as eleições realizadas na região são uma farsa, desde as fraudes mais grosseiras (como no caso venezuelano) até a compra em massa de votos como no caso brasileiro. Pretendem criar uma camisa de força na região, que definitivamente extermine a liberdade democcrática no continente.

Do Reinaldo Azevedo

"Ora, eu não tenho dúvida de que penso coisas que eles detestam. Mas o que realmente penso parece não ser suficiente para que possam secretar o seu ódio e convocar outras pessoas a me odiar também. Então inventam coisas, mentem, atribuem-me o que nunca escrevi, pensamentos que nunca tive, defesas que nunca fiz. Ora, para quem se sente imbuído de uma missão ou é um difamador a soldo, a verdade e a mentira são categorias irrelevantes.

Estamos, sim, queridos, no meio de uma guerra de valores. Os petistas chegaram ao poder porque a liberdade de expressão — QUE NÃO É OBRA DELES, ASSIM COMO NÃO O É O REGIME DEMOCRÁTICO — permitiu que fizesse a sua pregação, falasse de seus valores, atacasse os adversários etc. Uma vez no topo, a liberdade, em sentido amplo, deixou de lhes interessar. Não podendo partir para a violência institucional, acompanhada da violência armada, a exemplo de alguns de seus “companheiros” da América Latina, então optam pelo uso dos cofres públicos para financiar as correntes de difamação. Imaginem se o Ministério Público Federal já não teria entrado em ação caso o PT estivesse na oposição, sendo atacado por grupos e veículos financiados com dinheiro público. As lideranças do partido já teriam botado a boca no trombone. As oposições que temos ainda não atentaram para essa forma de “controle político da mídia”…

Digam o que disserem, o fato é que MEUS TEXTOS, o que realmente escrevi, estão arquivados no blog. Os petralhas estão inconsoláveis. Levaram a sério durante tanto tempo as suas próprias fantasias que se sentem compelidos a entrar no blog de um experimentado correspondente, que conhece o Brasil, para lhe implorar, à moda Groucho Marx: “Juan, você vai acreditar no que você lê na página do Reinaldo ou naquilo que nós dizemos sobre ele?” O post de Arias está aqui. E o “amor” dos petistas pela liberdade de expressão está devidamente demonstrado."

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O esquerdismo é uma doença psiquiátrica

Do Reinaldo Azevedo:

"Um leitor havia enviado um comentário a respeito, mas não acreditei! E, no entanto, é verdade! O PC do B emitiu uma nota de pesar pela morte do carniceiro comunista Kim Jong-Il, ditador da Coréia do Norte, e de apoio a seu sucessor, nada menos do que Kim Jong-Un, seu filho. Segundo o PC do B, “o camarada Kim Jong Il manteve bem altas as bandeiras da independência da República Popular Democrática da Coréia, da luta anti-imperialista, da construção de um Estado e de uma economia prósperos e socialistas, e baseados nos interesses e necessidades das massas populares.”

Já haviam dito muito coisa sobre a Coréia do Norte, mas nem o comunista mais tarado ousou chamar o país de “próspero”. Boa parte dos estimados 22 milhões de norte-coreanos passa fome. No campo, há relatos freqüentes de… canibalismo
!"

Comento: o esquerdismo é uma grave doença psquiátrica, faz perceber o canibalismo como sinal de prosperidade. Não seria tão perigoso se eles não estivéssem no poder, pela via eleitoral...

"Vende-se"

O que se observa desde a mais longínqua antiguidade, até os nossos dias de domínio bolivariano na América do Sul, da infinidade das bolsas isntituídas pelos bolivarianos para assegurar uma ditadura com máscara de democracia, é que a liberdade está sempre à venda. E o preço nem é caro.

Ofereceu "cenzão" ao miserável, e ele já assina a venda da sua liberdade ao primeiro bolivariano que aparecer. Uma pechincha.

Imaginem então se o diabo resolvesse subir até superfície para, efetivamente, comprar almas. Precisaria até distribuir senhas, dado o elevado número de interessados em vender suas almas. E o diabo nem precisaria gastar muito dinheiro.

De Jeb Bush

"Congressman Paul Ryan recently coined a smart phrase to describe the core concept of economic freedom: "The right to rise."

Think about it. We talk about the right to free speech, the right to bear arms, the right to assembly. The right to rise doesn't seem like something we should have to protect.

But we do. We have to make it easier for people to do the things that allow them to rise. We have to let them compete. We need to let people fight for business. We need to let people take risks. We need to let people fail. We need to let people suffer the consequences of bad decisions. And we need to let people enjoy the fruits of good decisions, even good luck."

Do Augusto Nunes

"Nesta segunda-feira, Dilma Rousseff confirmou que, na Era da Mediocridade, quanto mais bisonho é o desempenho de um ministro maior é a chance de ser promovido. Graças aos desastres acumulados no Ministério da Educação, o companheiro Fernando Haddad virou candidato do PT à prefeitura de São Paulo. Graças à vexatória performance no emprego que ganhou como prêmio de consolação pelo naufrágio na disputa do governo paulista, Mercadante deverá ser premiado pela chefe com o gabinete em que Haddad agiu. A substituição de Tarso Genro pelo Terror dos Estudantes confirmou que, no Brasil de Lula e Dilma, o que está muito ruim sempre pode ficar péssimo. A promoção do Herói da Rendição provará que sempre é possível ir um pouco além do que parece o fundo do poço.

Muitos por vassalagem, outros tantos por cinismo, alguns por estupidez, a maioria dos jornalistas insiste em chamar de “reforma ministerial” a sequência de movimentos desastrados empreendida por Dilma. Começou com a absolvição de Fernando Pimentel, foi em frente com o aviso de que Iriny Lopes seguirá no comando da usina de ideias imbecis disfarçada de Secretaria de Políticas para as Mulheres e deve prosseguir com a transferência de Aloízio Mercadante. O que está em curso nada tem a ver com uma reforma ministerial sem aspas. É só a renovação do mandato da diretoria do clube dos cafajestes. A turma faz de conta que alguma coisa mudou para que tudo continue igual. Ou fique um pouco pior."

Ditadura

Todos os anos, como sabem, milhões de manifestantes e dezenas de trios elétricos interditam a avenida Paulista para realização da parada gay. Ninguém vê nada errado nisto. Uma semana antes da parada gay é realizada a parada dos evangélicos, que também reúne milhões de manifestantes. Neste ano a parada dos evangélicos já não foi realizada na Paulista, a pedido das autoridades, pois sabem como é, a parada dos evangélicos atrapalha o trânsito...

Pois bem, Kassab ousou um supremo absurdo - fazer coral Natalino na avenida Paulista. Foi longe demais, onde já se viu prejudicar o trânsito da Paulista por conta de uma bobagem como o ... Natal. Se fosse, pelo menos, um Natal gay...

Então, o Ministério Público, o eterno defensor dos petistas, entrou em ação e ... vejam a notícia abaixo:

"O promotor classificou de "ilegal" a operação que prevê o fechamento da Paulista por causa dos corais natalinos e das decorações de fachadas de bancos e de empresas do local, além da praça de Natal criada pela própria prefeitura próximo ao parque Trianon. A CET informou ontem que não iria se pronunciar sobre as afirmações do Ministério Público. A companhia disse que só fará isso na Justiça. Ressaltou, porém, que a operação que prevê o fechamento da Paulista está prevista desde o início deste mês. Antes da polêmica com o Ministério Público, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), disse ontem que a Paulista "é uma festa". Ele afirmou que seria ótimo se a cidade tivesse outros locais com o mesmo movimento."

É isso aí, já vivemos numa ditadura onde petistas e seus tentáculos (Ministério Público, Judiciário, Ongs e movimentos) nos impõem o que podemos e o que não podemos fazer. Desta forma, interromper o trânsito na Paulista só é permitido se for para atividades relacionadas à causa gay. Quem sabe então se o prefeito vestir o Papai Noel de rosa.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Bandidagem

Evidentemente, tenho pavor de uma situação onde, por exemplo, me veria perdido em meio a uma favela carioca, no meio da noite, e sozinho. Mas assim como temo esta situação, também tenho pavor de me ver enredado nas teias do judiciário. Sinceramente, não sei qual dos dois ambientes é mais perigoso...

Como está muito bem observado num dos artigos da Veja desta semana, o judiciário brasileiro está se convertendo em um porto seguro para criminosos. Tanto para os criminosos comuns (e incomuns) que sempre encontram uma mão amiga no judiciário mas, também, para os criminosos que passaram a se aconchegar dentro do próprio poder, travestidos de magistrados.

Tudo corria bem, até o momento em que a Juíza Eliana Calmon assumiu a presidência do CNJ. Esta juíza entendeu que o poder judiciário não é lugar para criminosos. E passou a investigar para valer os "malfeitos" da categoria. Pronto, foi o que bastou para ouriçar a companheirada de toga. Onde já se viu alguém pensar que pode investigar um juíz? Esta Eliana Calmom vai ver com quem está tratando. E viu, conforme a notícia abaixo:

"Em decisão liminar nesta segunda-feira (19), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello suspendeu o poder "originário" de investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) contra magistrados, determinando que o órgão só pode atuar após as corregedorias locais. A liminar concedida pelo ministro deve ser levada a plenário na primeira sessão do ano que vem, no início de fevereiro, para que seus colegas avaliem o tema. Até lá, no entanto, as funções da corregedoria do CNJ estarão esvaziadas. Ficarão prejudicadas aquelas investigações que tiveram início diretamente no conselho, antes que tenham sido analisadas nas corregedorias dos tribunais onde os juízes investigados atuam."

Agora os companheiros malfeitores podem voltar a dormir tranquilos, ninguém vai mais perturbá-los com investigações.

Interessante que o CNJ existe há muitos anos, mas antes de Eliana Calmon ninguém pensou em tirar do conselho o poder originário de investigação. Sinal de quanto as investigações da Eliana estavam incomodando a classe.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Vítimas das chuvas

Vítimas na cidade de São Paulo: segundo a imprensa, são culpa do Kassab.

Vítimas em municípios de São Paulo governados por petistas e aliados: segundo a imprensa, são culpa de Serra e de Alckmin.

Vítimas em geral: segundo Dilma, em discurso em 13/1/2011, são culpa do governo Federal.

Vítimas em geral: segundo Mercadante, em discurso em 15/12/2011, são culpa da natureza.

Do Augusto Nunes

"Em 13 de janeiro deste ano, depois de sobrevoar a Região Serrana do Rio, a presidente Dilma Rousseff convocou a imprensa para avisar que não permitiria a reedição de uma tragédia daquelas dimensões. Primeiro, admitiu que se tratava de um problema federal. Em seguida, prometeu acabar com deslizamentos nos morros com obras de contenção de encostas, prometeu um mundaréu de medidas preventivas, prometeu instalar redes de saneamento básico, prometeu remover os ameaçados por desastres naturais, prometeu casas para os flagelados e prometeu voltar mais tarde para inaugurar o colosso de promessas.

Nesta quinta-feira, o ministro Aloízio Mercadante apareceu no Senado para mandar um recado aos brasileiros em geral e, em particular, aos milhões de moradores de áreas de risco. “Morrerão pessoas neste verão. E nos próximos”, confessou. Rebatizou a temporada de chuvas fortes de “extremos climáticos”, culpou a natureza e comunicou que o governo não fez nada do que prometeu. A discurseira de Dilma foi outro embuste. As vítimas da tragédia anunciada estão entregues à própria sorte."

22 anos depois

Estava procurando umas fotos antigas e encontrei um pedaço que tenho do muro de Berlim.

Lembro que em 1989, quando o muro foi derrubado, multidões acorreram de todas as partes. Todos queriam dar pelo menos uma picaretada e ajudar a derrubar aquele símbolo da opressão.

22 anos se passaram e, neste período, o esquerdismo dominou o pensamento mundial de uma forma tão profunda que se o evento fosse hoje multidões acorreriam a Berlim para defender o muro.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A lei da palmada

Não sou sociólogo, não sou antropólogo, não sou psicólogo, nem tenho filho (ocupo apenas um lugar na absurdamente lenta fila da adoção). Não sou, então, a melhor pessoa para opinar sobre a lei da palmada, já aprovada por comissão na câmara dos deputados (por unanimidade).

Mas sou um observador (e um crítico) da sociedade e dos comportamentos sociais.

Na época dos meus pais, lugar de crianaça era lugar de criança, e elas eram lembradas disto (quando necessário) com um simples olhar dos pais.

Na minha infância (anos 70 e começo dos anos 80) já era um pouco diferente, as crianças já estavam mais no papel de centro da família. Mas se eu fizesse bagunça ou tirasse nota baixa, o pau comia (e comia feio). Assim foi com todos os meus contemporâneos. Não fiquei com nenhum trauma em função disto.

Daí para a frente parece que foram pais pessoas completamente despreparadas para isto, pessoas que passaram a tratar os filhos como se fossem brinquedinhos, procurando satisfazer (e superar) todos os desejos da criança, criando a impressão de que tudo na vida cai do céu, deixando os filhos assumirem o controle da casa, permitindo que as crianças tenham acessos de histeria toda a vez que um desejo seu é contrariado, deixando de viajar, de fazer coisas que gostam, e transformando suas vidas num mero acessório da vida da criança. Formando, enfim, pessoas mimadas que no futuro terão problemas de relacionamento social que poderão resultar em violência, vandalismo, álcool, drogas, baixa escolaridade, desemprego (alguém tem alguma dúvida de que estamos indo por este caminho?) Pessoas que não irão atrás das coisas que desejam porque ficarão esperando cair do céu. Pessoas que pensarão que o resto da humanidade existe apenas para serví-las.

Os pais que impõem limites aos filhos estão prestando um serviço à socidade, do seu lar sairá um cidadão com melhores chances de convívio social.

Agora vem a tal lei da palmada que, na prática, criminaliza qualquer tipo de corretivo físico aplicado numa criança. Não estamos falando de espancamento, estamos falando de uma palmadinha. Como os pais (aqueles que ainda desejarem) vão impor limites aos filhos? Conversando? A partir desta lei o poder de fato dentro do lar estará com as crianças, e crianças são espertíssimas para perceber este tipo de coisa. Poderão pintar e bordar, destruir e quebrar, gritar, pular, desaforar, e os otários poderão apenas dizer: "não faça assim filhinho".

Pior, os mais malvados (e os há aos montes) poderão ameaçar os pais: "vou dizer na escola que você me dá palmadas, se não fizer o que eu quero". Mesmo que não dê palmada nenhuma.

Não sei o que pensam os leitores sobre o assunto, mas para mim isto é doentio. E algo doentio assim só pode prosperar em tempos de dominação do pensamento esquerdista, que é um pensamento psicopata, destrutivo. Desde que surgiu, na revolução francesa, a esquerda destrói tudo o que toca. Neste caso querem destruir a família no presente e a sociedade no futuro.

Do Rodrigo Constantino

"Bangu, tarde ensolarada. Detento puxa conversa com o novo colega de cela:

– Ei, por que você foi preso?

– Meu filho me denunciou para o Conselho Tutelar. Ele me desobedeceu e foi brincar em vez de estudar, depois tirou zero na prova, e ainda agrediu verbalmente a mãe quando demos uma bronca nele. Não resisti: dei-lhe uma palmada. Foi um ato involuntário. Perdi o controle, reconheço. Fui enquadrado na Lei da Palmada. E você?

– Acendi um cigarro dentro de casa. Local fechado é proibido. Minha empregada me denunciou para o Conselho de Saúde e Higiene. Argumentou que sua saúde estava em risco por conta do meu cigarro. Já é a segunda vez que vou preso. Antes foi por exagerar na fritura em plena praça pública. Os Agentes da Saúde me pegaram no flagra, com o agravante de ter crianças no local.

– E aquele outro ali, calado no canto? Você sabe por que ele está aqui?

– Sim. É um pequeno empresário. Tinha a concessão de TV para um município do interior, e cometeu a imprudência de transmitir uma propaganda de doces no meio da tarde! Os fiscais do Conselho Tutelar foram no mesmo dia com dez viaturas da polícia e prenderam o homem, e depois ainda fecharam sua emissora. Ele parece estar em depressão.

– Puxa vida. E aquele ali, agitado ao extremo?

– Esse foi preso ao tentar comprar uma aspirina com receita médica falsificada. Ele alega ter forte dor de cabeça, mas estava sem dinheiro para uma consulta médica particular, e a fila do SUS...

Enquanto os dois continuavam conversando, lá fora do presídio uma grande estátua do Grande Líder Lula brilhava aos últimos raios crepusculares daquela quente tarde de 2027."

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Do Leonardo Bruno

"A resposta do cardeal Raimundo Damasceno parece denunciar seu crime. Em nenhum momento ele falou em condenar o PLC 122 ou em denunciar a campanha homossexual de criminalização das opiniões religiosas incutidas na lei. Ou mais, nenhum pio sobre a proposta de Marta Suplicy, de transformar o cristianismo numa espécie de religião de gueto, onde as opiniões fora da Igreja podem ser marginalizadas, perseguidas ou excluídas da vida pública, através de medidas judiciais. Pelo contrário, sua opinião parece não querer assumir posições, para não afetar suscetibilidades políticas atuantes e comprometedoras. Suscetibilidades petistas, para deixar bem claro.

Está evidente demais a intenção de Marta Suplicy e do movimento gay. A lei é visivelmente perigosa para as liberdades individuais, uma vez que fere o princípio da liberdade religiosa e de pensamento, e cria mecanismos de censura contra qualquer indivíduo de criticar, contestar ou rejeitar publicamente o homossexualismo. O movimento gay quer destruir os padrões da família, espalhar educação homossexual nas escolas e, ainda, criar expedientes legais para prender quaisquer pessoas dissidentes desse projeto. No entanto, dentro da CNBB, o resto é só silêncio.

Na verdade, a CNBB pode ser qualquer coisa, menos uma entidade católica. Embora venda a idéia de representar os católicos do país, é apenas uma associação burocrática sem valor hierárquico na Igreja. Na prática, ela se tornou um braço ideológico do PT na Igreja Católica, falando indevidamente em nome dela e por ela, ainda que os católicos autênticos ou o Vaticano nem tenham sido solicitados. Porém, quem cala consente. Se os católicos realmente sinceros se calam diante do que é uma infiltração descarada dentro dos quadros da Igreja, pode-se dizer que também são covardes.

Fatos como os acima citados revelam dois comportamentos diferentes e seletivos: a CNBB é incisiva quando o assunto é o MST, a defesa do governo petista, o desarmamento civil, a reforma agrária e demais bandeiras de esquerda. E, no entanto, é tímida e omissa, quando a questão é a defesa intransigente dos valores católicos!

A CNBB, na Campanha da Fraternidade de 2010, dizia que não se pode servir a Deus e ao dinheiro, deturpando as palavras do Evangelho para seu credo comunista. E a mensagem que se encerra é: não se pode também servir a dois senhores. Qual senhor a CNBB serve? A Igreja de Cristo ou a religiãozinha laica do PT?"

PSDB

Este partido é uma piada, composto por lideranças ridículas. Eu nem deveria perder o meu tempo (escasso) para falar desta gente irrelevante, mas vamos lá.

Geralmente os partidos políticos (em todo o mundo) lutam por cargos: presidência, prefeituras, parlamentos, etc. Desejam sempre eleger o maior número possível de representantes da sigla.

O PSDB é o único partido no mundo que não luta para conquistar o cargo público mas, sim, luta com todas as armas para definir quem será o candidato a perder a eleição.

Por exemplo, o PSDB de São Paulo abriu guerra interna (processo de auto-destruição) entre correligionários e guerra contra aliados para escolher quem será o candidato do partido para perder a eleição a prefeito em 2012.

Já no PSDB nacional há uma guerra de auto-destruição travada entre os defensores de Aécio (maioria) e de Serra (minoria) para definir qual dos dois será o candidato para perder as eleições presidenciais de 2014.

Assim, o PSDB é o único partido que existe não para enfrentar adversários, mas para se enfrentar a si próprio.

No meio de tudo, em permanente delírio, FHC. Aquele que defende a liberação geral...

Ausente do blog

Leitores, desculpem a ausência, mas é que a coisa não está fácil.

Somente ontem trabalhei mais do que o Lula trabalhou entre 1975 e 2011...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mundo perigoso

De um lado, loucos decididos. Do outro lado, traseiros moles, nações falidas e moleques de ordens da Al Qaeda. O mundo se torna mais perigoso a cada dia que passa. Vejam a notícia:

"O Irã anunciou nesta terça-feira que irá bloquear o Estreito de Ormuz - entrada do Golfo Pérsico e porta de saída de um terço do petróleo mundial - durante as próximas manobras navais que a Marinha do país realizar em águas internacionais usando seus navios de combate.

"Faremos manobras para fechar o Estreito de Ormuz em pouco tempo. Se o mundo quer tornar esta região insegura, nós tornaremos o mundo inseguro", disse Parviz Soruri, deputado membro da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento e um dos mais radicais parlamentares iranianos
."

Provincianos

Leitores, somos muito provincianos. Vejam a notícia da Veja.com (está em manchete no site da revista):

"O jornal esportivo esportivo Marca passou vergonha em seu especial sobre o Mundial de Clubes na internet.

Na página que apresenta as equipes da competição, os editores do maior diário esportivo do país trocaram o escudo do Santos pelo da Ponte Preta, de Campinas
."

Comento: Óhh, uhh, que coisa, que absurdo, que fim dos tempos. Falando sério, imaginemos que fosse o contrário, ou seja, que um jornal brasileiro qualquer errasse o escudo de um clube espanhol. Alguém na Espanha sequer ficaria sabendo da ocorrência deste erro? Somos mesmo muito provincioanos, aqui na província o erro do jornal espanhol rende manchete no site da maior revista do país.

Do Nivaldo Cordeiro

"No segundo bloco foi analisada a situação do Brasil. E aqui foi a minha grande surpresa quando Paulo Francini, criticando os demais especialistas, reclamando da desindustrialização do Brasil, clamou por um "plano" de salvação da indústria nacional. Isso mesmo! O velho e malfadado "plano", a varinha de condão de todos os comunistas mundo afora. A Fiesp será talvez a mais vetusta instituição infiltrada pelas teses do Partido Comunista, que sempre fez do "plano" a mola mestra da ação econômica estatal."

"O tal "plano" pleiteado teria portanto o encargo de fazer o que essa gente da Fiesp sempre quis e pleiteou: reserva de mercado, barreira tarifária e subsídios estatais para o suposto "desenvolvimento" industrial. O velho filme dos anos cinqüenta. Claro que os tempos são outros e tal receita não tem sequer condições de ganhar respeitabilidade política."

"Paulo Francini e seus pares não discutem o único caminho possível, o de repensar o Estado social-democrata ossificado, que transformou a população brasileira em rentista do Estado. A supertributação vem nesse processo, outro vetor a tirar competitividade da indústria nacional. Reduzir a regulamentação no mercado de trabalho, amenizar a necessidade de financiamento externo pela elevação da taxa de poupança e liberar os forças de mercado são as únicas bandeiras sensatas, mas Paulo Francini nem opinou sobre essa possibilidade. Ficou apenas no mágico "plano", como se essa loucura não tivesse sido completamente desmoralizada desde o naufrágio da ex-URSS."

Reescrevendo a história

Do Percival Puggina:

"Está em discussão na Câmara de Vereadores de Porto Alegre um projeto de lei que pretende mudar o nome da Avenida Castelo Branco para Avenida da Legalidade. A vereadora do PSOL que teve a iniciativa do projeto alega que Castelo Branco foi o primeiro presidente do regime militar, um ditador segundo ela, e que a homenagem, portanto, não se justifica.
A primeira contestação salta aos olhos de qualquer analfabeto. Como ficam, perante esse critério, tantas ruas, praças e avenidas com o nome de Getúlio Vargas (para não mencionar Floriano Peixoto, Julio de Castilhos, Borges de Medeiros e tantos outros)
?"

Comento: este é o primeiro passo. Logo as ruas e avenidas terão o nome de heróis contemporâneos como, por exemplo, Lamarca e Marighela, que matavam em nome da utopia comunista. Num momento seguinte, com um pouco mais de descaramento, as ruas e avenidas passarão a se chamar Lula, Dilma, Palocci, Dirceu e Pimentel. Por fim, chegar-se-á ao ápice, quando as principais avenidas se chamarão Marx, Engels, Lenin, Stalin, Mao, Fidel e Pol Pot. Teremos então atingido a plenitude da democracia petista.

Ignorância

Houve um tempo em que a ignorância era constrangida.

Atualmente a ignorância é convicta.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Do Luiz Felipe Pondé

"Ficamos covardes. Fosse esta geração de jovens europeus (que só sabe pedir direitos e iPads) que tivesse que enfrentar Hitler, ele teria ganhado a guerra.
Provavelmente esses estragados por décadas de "estado de bem-estar social" teriam dito "não à guerra em nome da paz". Grande parte do estrago que Hitler fez no início foi causada por gente que gostava de dizer que a paz sempre é possível. Gente medrosa mesmo."

"É verdade que resistir ao desejo não garante felicidade alguma, mas uma cultura dominada pela ideia de felicidade é uma cultura de frouxos."

Supremo Trapalhão Federal

Do Estado de São Paulo:

"Pouco conhecida nos meios jurídicos, apesar de integrar o Tribunal Superior do Trabalho, a ministra Rosa Weber foi indicada pela presidente Dilma Rousseff para substituir no Supremo Tribunal Federal (STF) a ministra Ellen Gracie, que se aposentou há cinco meses. Apesar de a indicação ter sido aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado por 19 votos contra 3, graças à maioria da bancada governista, Rosa Weber não se saiu bem na sabatina a que foi submetida. Deixou, por exemplo, de responder a quase todas as perguntas técnicas - especialmente em matéria de direito penal, civil e processual - formuladas por senadores da oposição.

Várias indagações tratavam de temas que têm sido debatidos nas sessões plenárias do STF e sobre os quais os membros da Corte estão divididos, em termos doutrinários

Na sabatina, Rosa Maria Weber mostrou desconhecer o teor desses debates. Quando perguntada sobre questões complexas, que exigem conhecimento de direito positivo e teoria jurídica, afirmou que não poderia respondê-las, por estar impedida de comentar assuntos sub judice. Às perguntas politicamente mais embaraçosas, deu respostas vagas. "A corrupção é inerente à natureza humana, assim como a bondade e a moralidade", disse Rosa Weber, ao ser questionada sobre casos de corrupção no Judiciário.

Após a sabatina, que durou mais de seis horas, alguns ministros mais antigos do STF não esconderam a insatisfação com o desempenho da futura colega. Mais explícitos, os parlamentares da oposição afirmaram que as respostas evasivas de Rosa Weber mostraram que ela não atende a um dos requisitos básicos para integrar a mais alta Corte do País - o notório saber jurídico.

O mais surpreendente é que a ministra concordou com as críticas. Admitiu que conhece pouco de direito civil, penal e processual por estar há 35 anos julgando processos trabalhistas. E também afirmou que aprenderá, no dia a dia do STF, as matérias que não domina. "Penso que hoje em dia, dada a tamanha complexidade e o número de matérias, dificilmente alguém consiga abarcar todos os temas. O que me anima a enfrentar esses desafios é que podemos estudar. Somos eternos aprendizes", disse ela.

A ministra Rosa Weber merece aplauso por sua franqueza. Mas a última instância do Judiciário - que tem a palavra final sobre praticamente todos os aspectos da vida dos cidadãos brasileiros - exige em seu plenário magistrados com sólidos conhecimentos e comprovada experiência em temas de alta complexidade, e não aprendizes, que terão de recorrer aos manuais introdutórios, pois, entre outras funções, cabe ao STF julgar ações diretas de inconstitucionalidade, ações penais impetradas contra o presidente da República e concessão de habeas corpus.

Repetiu-se com a indicação da sucessora da ministra Elen Gracie o que ocorreu com outras recentes indicações para o Supremo. O ministro Dias Tófoli, por exemplo, antigo assessor jurídico da direção do PT, em 20 anos de carreira jamais produziu um artigo doutrinário digno de nota, tendo um currículo exíguo. Ele só foi aprovado pela CCJ do Senado graças à hegemonia da bancada governista, mas assumiu o STF desgastado. O mesmo está acontecendo com Rosa Weber, como observou o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).

No passado, os presidentes da República indicavam para o STF juristas, professores e advogados consagrados. A partir do presidente Lula, os critérios passaram a obedecer a estratégia do marketing "politicamente correto", o que levou as indicações a serem objeto de acirrada competição política e corporativa. No caso de Rosa Weber prevaleceu, além da condição de gênero, o fato de ser amiga de familiares da presidente da República. A indicação de ministros indicados por critérios de marketing político ou compadrio poderia ser evitada se os membros da CCJ do Senado fossem rigorosos nas sabatinas, preocupando-se mais com os interesses da Nação do que em cortejar quem poderá julgar seus processos. Infelizmente, não é isso o que acontece, o que está levando o STF a se empobrecer
."

Tempos estranhos

Vejam a notícia da Veja.com. Comento na sequência.

A cartada do premiê britânico David Cameron, que isolou o Reino Unido em relação à União Europeia, foi recebida em seu país como a aposta de um aventureiro irresponsável e, ao mesmo tempo, como a decisão de um líder disposto a defender a soberania da ilha. Sinal de que, além da antipatia do presidente francês Nicolas Sarkozy e da chanceler alemã Angela Merkel, ele terá de enfrentar agora uma forte turbulência interna que está apenas começando.

O imbróglio começou nas primeiras horas de sexta-feira, durante a cúpula de Bruxelas, quando Cameron propôs a Sarkozy e Merkel que a City of London, o maior centro financeiro da Europa, ficasse de fora da mudança na política de taxação de bancos - o chamado "Imposto Robin Hood" - e da maior fiscalização em suas operações. O presidente francês e a chanceler alemã negaram o acordo e procederam com o tratado de ajuste fiscal no bloco, na tentativa de salvar o euro. Cameron, em retaliação, foi o único dos 27 líderes do bloco a vetá-lo.

A decisão causou forte repercussão em toda a Europa. O premiê britânico extrapolou a cartilha conservadora dos governos de Margaret Thatcher (1979-1990) e John Major (1990-1997), que mantiveram o relacionamento com o bloco em níveis toleráveis, com alguns momentos de exceção. Mas, como apontaram os principais jornais ingleses durante o final de semana, em vez de apostar na diplomacia, como fizeram seus antecessores, Cameron preferiu pedir o divórcio.

Como resultado da cartada, o premiê foi festejado por seus pares, especialmente pelo núcleo conservador "eurocético", que acredita que o Reino Unido funciona melhor como uma economia independente do bloco. No entanto, além de perder influência nas decisões da União Europeia, Cameron também acabou colocando em xeque seu governo de coalizão com os liberais democratas. E levou uma saraivada de críticas por sua atuação na cúpula.

O vice-primeiro-ministro Nick Clegg, do partido liberal democrata, acusou neste domingo (11) o premiê de colocar empregos ingleses em risco e agir contra os interesses da economia britânica ao praticamente cortar os laços com a União Europeia em meio à crise do euro. Estar politicamente isolado, segundo Clegg, não será bom para o país, que não vive bom momento econômico
.”

Comento: vivemos tempos estranhos.

Não gosto de David Cameron, principalmente de sua atuação como garoto de ordens da Al Qaeda (caso Líbio). Mas me parece que nesta questão da União Européia ele está correto. A tal união está se revelando uma forma de atingir o impensável, ou seja, destruir economicamente a Europa como um todo. A Alemanha luta bravamente para tentar salvar a situação, mas o nível de endividamento do governo Alemão também já superou o sustentável, ou seja...vai salvar com o quê? Com discursos?

Li na Exame desta semana (não lembro o autor da frase) que a Alemanha é como um passageiro de primeira classe a bordo do Titanic.

E a França, quem pensa que é para tentar dar ordens para os outros? Um país que praticamente estatizou seus cidadãos, atolado em dívidas, com ameaça de redução do seu rating, com economia adormecida, sérios problemas de imigração, etc.

Me parece que Cameron, ao procurar se afastar deste desastre, deveria ser recebido como herói no seu retorno à Inglaterra. Não foi o que ocorreu. O que queriam os tais liberais ingleses? Queiram que Cameron permitisse que a Inglaterra afunde abraçada com a União Européia? Queriam que o primeiro ministro inglês fosse apenas um fantoche de Angela Merkel e Sarkozy?

Vivemos tempos estranhos.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Diálogo entre ministros do STF

- "Pô, os companheiros não param de aprontar, fica cada vez mais difícil a gente salvar o companheiro Dirceu."

- "É, vamos ter que atrasar mais um pouco o julgamento do mensalão, para dar tempo de esquecer a última revelação da Veja."

- "Não desanimemos companheiros, não esqueçamos que somos soldados da causa."

- "Viva o socialismo, companheiros!"

- "Viva! Viva! Viva!"

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Ao ataque!

Em seu texto principal de hoje, Reinaldo Azevedo trata da forma como os esquerdopatas (e jornalistas a soldo) o enfrentam. Acusam-lhe de coisas que ele não é, lhe ofendem, tentam lhe colocar rótulos, fazem correntes para que ele seja censurado, para que seja empalado, mas jamais – jamais – enfrentam os seus argumentos. Se o que ele escreve é absurdo, seria muito fácil enfrentá-lo bastando, para isto, desconstruir seus argumentos. Mas como sabem que não vão conseguir isto, partem para a agressão e para a tentativa de ganhar no grito ou na ameaça.

Esquerdopatas sempre agiram assim. São como um câncer, sempre trabalhando para destruir o corpo, no caso a sociedade, e substituí-lo pela barbárie. Infelizmente, as tais elites pensantes e as elites midiáticas decidiram tratar esquerdopatas como ídolos do humanismo, e não como monstros que são.

Mas eu iria um pouco além do argumento do Reinaldo, para dizer que esta forma de ação não é mais exclusividade da esquerdopatia. Outro dia escrevi que a praga que irá dizimar a população ocidental será a ignorância, que atualmente se espalha como uma epidemia por todas as classes sociais.

Como conseqüência desta epidemia de ignorância ninguém mais consegue ler. Se tentam ler, não conseguem entender o que está escrito. Sem entender o que está escrito, não sabem como argumentar, e partem para a ignorância, para a agressão, para as ameaças e para e tentativa de desqualificar o adversário. Isto não se limita aos escalões mais baixos da sociedade. Nas salas de reunião de diretoria das grandes empresas o comportamento é o mesmo.

Neste século XXI o que uma pessoa precisa para se dar bem?

- Ser esperto (Lula que o diga);

- Ser bom no “enrolation”;

- Ser bom de discurso;

- Em matéria de escrita o máximo que pode ser necessário é a capacidade de colocar algumas frases soltas em apresentações de PowerPoint, ou textos curtíssimos e desconexos em comunicações por e mail e mensagens de celular.

E pronto, está completo o candidato às glórias da civilização contemporânea.

Não precisa nada além disso. Assim, somos cada vez mais uma sociedade de brucutus, de analfabetos funcionais, onde a melhor argumentação é o ataque.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Do Reinaldo Azevedo

"-Um bando de encapuzados invade um prédio público, depreda o patrimônio coletivo e se impõe pela força. Se a polícia cumpre uma ordem judicial e recupera o espaço público, eles gritam: “Violência!”

- Uma associação de juízes — notem bem: de juízes! — declara, com todas as letras, que existem homens acima da lei. Se alguém critica a afirmação, eles logo gritam: “Violência!”

- Homens públicos fazem do dinheiro, também público, o que lhes dá na telha. Fraudam a lei, metem-se em lambanças inexplicáveis, inventam histórias da carochinha, como consultorias inexistes. Se a imprensa noticia, eles logo gritam: “Violência!”

- Bandidos disfarçados de representantes “da comunidade” e proxenetas com curso universitário que lhes dão guarida afrontam a lei, metem-se com o narcotráfico, tornam-se agentes objetivos do crime. Se as forças de segurança decidem atuar, eles logo gritam: “Violência!”

- Nessa marcha, chegará o dia em que seremos impedidos de sair às ruas porque cercados e achacados tanto pelos “representantes dos excluídos” e seus doutores como pelos “rebeldes primitivos” que escolheram o caminho da bandidagem, uma variante de “democracia direta do crime”. E ai daquele que reclamar!!! Os que estiverem nos linchando gritarão, enquanto nos esfolam, “chega de violência!”"

Não me diga...

Vejam a notícia da Veja.com. Comento na sequência:

"Documentos encontrados na casa em Abbottabad, no Paquistão, onde Osama Bin Laden foi morto por um comando americano, revelam que o chefe da Al Qaeda já não tinha qualquer controle operacional sobre a organização terrorista. Segundo uma fonte que analisou os documentos, centenas de agendas, cadernos e informações em computadores encontradas na casa em Abbottabad revelam que Bin Laden "havia muito tempo já não estava envolvido na gestão diária de comando" da rede terrorista. "Os textos que recuperamos são, na maioria, opiniões gerais no estilo 'como seguir atacando os Estados Unidos'", explicou a fonte à agência de notícias France-Presse."


Comento: Ooohhh, que coisa, que surpreendente...

Imaginem se os terroristas da Al Qaeda iriam entregar a cabeça de Osama para turbinar a popularidade de Obama se ele, Osama, ainda fosse o chefe. Osama estava naquela situação em que valia mais para a "causa" morto do que vivo. Morto, ele contribuiu para aumentar a combalida popularidade do companheiro Obama, para que esse possa continuar mandando as forças armadas americanas atuarem em aliança com a da Al Qaeda, como no caso líbio.

Agora vai

A imprensa (sempre ela) só lamenta as vítimas das enchentes de São Paulo. As milhares de vítimas anuais das enchentes do Rio são apenas vítimas da natureza, não da incomeptência e canalhice dos governantes, afinal Sergio Cabral é "assim" com o PT.

Pois bem, logo a imprensa companheira terá um feito para noticiar como mais uma das grandes realizações do companheiro Cabral - uma decisão judicial obriga o governo do Rio a instalar um sistema de sirenes até o dia 25/12.

Isto significa o seguinte: para conter os morros ou remover pessoas das áreas de risco, nada foi feito. Mas agora, quando o morro começar a cair vai tocar uma sirene.

Isto que é governante. Será que a companheira Dilma (aquela mesmo do terceiro aeroporto de São Paulo) vai comparecer à inauguração da sirene?

Do Augusto Nunes

"Nesta terça-feira, mais um fora-da-lei entrou em cena para lembrar que as antigas vestais que há nove anos enriquecem no bordel perderam a vergonha de vez. “Vou falar em alto e bom som”, preveniu Delúbio Soares. “Não me arrependo de nada. Parei de passear, de fazer as coisas, mas valeu muito e está valendo”. Sorrindo, o meliante à espera de julgamento no Supremo informou que está muito feliz “com o avanço do partido nos Estados e municípios”. Deve estar mais feliz ainda com o prosseguimento do avanço sobre os cofres públicos, promovido por delúbios que continuaram em ação durante o descanso do original.

Dilma promete para janeiro uma “reforma ministerial”. Outro embuste. O que vem aí é a revisão do loteamento ministerial. O velho mensalão não morreu. Só mudou de cara e ficou mais gordo. Se o Brasil decente não abrir o olho, Delúbio Soares ainda vira ministro."

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Os petistas das empresas

Existe uma categoria especial de brasileiros - os petistas. Nunca são criticados, só exaltados, nunca têm culpa de nada, nunca sabem de nada, nunca são responsabilizados por nada, a eles cabem apenas os sucessos e as glórias. Os fracassos são sempre culpa de outrem. São intocáveis. Sua solução para problemas é sempre gastar mais (dinheiro público). E conversam entre si em um vocabulário próprio, distinto do idioma português.

Pois bem, nas empresas também existem pessoas especiais - são os técnicos da TI. Todos os departamentos de uma empresa possuem metas, objetivos, e são cobrados por isso. Vendas precisa atingir a meta de vendas, com o melhor preço possível. Compras tem que comprar pelo melhor preço, prazo e qualidade possíveis. Logística não pode deixar faltar produto na linha, ou nos depósitos. Produção tem que cumprir metas de quantidade, qualidade e prazo. Contabilidade tem que fechar no prazo, e sobreviver ao caos tributário, reduzindo a carga tributária da empresa. Só existe um departamento que passa ao largo disso tudo - a TI. Não são culpados por nada, a culpa sempre é de outrem. Não possuem prazos, metas, etc. Não são responsáveis por nada, exceto pelo que dá certo. Quando se identifica um problema, sua solução é sempre gastar mais (em equipamentos e/ou softwares). E entre si conversam em um vocabulário próprio, distinto do idioma português.

Petistas no poder

Dilma preencheu seu primeiro escalão com profissionais da corrupção. Quando são pegos com a mão no pote, mesmo sob uma avalanche de evidências, Dilma exita o máximo que pode em demití-los. Em verdade, nunca os demite, todos pedem demissão. No discurso de despedida Dilam exalta as qualidades do companheiro demitido da vez, e diz que se trata de um grande brasileiro, etc.

Mesmo com todas essas evidências de que Dilma se sente bem em meio a corruptos (desde que era ministra da casa civil), de que faz o possível para manter os corruptos nos cargos, e que so toma atitudes quando a pressão se torna insustentável, a imprensa (sempre ela) propagandeia os feitos de Dilma como os de uma grande faxineira, de uma moralizadora, de uma intolerante para com a corrupção, etc.

Por que agem assim?

Seriam os jornalistas tão tolinhos a ponto de não perceber o que vai comentdo nos dois primeiros parágrafos deste texto? Evidentemente que não.

Ocorre que os jornalistas estão fazendo seu trabalho (por ideologia e/ou verba estatal), e seu trabalho é exaltar as glórias do governante petista de turno. Seja ele quem for.

Se o PT conseguir eleger uma pedra para presidente da república (e eu acho que conseguiria), imediatamente os companheiros jornalistas passariam a exaltar as glórias da companheira pedra.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A grande praga

Dizem os profetas do apocalipse que uma grande praga irá dizimar a humanidade. Vivemos, então, observando os sinais do que poderia vir a ser esta grande praga. Há uns 25 anos atrás pensamos que seria a AIDS. Depois a gripe suína, a gripe aviária, o Ebola, mas nenhuma dessas doenças se revelou com potencial destrutivo suficiente para ser a praga do apocalipse.

Começo a pensar que a verdadeira praga que irá nos dizimar (pelo menos a parcela ocidental da população) será a ignorância.

Não nos damos conta de como é frágil esta civilização que construímos. E de como a ignorância em massa e, pior, a ausência de lideranças que possam conduzir as massas, pode afetar o frágil equilíbrio que sustenta a civilização.

O fenômeno é ocidental, não só brasileiro. Mas fiquemos no caso brasileiro, apenas para fins de ilustração. Elegemos para presidente um completo ignorante. E a intelectualidade, as lideranças sociais e os formadores de opinião passaram a exaltar a ignorância absoluta como se fosse uma virtude. O mundo ocidental pôs-se de joelhos e passou a premiar a ignorância com títulos de doutor. Aqueles que apontam a ignorância passaram a ser apenas “preconceituosos”.

Nossa classe artística, cuja relevância como formadores de opinião é inequívoca, demonstra ter um assustador desconhecimento sobre os assuntos da vida, sobre as questões em relação às quais opina, uma ignorância oceânica. Em outros tempos, talvez ficassem constrangidos e fossem estudar ou, pelo menos, calassem a boca. Mas, lembrem-se, na era em que vivemos ignorância é virtude, de forma que quanto maior for a besteira proferida, maior será o grau de aclamação obtida.

Nas universidades, que deveriam ser centros de extermínio da ignorância, ideólogos de esquerda exercem o controle total para garantir que os estudantes saiam de lá mais ignorantes do que entraram.

No jornalismo, ignorantes e/ou corrompidos trabalham para preservar o véu de escuridão.

A ignorância não faz distinção de classe social, nos atingindo de A a Z. As pessoas, em qualquer classe social, não sabem mais nada, ou quase nada, mas nunca estiveram tão convictas.

Ontem me reuni com dois industrialistas. Na frente do local da reunião, duas Mercedes estacionadas, uma de cada um deles. Independentemente do grau de instrução, é evidente que industrialistas acabam sendo referência e formadores de opinião, para os seus empregados e, por conseqüência, para as famílias destes empregados, para as comunidades em que estão inseridas suas indústrias, para fornecedores, prestadores de serviços, etc. Um dos industrialistas me olhou e disse: “não sou petista, mas a Dilma é uma gestora brilhante”. O outro assentiu com a cabeça.

Vou dizer o que? Qual seria o tratamento para isto?

As fontes de informação dos empresários são: o Jornal Nacional, a CBN e as páginas de esportes dos jornais impressos. É o máximo de conteúdo que absorvem, seu máximo de profundidade. A partir daí, passam a repetir o que ouviram/leram como se fosse sua própria opinião, como se o raciocínio fosse fruto de um profundo conhecimento de causa e de uma profunda reflexão. Nunca foi tão fácil a dominação petista.

Eu poderia pedir aos industrialistas que citassem uma realização (uma só) que servisse para embasar a tese de que Dilma é uma ótima gestora. Não há. O que há de sobra são evidências de que Dilma não é gestora: a) conseguiu falir sua loja de 1,99, b) sob sua gestão, enquanto ministra de energia, não ocorreu nenhum avanço na área, c) foi por anos a gestora do PAC e a melhor definição do programa é “emPACado”, d) sua equipe é péssima, incompetente e corrupta, e as equipes são reflexo de seus líderes, e) a infra-estrutura se arrasta, f) a roubalheira da copa e da olimpíada custará o futuro de várias gerações de brasileiros.

Sob todas as evidências, Dilma é uma péssima gestora. Se ela aparecesse com seu currículo na porta das empresas desses industrialistas não seria contratada nem como faxineira (sem trocadilho...). Mas adianta ponderar isto para os industrialistas? Não, a ignorância consolidada e convicta se constitui numa barreira intransponível.

O século XXI, aquele que seria o século das conquistas interplanetárias, começa com a sensação de que estamos regredindo, que estamos retornando ao estado primordial, que começamos a parecer mais irracionais, como os animais. Mas, como animais, não conseguiremos alimentar, hidratar, abrigar, esquentar, transportar uma população de mais de 7 bilhões (e crescente).

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Do Augusto Nunes

"Graças à coragem da imprensa independente e à indignação dos brasileiros honestos, o país acaba de livrar-se de Carlos Lupi. É o sexto ministro despejado por corrupção em menos de um ano de governo Dilma Rousseff. Se dependesse da presidente, os seis continuariam no emprego. A faxineira de araque não sabe viver longe do lixo. De novo, fez o que pôde para preservar a sujeira no primeiro escalão. De novo, acabou se rendendo à evidência de que os inquilinos do Planalto podem muito, mas não podem tudo.

Além de Dilma, enlaçada pelo abraço de afogado do parceiro gatuno, foram derrotados o ex-presidente Lula, que instalou um vigarista no Ministério do Trabalho, e todos os comparsas do fanfarrão fora-da-lei. Perderam os blogueiros estatizados, os velhotes velhacos da imprensa oficial, os jornalistas precocemente aposentados pela idiotia, os bucaneiros trapalhões de José Dirceu, os milicianos do PT, os parceiros da base alugada e o resto dos sócios do grande clube dos cafajestes."

sábado, 3 de dezembro de 2011

Pertence

Ingenuamente, observava a atuação do ministro Sepúlveda Pertence no STF nos anos 90 e achava que se tratava de um sério e responsável magistrado.

Mas nada como um dia depois do outro e, com o passar dos anos, acabamos descobrindo que Pertence pertence ao PT...

A mando do partido, assumiu a posição de lacaio, digo, de presidente da tal comissão de ética pública, aquela que, à exceção de Carlos Lupi, nunca vê nada de errado na corrupção do governo petista.

Rodoviária, aí vamos nós?

Leiam a notícia da Veja.com. Comento na sequência.

"Uma mudança anunciada na tarde da última sexta-feira pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) gerou preocupação: a distância entre as aerovias (espécie de estradas aéreas) foi reduzida de dez milhas para cinco milhas nas rotas de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

Embora a redução possa causar apreensão entre os passageiros, especialistas ouvidos por VEJA garantem que a mudança aumenta a segurança. A modificação está em vigor desde o início de novembro e expandiu em 47% a capacidade do espaço aéreo afetado. A adaptação faz parte do pacote de medidas colocadas em prática pelo governo para tentar evitar os costumeiros problemas nos aeroportos nesta época do ano - embora o governo negue o óbvio: 'Não há caos aéreo", disse o ministro da Aviação Civil. Os novos procedimento vão ser estendidos para as regiões Norte e Nordeste até março.
"

Comento: quando, em 2006, um boeing da Gol se chocou de frente com o Legacy, no meio do nada, num grande vazio aéreo, o país teve oportunidade de descobrir que o nosso controle aéreo era uma piada. Neste caso específico, a piada resultou em tragédia.

De lá para cá não tenho informação de nenhuma mudança relevante no controle aéreo brasileiro. O leitor está sabendo de alguma coisa? Num ambiente onde a imprensa sempre está de prontidão para elogiar governos petistas seria estranho investimentos relevantes no controle aéreo passarem desapercebidos...

Desta forma, temos que: o controle aéreo segue tão ruim quanto era em 2006; de lá para cá o tráfego aéreo aumentou.

Neste cenário, a solução petista para o problema foi colocar os aviões voando uns mais próximos dos outros. Ou seja, com menos distância, menos segurança. É um convite à tragédia. Se esta medida fosse proposta por um desses bananas da oposição, como Geraldo Alckmin, o dito cujo seria acusado de assassino em potencial.

Como a medida é do governo petista, até a própria Veja (geralmente rigorosa) acha que está tudo bem.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Notícias do dia

Hoje passei a manhã e o início da tarde em São Paulo.

Pela manhã eu viajava num taxi. O motorista ouvia o rádio, e uma mulher (não sei quem é, nem qual é a rádio) lia notícias. Lá pelas tantas ela disse que um estudo (ou algo similar) concluiu que São Paulo só vai se livrar das enchentes em 2040. Aí ela interompeu a leitura de notícias, deu uma risadinha e disse: "pô, nem com a copa vão acabar com as enchentes". Meu Deus, o que copa tem a ver com enchentes? As enchentes ocorrem em dezembro e janeiro, e a copa será em junho!!!

É mais uma anta da imprensa, paga para falar imbecilidades no rádio para um público que, majoritariamente, não consegue entender o que ouve.

Agora, este estudo que diz que as enchentes vão acabar em 2040 é tão verdadeiro quanto a promessa de Angela Merkel de acabar com a energia nuclear na Alemanha. Em 2040 São Paulo terá muito mais habitantes, muito mais construções, muito mais impermeabilização do solo e, possivelmente, muito mais enchentes.

Na área de embarque de Congonhas há monitores que mostram notícias. Uma delas era a seguinte: "dificuldade em encontrar substituto atrasa demissão de Lupi". A que ponto o PT conduziu o país ... não há nenhum brasileiro melhor do que Lupi para ser ministro do trabalho? Não conseguem encontrar substituto...

No avião da Tam havia um pequeno resumo de notícias, entregue aos passageiros. A manchete era: "Dilma desafia comissão e mantém Lupi". A notícia era colocada com viés positivo para Dilma, por sua independência, etc, e a "coragem" de desafiar a comissão de ética.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Ronaldo e a copa

Ronaldo é o mais novo membro do comitê organizador da Copa 2014. Na sequência apresento três trechos da reportagem da Veja.com (dois trechos são frases de Ronaldo) e os comento:

“O ex-craque, que começou o ano como jogador e vai terminá-lo como o rosto da Copa no Brasil, afirmou que sua principal tarefa é mudar a percepção popular em torno do evento.”

Comento: este talvez seja o aspecto mais acertado da decisão, ou seja, colocar Ronaldo como o rosto da copa. Não sei se quem deve a idéia pensou nisso, mas seria difícil achar um rosto mais apropriado para representar a copa no Brasil. Ronaldo, atualmente gordo, inchado, lento e gastador de dinheiro ilustra, como ninguém, a copa brasileira.

“Essa Copa no Brasil é um grande orgulho para a gente. Essa Copa não é da Fifa, do Comitê Organizador, da CBF ou do governo. A Copa é do povo."

Comento: Ronaldo acertou na mosca, a copa é do povo. Ou, pelo menos, é o povo quem vai pagar por ela. Não só o povo que estará vivo em 2014 mas, também, as gerações futuras, que ainda nem terão nascido. Cada litro de leite que um miserável comprar nas próximas décadas terá embutido um pedaço de imposto para pagar a conta da farra. Por outro lado, o povo que vai pagar pela festa não terá condições sequer de chegar próximo dos estádios em dia de jogo, pois não há grana para pagar pelo ingresso. Quem sabe Ronaldo compra alguns milhares de ingressos com dinheiro do seu próprio bolso e manda distribuir para a galera?

“Todos os investimentos estão sendo feitos. E agora a gente vai começar agora a acompanhar e fiscalizar todo esse processo.”

Comento: agora fiquei tranquilo. Ronaldo, com certeza, é a pessoa mais recomendada para fiscalizar o processo, avaliando as minúcias dos contratos das empreiteiras, a qualidade do material aplicado, os aditivos, a liberação de verbas, comparando os preços com o valor de mercado, e garantindo que nenhum centavo do dinheiro público seja desviado no processo.