"No segundo bloco foi analisada a situação do Brasil. E aqui foi a minha grande surpresa quando Paulo Francini, criticando os demais especialistas, reclamando da desindustrialização do Brasil, clamou por um "plano" de salvação da indústria nacional. Isso mesmo! O velho e malfadado "plano", a varinha de condão de todos os comunistas mundo afora. A Fiesp será talvez a mais vetusta instituição infiltrada pelas teses do Partido Comunista, que sempre fez do "plano" a mola mestra da ação econômica estatal."
"O tal "plano" pleiteado teria portanto o encargo de fazer o que essa gente da Fiesp sempre quis e pleiteou: reserva de mercado, barreira tarifária e subsídios estatais para o suposto "desenvolvimento" industrial. O velho filme dos anos cinqüenta. Claro que os tempos são outros e tal receita não tem sequer condições de ganhar respeitabilidade política."
"Paulo Francini e seus pares não discutem o único caminho possível, o de repensar o Estado social-democrata ossificado, que transformou a população brasileira em rentista do Estado. A supertributação vem nesse processo, outro vetor a tirar competitividade da indústria nacional. Reduzir a regulamentação no mercado de trabalho, amenizar a necessidade de financiamento externo pela elevação da taxa de poupança e liberar os forças de mercado são as únicas bandeiras sensatas, mas Paulo Francini nem opinou sobre essa possibilidade. Ficou apenas no mágico "plano", como se essa loucura não tivesse sido completamente desmoralizada desde o naufrágio da ex-URSS."
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
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