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segunda-feira, 31 de maio de 2010

O turista acidental...

Riam de mim...

Mês passado escrevi um post narrando minha insatisfação com o programa de milhagens da Tam. O programa cresceu muito, mas a disponibilidade de assentos em vôos não cresceu na mesma proporção, ou seja, para os destinos mais procurados o programa da Tam virou ficção. Isto foi uma grande decepção, visto que uso o programa da Tam desde 1996 e sempre foi confiável.

Tenho viagem programada a Miami no segundo semestre e, como tenho milhas de sobra, não contava com a despesa da passagem. Mas...entrei em contato com a Tam, descobri que não há disponibilidade de assento, e concluí que teria, então, que pagar a passagem.

Com muita raiva entrei em contato com a agência de turismo que me atende e dei a seguinte instrução: veja para mim qual a passagem mais barata que você consegue para Miami, não importa a companhia.

Para a minha surpresa, a passagem mais barata não era de nenhum vôo que ligue SP ou RJ a Miami mas, sim, de um vôo da Lanchile que vai de São Paulo para Santiago e de lá para Miami. Um viagem (SP – MIA) de 8 horas vai virar uma viagem de umas 16 horas. Mas o preço, de fato, era bem mais em conta que o oferecido pelas outras companhias. Cego de raiva, disse: pode fechar.

Fechei e paguei.

Ontem à noite estava dando uma conferida em todos os documentos de viagem que tenho já comprados para o segundo semestre – passagens, hotéis, etc. – e constatei...que errei a data de retorno Miami – São Paulo por um dia...é preciso corrigir.

Fico agora sabendo que a multa da Lanchile para corrigir meu erro vai fazer com que o preço final da passagem fique mais alto do que eu pagaria em qualquer das companhias que ligam SP diretamente a Miami. Literalmente, vou pagar para sofrer – 8 horas a mais de vôo e mais caro.

Pode?

Israel

O que tem Israel que os árabes, persas, ONGs, ONU, governo brasileiro, foro de são Paulo, jornalistas, direitos humanos, intelectuais, etc., não toleram?

Democracia e capitalismo.

Loucura do poder

O poder absoluto (no caso brasileiro garantido por pe$qui$a$ e jornali$ta$) produz a loucura. Sempre produziu, em qualquer momento histórico.

Pelo lado do governante, a loucura está se manifestando na exaltação de feitos inexistentes. Hoje pela manhã, por exemplo, vi na TV uma nova propaganda de Lula, onde ele exalta a revolução que produziu na educação pública no país. Só não informa de qual país ele está falando...

Pelo lado dos jornali$ta$, parece que a puxada de saco de ontem nunca é suficiente para hoje. Devem sempre ir além (acho até que disputam entre eles). Um dele$, Ricardo Kotscho, está propondo que a impren$a investique quem são os 5% de brasileiros que, segundo as pesquisas, consideram o governo lula como ruim ou péssimo. Quer entender como pode ainda existir alguns brasileiros que não idolatram o chefe. Bom, se esses 5% de brasileiros participassem da divisão do bolo publicitário estatal, talvez pensassem diferente...

O interessante é que todos os brasileiros com quem converso, aqui na minha cidade ou em São Paulo, se enquadram nos tais 5%...

Anonimato e liberdade

No Brasil estabeleceu-se uma espécie de simbiose – jornalistas mandam o jornalismo às favas e passam a praticar petismo. Em troca, a verba estatal de publicidade irriga os veículos de comunicação, fazendo a alegria de jornali$ta$ e proprietário$.

Obviamente, esta simbiose tem hora para acabar – a partir do momento em que o projeto totalitário do PT não depender mais do puxa-saquismo bem remunerado. Só que seria esperar demais da inteligência dos jornali$ta$ para que se apercebessem disto.

O único aspecto que faz com que a troca de favores acima não seja perfeita é a internet. É na internet que são denunciados diariamente essas situações, pelos jornalistas que restaram no país (talvez caibam em uma mão) e pelas centenas de blogueiros anônimos.

Os jornali$ta$ oficiais não conseguem tolerar esta ameaça à sua mamata. O governo, por outro lado, não consegue aceitar que ainda haja gente que pense por conta própria. O que fazem então? Constroem um grande clima contra o anonimato na internet.

Por quê?

Porque sabem que nos calarão ser formos obrigados a revelar nossos nomes. Ou alguém acha que as instituições públicas a serviço do petismo não viriam atrás da gente?

sábado, 29 de maio de 2010

E você?

Lá pelos anos 50, 60, a parte mais pobre do Brasil era comparada com a Coréia. De lá prá cá a Coréia do Sul se desenvolveu, enriqueceu, e a comparação tornou-se impossível. Já a Coréia do Norte optou pelo comunismo, e seus habitantes morrem de inanição.

Mais recentemente, cerca de 15 anos atrás, o Brasil foi apelidado de Belíndia, numa referência à sua parte mais desenvolvida, que se compararia à Bélgica, e sua parte mais pobre, que se compararia à Índia. Não sei não, mas no ritmo que a índia se desenvolve acho que em algum momento esta comparação também se tornará impossível.

Restará sermos comparados com o Congo, ou talvez com o Zimbábue, ou, quem sabe, com Cuba, para a alegria de tantos...

O fato é que o bonde da história está passando, e sempre nos recusamos a embarcar. Enquanto os outros seguem em frente.

Há um Brasil que está satisfeito em morar em casebres sem esgoto. Outro Brasil ambiciona moradias melhores, com saneamento.

Há um Brasil que vive do bolsa família. Há outro Brasil que vive dos rendimentos do seu trabalho.

Há um Brasil que sorri sem dentes. Outro Brasil trata e preserva sua dentição.

Há um Brasil que acha suficiente comer, beber, reproduzir e fazer necessidades fisiológicas. Outro Brasil acha que a vida não é só isso.

Há um Brasil que lê. Para outro Brasil, livro é papel reciclável.

Há um Brasil feliz em seu analfabetismo. Outro Brasil acredita que é preciso estudar, aprender, melhorar.

Há um Brasil que acha que ser progressista é andar para trás. Para outro Brasil progresso é andar para frente.

Há um Brasil que sente orgulho de ser liderado por um ignorante. Outro Brasil sente vergonha.

Há um Brasil que acha que tudo está bom do jeito que está. Há outro Brasil que acha que o país pode mais.

Em outubro estes dois brasis vão se enfrentar nas urnas.

A mídia já escolheu de que lado estará.

E você?

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O que estamos fazendo?

A imprensa promove um ambiente pró Dil-má nunca antes visto, nem mesmo quando o candidato era Lula. E isto que a campanha nem começou prá valer.

E o Brasil que produz e paga a conta, faz o quê? Assiste à copa? Se preocupa com relevâncias como a escalação que Dung acolocará em campo? Faz de conta que o problema não é com ele?

Se assim for é porque de fato mereceremos o resultado de outubro.

O espírito da mídia

Um leitor do Reinaldo Azevedo, identificado como Gustavo, pegou muito bem o "espírito" com que a imprensa, falha de são paulo à frente, cobre as notícias sobre Serra:

"Ai, ai, ai… que tédio…
Se Serra falar que sua pobre mãe faleceu aos 85 anos de causas naturais, vão noticiar: “Serra diz que foi natural ver a mãe morrer”.
Se Serra disser que a filha teve muita dor de garganta quando pequena, vão noticiar: “Serra diz que cansou de cuidar das dores de garganta da filha quando pequena”.
Se Serra disser que sua mulher é uma ótima pessoa, dirão: “Serra tenta disfarçar o fim iminente de seu fracassado casamento.”
Se Serra disser que Aécio é seu amigo do peito, dirão: “Serra tenta passar a imagem de que é amigo de seu arquiinimigo Aécio”.
E se Serra disser que quer o mellhor pro Brasil, dirão: “Serra insinua que Lula não quer o melhor pro Brasil”

Nunca falta no mercado

Não se constroem regimes totalitários sem a participação de idiotas e/ou idiota$, sejam eles empresários, artistas, jornalistas, políticos, militares, pesquisadores do datafolha, etc.

Atingido o objetivo, o que fazem os líderes dos regimes totalitários? Se livram dos idiotas que até ali lhes apoiaram, para que não representem nenhum tipo de ameaça ao novo regime.

Isto é tão certo quanto o dia e a noite. Não há exceção na história universal.

Mesmo assim, nunca há carência de idiotas e/ou idiota$ no mercado, sempre dispostos a apoiar a construção de regimes totalitários.

Foram ao banco

Segundo os in$tituto$ de pe$qui$a$ Lula tem uns 80% de popularidade. Para os jornali$ta$, tanta aprovação torna as eleições desnecessárias: "é óbvio que o eleitor vai votar em quem Lula mandar", dizem.

Mas e o caso Chileno, onde a candidata com 80% de popularidade não conseguiu fazer o sucessor? E o caso Colombiano, onde Uribe com 80% de popularidade está encontrando dificuldades em fazer o sucessor? Não adianta, perguntas como estas não atingem os ouvidos dos jornali$ta$.

Por aqui a parada está liquidada, o povo seguirá Lula cegamente.

Ontem eu andava de carona no carro de um amigo, que ouvia a CBN. Só assim para eu ouvir a CBN...Lucia Hipólito, em perfeito exemplo do jornalismo...nacional, comentava: "é melhor que Aécio não seja candidato a vice mesmo, que fique em Minas onde vai ter que suar muito a camisa para eleger o seu sucessor".

Eu não entendi bem o raciosímio. Para Lúcia a eleição ao governo de Minas é mais importante do que a eleição nacional?

Agora o que não entendi mesmo foi o seguinte - o´índice de popularidade de Aécio em Minas é maior que o de Lula, tanto que Aécio levou duas eleições no primeiro turno, enquanto Lula sempre precisou dos dois turnos para ganhar. Mas, mesmo com popularidade estratosférica, Aécio "vai ter que suar muito a camisa para eleger seu sucessor".

Então o que nossos jornali$ta$ defendem é que apenas a popularidade de Lula garante a eleição do sucessor. A popularidade de todos os demais políticos não possui peso nenhum na eleição. É isto? Com a palavra os jornali$ta$....ahh, não podem responder. Foram ao banco...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Segue o baile

Chinês não dá ponto sem nó.

Um grande empresário europeu em visita ao Brasil comentou ontem que a União Européia estaria na iminência de começar a impor sanções tarifárias aos produtos chineses, como forma de proteger sua indústria e seu mercado de trabalho, já seriamente abalados.

Hoje o governo chinês fez uma série de declarações pró-Europa, o que provocou alívio e elevação das bolsas em todos os mercados. O preço por estas declarações pode ter sido o compromisso dos governos europeus de esquecer por ora as tais sanções tarifárias.

E assim todos seguem felizes, as bolsas sobem, os mercados respiram aliviados, o otimismo se espalha, ao mesmo tempo em que a Europa segue em processo de "chinesação" de sua economia.

Falsos profetas

Há no mercado mundial alguns profetas de profecias auto-realizáveis.

O sujeito diz: "pelas minhas análises a ação da empresa X vai cair". O "mercado" ouve e pensa: "se ele está falando é porque deve ter alguma informação que não temos, logo, vamos vender antes que caia". Todos vendem e a ação cai.

Da mesma forma, diz: "pelas minhas análises a ação da empresa Y vai subir". O "mercado" ouve e pensa: "se ele está falando é porque deve ter alguma informação que não temos, logo, vamos comprar par lucrar com o aumento de preço". Todos compram e a ação sobe.

E o sujeito passa a ser visto como um oráculo de profecias infalíveis. E o mercado bobinho segue em frente sem se dar conta da marmelada.

No Brasil, o conceito foi aplicado para as pesquisas eleitorais. Determinado partido, reconhecido por completa ausência de ética, acerta com in$tituto$ de pe$squi$a para que passem a mostrar em suas "pe$qui$sa$" resultados que lhes sejam favoráveis. O povo, em substituição ao mercado, mas com a mesma ingenuidade, vê o resultado e pensa: "se eles estão falando, é porque o candidato X vai vencer mesmo, logo não vou perder o meu voto, vou de X". No final das contas o candidato X vence e todos (quase) pensam: "viu como as pe$qui$a$ estavam certas?".

A história se repete?

Como já lembrei aos leitores do blog eu outros textos, ao final de 2005 as pesquisas de intenção de votos para e eleição de 2006 indicavam José Serra uns 10 pontos percentuais à frente de Lula. Saímos para as festas e férias de fim de ano e, ao retornarmos em janeiro, surpresa – segundo as pesquisas Lula já tinha encostado (comeu 10 pontos em um mês).

Em fevereiro passou, Serra acabou nem sendo candidato, e Lula só fez ganhar distância.

As pesquisas sacramentavam – Lula levaria no primeiro turno. Não levou.

Para o segundo turno todas as pesquisas apontavam que Lula teria uma quantidade muito maior de votos do que realmente teve.

Hoje há uma razoável desconfiança do que ocorreu naquele janeiro de 2006...uma espécie de acórdão entre o PT e os institutos de pesquisas, e uma programação de pesquisas para o ano que mostrasse Lula empatando, passando e ganhando distância, pesquisa após pesquisa.

De aferidoras da realidade as pesquisas se transformaram em indutoras da realidade.

Agora estamos em 2010 e, em abril, Serra estava 10 pontos à frente de Dil-má segundo os institutos de pesquisa mais sérios. A campanha de Dil-má fazendo água, o PMDB se rebelando, a militância desmotivada, dificuldade de fechar os acordos nos estados, enfim, era preciso fazer algo...

Saem as pesquisa de maio e...surpresa de novo...Dil-má empatou. Comeu a diferença em um mês. Não parece que já vimos isto antes?

Agora, para a história de repetir mesmo, Dil-má tem que passar à frente em junho e ganhar distância a partir de julho.

Aí, conforme diz a propaganda do Lula, “será só alegria”... para Lula, PT, Dil-má, corruptos e in$tituto$ de Pe$qui$a$....

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Debate entre presidenciáveis

Ontem se reuniram na CNI, em Brasília, os três presidenciáveis para debater propostas. Nenhum deles goza da minha simpatia.

José Serra deu um banho e demonstrou completo domínio das questões em debate.

Marina Silva realizou uma espécie de pregação ecumênica, como se fosse candidata a líder espiritual de alguma religião, e não candidata a um cargo que precisa de decisões no mundo real.

Dil-má emitiu raciocínios incompreensíveis.

Fosse numa empresa, onde o dinheiro tem dono, e a escolha estaria feita – seria contratado o candidato mais preparado.

Mas, como não estamos tratando de uma empresa, e sim do governo, onde o dinheiro não tem dono, ser ou não ser o mais preparado acaba não tendo relevância nenhuma para o processo eleitoral. Aliás, a maior parte do eleitorado, que vai decidir quem deve nos governar, não consegue sequer compreender o que os candidatos dizem. Desta forma, se um candidato realizar uma profunda dissertação sobre economia e o outro contar uma piada, é possível que o eleitor opte pelo mais engraçado.

Como meu professor de ciência política ensinou há muitos anos, para existir democracia são condições essenciais: eleições periódicas, povo preparado e imprensa livre. Com apenas um dos fundamentos (eleições) qual seria o nosso regime, já que democracia não pode ser? Seríamos a "jabuticaracia", uma mistura entre a jabuticaba e a democracia?

Mas espantosa é a dificuldade de Dil-má em se expressar e emitir idéias. O que esta mulher fez em 7 anos de governo Lula?

terça-feira, 25 de maio de 2010

TV

Como sabem os leitores, estou tentando adotar uma criança. Processo demorado, burocrático, e que deve ficar mais difícil agora que ocorreu o caso da ex-procuradora torturadora de crianças.

Mas, enfim, se conseguir concluir a adoção, uma coisa que não haverá em minha casa é progamação de televisão. Como já mandei desligar há muito tempo a TV a cabo, bastará agora eliminar as antenas para que as TVs não funcionem. TVs serão utilizadas apenas para vídeos.

A TV promove uma relativização de valores que entendo totalmente prejudicial para a formação de qualquer criança.

Mesmo para os adultos, a TV serve para promover valores da esquerda, feitos do PT, e um permanente processo de idiotização coletiva.

Hoje assisti no tele-jornal local a entrevista de um especialista sisudo e engravatado, que disse o seguinte: "Atualmente o consumidor não escolhe o produto apenas em função de preço e qualidade, mas, também, em função do fato de o fabricante ser social e ecologicamente responsável". A entevistadora apenas concordava com a cabeça. Deve ser por isso que o produto made in china domina cada vez mais os mercados mundiais...

Aliás, nesta linha Serra disse hoje, na CNI, que o Brasil passa por um processo de desindustrialização - estamos virando meros montadores. Isto quando o produto importado já não chega montado.

Termina o jornal local e entra no ar o Bom Dia Brasil, com uma reportagem sobre um problema muito grave que vivemos atualmente - a falta de mão de obra no mercado. Uma pesquisa feita por região demonstra que 70% a 75% das empresas estão encontrando dificuldades em contratar. Ao ver a pesquisa fico me indagando: "o que será que os outros 25% a 30% estão fazendo para não encontrar dificuldade em contratar?". Mas, enfim, tudo corre bem até que entra no ar Miriam Leitão, as especialista em gagueira e hesitação. Miriam dá a sua explicação para a dificuldade que as empresas enfrentam na hora de contratar. Não vou conseguir reproduzir textualmente, mas a linha e raciocínio (?) foi a seguinte: Por um lado, há diversas pessoas no mercado com doutorado, que falam vários idiomas, mas que têm entre 45 e 50 anos e o mercado não as quer. Por outro lado, o jovem de hoje estuda por muito tempo e, quando vai ao mercado procurar trabalho o mercado entende que está velho para começar a carreira. Ou seja, a culpa é dos empresários.

Um festival de absurdos o comentário de Miriam Leitão.

Vivo o problema da falta de mão de obra diariamente na minha empresa, e também acompanho as dificuldades nas mais de 70 empresas que tenho como cliente. Atualmente a única exigência que eu e os empresários que conehço fazem é a seguinte - que o candidato demonstre condições mínimoas de raciocínio. Idade, escolaridade, são fatores que nas atuais circunstências, não nos interessam.

Infelizmente, apesar de cada anúncio de jornal ser respondido por dezenas, ou centenas, de currículos, está muito difícil contratar pessoal.

Não duvido que, no ritmo atual, as empresas comecem a buscar mão de obra em países vizinhos.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Paranóico?

O esquerdismo é um mal que está infiltrado nas mais diversas esferas da vida cotidiana - política, academia, sindicatos, ONGs, imprensa, governos, artes, ciências, etc. – em escala planetária. E todos trabalham pela “causa”, independentemente de quem pague o seu salário. Por exemplo, o dono de um jornal qualquer, em algum lugar do mundo, pode até acreditar que seja o chefe dos seus funcionários, mas entre eles haverá alguns que trabalham apenas para a “causa”, independentemente da vontade do chefe.

Nem todos os esquerdistas se conhecem, aliás, a maioria nunca se viu nem se falou. Seria impossível reuni-los em um lugar só. Não fazem planos conjuntos nem peregrinações anuais, como os muçulmanos. Mas o trabalho pela “causa” faz com que suas ações sejam iguais às de um complexo motor – diversas engrenagens que fazem parte de um mesmo corpo, trabalhando por um objetivo comum. Assim, Lula, por exemplo, faz uma maluquice qualquer por aqui, logo surge um artigo em algum veículo da imprensa mundial para dar ares de seriedade à tal maluquice, na sequência algum estudioso em algum lugar do planeta revela documentos que fortalecem a maluquice, aparece um instituto de pesquisa mostrando que o povo está do lado da maluquice e, em breve, a maluquice terá sido transformada em verdade bíblica, inquestionável.

Esta complexa engrenagem não funciona em favor de Lula, óbvio. Ela funciona em favor da “causa”, da qual Lula é mais uma das engrenagens. Então, se em determinado momento entende-se que, pela “causa”, Lula deve ser promovido e/ou protegido de si mesmo, a engrenagem planetária entra em ação. Da mesma forma, se entendessem que, pela causa, Lula devesse ser destruído, não hesitariam.

E funciona como um relógio, com raras exceções.

Funciona tão bem e é tão convincente que faz parecerem paranóicos os que acusam a sua existência.

Seu combustível? Os inocentes úteis.

Seu objetivo? A eliminação do indivíduo em prol de um totalitarismo mundial de esquerda (seja lá o que entenderem por isto...).

Existe ou não existe?

Fui criado em família católica, mas acabei por me tornar um agnóstico.

Mas travo um permanente debate interior sobre a existência, ou não, de Deus, ainda sem conclusão.

Quando vejo miséria, guerras, brutalidade, doenças (incluindo as genéticas, onde as pessoas já nascem condenadas), políticos, enfim, o verdadeiro lixo em que se transformou a humanidade, a criação de Deus, penso - Deus não existe.

Quando reflito sobre a grandeza do universo, penso - tem que existir um Deus por trás disso.

Mas se há uma coisa que me torna bastante descrente da existência de Deus é ver a acumulação de fortunas por bispos e pastores de igrejas evangélicas, fortunas estas construídas em cima da exploração de gente pobre e humilde, em nome de Deus. São uma espécie de PT da fé.

Li na Veja de ontem que um tal de apóstolo Valdemiro, de uma das tantas igrejas evangélicas, já possui um jato, um helicóptero, e agora negocia mais um jato, de 48 milhões de dólares. Quando leio uma notícia dessas, penso - "Deus não pode existir, pois se existisse mandaria um raio na cabeça dessa gente".

domingo, 23 de maio de 2010

Jornal do futuro

Há semanas Fernanda Torres anuncia na TV o jornal do futuro – a nova falha de são Paulo, com lançamento para hoje, 23 de maio.

Cheguei ao aeroporto curioso para conhecer o jornal do futuro, e fui direto à banca de revistas. Minha esperança era que a nova falha, o jornal do futuro, fizesse uma homenagem à honestidade e colocasse a estrela do PT ao lado do seu título.

Tola esperança, o jornal do futuro é a mesma falha de sempre, DNA petista, mas disfarçado sob uma montanha de falsos slogans.

Apesar do lançamento do jornal do futuro ser hoje, a festa começou ontem quando o instituto datafalha divulgou uma pesquisa sob medida para agradar ao partido. Já na edição de hoje do jornal do futuro, além do petismo espalhado pelas páginas, uma manchete para agradar o chefe maior, dono do cofre – Lula irá para a ONU ou para o banco mundial após deixar a presidência. Para nós, brasileiros, seria ótimo ter Lula bem longe, mas a possibilidade noticiada pela falha simplesmente não existe. Após virar fiador do Irã atômico, Lula perder qualquer resto de respeito que ainda tivesse fora das fronteiras dos países dominados pelo Foro de São Paulo.

Quanto à pesquisa do datafalha, mesmo se fosse verdadeira, seria uma má notícia para o PT. Como poderia a candidata do maior governo de todos os tempos, cujo partido nunca deixou de estar em campanha, e com a mídia no bolso, estar apenas empatada? Uma candidatura com perfil assim deveria estar com, no mínimo, 80% das intenções de votos. A má notícia para os petistas, que sabem disto, é que os institutos companheiros podem preparar pesquisas ao gosto do freguês, mas não podem colocar o voto na urna. E se nem Lula teve um desempenho eleitoral espetacular...

Mas, enfim, a falha do futuro foi uma decepção, pois é a mesma falha dos últimos 30 anos. Vermelha, mas dissimulada. Na propaganda ela diz ser o jornal que representa um país moderno. Eu diria que a falha é o jornal que representa o Brasil que deseja alcançar o padrão cubano de desenvolvimento.

Jornal do futuro

Há semanas Fernanda Torres anuncia na TV o jornal do futuro – a nova falha de são Paulo, com lançamento para hoje, 23 de maio.

Cheguei ao aeroporto curioso para conhecer o jornal do futuro, e fui direto à banca de revistas. Minha esperança era que a nova falha, o jornal do futuro, fizesse uma homenagem à honestidade e colocasse a estrela do PT ao lado do seu título.

Tola esperança, o jornal do futuro é a mesma falha de sempre, DNA petista, mas disfarçado sob uma montanha de falsos slogans.

Apesar do lançamento do jornal do futuro ser hoje, a festa começou ontem quando o instituto datafalha divulgou uma pesquisa sob medida para agradar ao partido. Já na edição de hoje do jornal do futuro, além do petismo espalhado pelas páginas, uma manchete para agradar o chefe maior, dono do cofre – Lula irá para a ONU ou para o banco mundial após deixar a presidência. Para nós, brasileiros, seria ótimo ter Lula bem longe, mas a possibilidade noticiada pela falha simplesmente não existe. Após virar fiador do Irã atômico, Lula perder qualquer resto de respeito que ainda tivesse fora das fronteiras dos países dominados pelo Foro de São Paulo.

Quanto à pesquisa do datafalha, mesmo se fosse verdadeira, seria uma má notícia para o PT. Como poderia a candidata do maior governo de todos os tempos, cujo partido nunca deixou de estar em campanha, e com a mídia no bolso, estar apenas empatada? Uma candidatura com perfil assim deveria estar com, no mínimo, 80% das intenções de votos. A má notícia para os petistas, que sabem disto, é que os institutos companheiros podem preparar pesquisas ao gosto do freguês, mas não podem colocar o voto na urna. E se nem Lula teve um desempenho eleitoral espetacular...

Mas, enfim, a falha do futuro foi uma decepção, pois é a mesma falha dos últimos 30 anos. Vermelha, mas dissimulada. Na propaganda ela diz ser o jornal que representa um país moderno. Eu diria que a falha é o jornal que representa o Brasil que deseja alcançar o padrão cubano de desenvolvimento.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Mais uma do novo Brasil

Um novo Brasil





"Nós brasileiros estamos vivendo um novo brasil", diz o gingle de Lula que não pára de tocar e não sai da minha cabeça.

As fotos aqui publicadas são da rodovia que liga Maceió a Recife, uma das regiões com maior potencial turístico do planeta. Tirei estas fotos para dividir com os leitores as cenas do novo Brasil de Lula.

Carro Quebrado



Humm, preguiçoso este anônimo. Ainda bem que todo o mês o bolsa família cai na conta, assim posso continuar aqui curtindo a minha preguiça. Ooops, foi um sonho, eu não recebo bolsa família...a moleza acaba domingo...

Hoje fomos para o município de Santo Antônio da Barra, que possui praias interessantes. Como é muito difícil se localizar aque em Alagoas, contratei um guia - Renato, 19 anos, não estuda e já não possui um dos dentes da frente. Mas era bem esperto.

A primeira praia visitada chama-se Carro Quebrado, e seu nome é uma verdadeira homenagem à infraestrutura do Brasil, simbolizada pelo PACderme. A estrada para a praia é um horror, de terra, toda esburacada, cheia de poças d'água, onde os carros atolam. Nosso guia (o daqui, não o de Brasília) ia orientando - "passa por aqui, passa por ali", e eu enfiando o carro da locadora naquela buraqueira.

De tempos em tempos havia um pedaço da estrada com paralelepípedo, aí mais terra, depois outro pedaço com paralelepípedo. Comentei com o guia que achei isto curioso, ao que ele respondeu: "eles começam a fazer o calçamento, aí o dinheiro acaba. Quanto tem dinheiro de novo a prefeita diz - se a obra não tivésse parado, já estaria lá adiante, então vamos continuar de lá...".

Chegando em Carro Quebrado, com o carro quase aos pedaços, não resisti á tentação da praia paradisíaca e pulei na água. Percebi que lá da areia Renato gritava, mas o vento me impedia de ouvir o que ele dizia. Aí minha mulher veio me dar o recado - "sai daí que esta praia é cheia de águas vivas".

De Carro Quebrado fomos para outra praia, que não me lembro o nome, onde tiramos a foto acima. Esta sim, ótima para banho, água quente e sem água viva.

No caminho perguntei para Renato: "tem muita gente recebendo bolsa família aqui?", ao que ele respondeu: "rapaz, acho que uns 99%". Perguntei: "e este povo todo trabalha ou vive só do bolsa?". "Olha, tem uns que trabalham com pesca, outros trabalham prá políticos (sic), mas a maioria não faz nada mesmo".

Nunca antes na história deste país.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Maceió...segundas impressões

Passamos o dia de hoje em duas praias - Francês e Gunga.

Primeiro aluguei um carro. O atendente me disse - "estamos entragando com 1/4 de tanque, o senhor deverá devolver também com 1/4". Respondi: "que complicado, não era mais simples me entregar com o tanque cheio e eu devolver cheio?", ao que ele rebateu: "fazíamos assim antes, mas os locatários nos devolviam com o tanque cheio de água...". De fato, "nós brasileiros estamos vivendo um novo brasil".

A sinalização que leva às duas badaladas prais é péssima, fiquei imaginando como um tuirista estrangeiro conseguiria encontrá-las...

A água na praia do Francês estava ótima, bem como eu gosto. Só que na areia não há um minuto de folga. São vendedores constantes de côco, camarão, queijo, tatuagem, bijouterias, saídas de banho, quadros (sic), artesanato, passeios, óculos, sorvete, além dos pedintes, dos cantadores, etc. A ponto de explodir, disse para a minha mulher - "vamos para a água". Quando estou lá, nadando, passa um barco ao meu lado com o sujeito gritando: "é (sic) 10 reais, vamo simbora (sic)".

Se a sinalização para a praia do Francês é ruim, para a praia do Gunga é inexistente. Conseguimos chegar perto. Lá na estrada fica um sujeito com uma moto, que pergunta: "está procurando a praia do Gunga? Se quiser eu vou na frente e o senhor me segue...". Só assim para encontrar a famosa praia do Gunga, a entrada é pelo portão de uma fazenda de coqueiros...A água no Gunga é mais fria do que no Francês, mas não tem vendedores enchendo o saco, o que é um alívio.

Há alguns anos li que a cidade de Cancun, no México, recebe por ano mais turistas internacionais do que o Brasil inteiro. Não é para menos...

Antes de entrar no blog procurei me atualizar nas notícias. Nada de novo...governo, imprensa, juízes continuam dando o abraço da serpente na nossa frágil democracia. É possível que Dil-má seja a primeira presidenta biônica (imposta) em período democrático na história. Nunca antes...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Maceió...primeiras impressões...

Meu caso com o nordeste merece um estudo psiquiátrico...sempre que venho acabo me irritando. Mesmo assim, sempre volto a cada ano ou dois....

Nosso hotel é de frente para o mar. Ótimo. Só que a praia aqui em frente tem ondas e água fria. Praias com água fria e ondas temos aos montes no sul, não precisamos vir ao nordeste. Quando venho aqui, venho em busca de águas calmas e mornas.

Vamos então pedir algumas dicas de praias na recepção do hotel. Lá as pessoas não sabem, se fazem de desentendidas, não dizem coisa com coisa. Enfim, há um posto de agência de turismo dentro do hotel e o objetivo dos funcionários do hotel é que a gente peça informações lá na agência, para sermos “pescados”.

Vamos à agência, então. Como esperado, o atendente está mais preocupado em nos vender o passeio de 5ª feira do que fornecer informações. E nos alerta: “decidam rápido, pois só tenho duas vagas para o passeio, o resto está vendido”. Ok, vamos pensar.

À noite saímos para um passeio chamado “by night”, que já estava incluído no preço quando fechei com o hotel. A guia no passeio é uma senhora de uns 60 anos, que inocentemente revela que o passeio de 5ª feira foi cancelado por falta de interessados...

Durante o percurso de ônibus toca o celular da guia. Duas turistas argentinas ficam encantadas: “que belo celular, qual é a marca?”. A guia ataca de portunhol: “no tiene marca, és genérico, cópia de Iphone, de 25 de março em San Paulo, conoces?”
Com a guia descobrimos que as boas praias ficam a 40 ou 50 quilômetros do hotel. Como chegamos lá?”. “De carro alugado ou de taxi. Se quiser ir de taxi tem que chamar com uns 40 minutos de antecedência, pois eles demoram para vir”.

O passeio “by night” é o seguinte – o ônibus nos deixa numa feira de artesanato às 20h. Temos duas horas para visitar a feira, que é bem grande, e jantar. O ônibus vem buscar às 22h. Gastamos alguns minutos olhando a feira e digo – “vamos procurar um restaurante para jantar, pois pode demorar. Voltamos para ver o resto da feira depois da janta, com mais calma”. Encontramos o primeiro restaurante a uma quadra da feira. Demoram tanto para atender que quando finalmente somos atendidos, digo “perdi o apetite enquanto esperava”. Levantamos e vamos embora. Na segunda quadra um restaurante muito bonito, chamado Imperador do Camarão. Neste conseguimos fazer o pedido, mas a comida não vem, não vem, não vem. Quando concluímos que, se vier, não vai mais dar tempo de comer, vou ao caixa para explicar a situação e tentar dividir o prejuízo da janta não consumida. No caixa descubro que estou invisível. Se estou invisível, posso simplesmente ir embora, já que ninguém vai me ver mesmo. Deixamos dez reais sobre a mesa para pagar o suco e vamos embora.

Chegamos de volta à feira com uns 15 minutos de folga para o horário do ônibus, mas as lojas estão fechadas ou fechando.

Voltamos ao hotel e passamos pela frente do restaurante no exato momento em que está sendo fechado.

Restou comer uma barra de chocolate do frigobar e dormir para esquecer a fome, aguardando o café da manhã, e esperar que amanhã seja outro dia...

Aqui ainda não mudou

"Nós brasileiros estamos vivendo um novo brasil" diz a musiquinha cretina da propaganda dos feitos do maior líder da história desta galáxia.

Andei uns 30 quilômetros de carro hoje entre o aeroporto e o hotel em Maceió, um trajeto percorrido por turistas. Ao longo de todo o caminho, pobreza contínua dos dois lados da rua.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Vamos festejar...

Pouco antes da proclamação da república a nobreza celebrava a vida num grande baile na ilha fiscal, RJ. Não tinham a menor noção do que viria logo ali na frente.

Na melhor linha da antiga nobreza nacional, com o fim logo ali, em outubro, este blogueiro parte para 5 dias em Maceió. Vamos celebrar...

A atualização do blog durante a estada em Maceió será incerta.

Se eu encontrar o Collor ou o Renan por lá aproveitarei para mandar um beijo para o Lula, o menino mimado de PTland.

PTland

De fato, tudo começou em 1o de janeiro de 2003. Lula está certo nisto também.

Foi em 1o de janeiro de 2003 que começamos a deixar de ser um país para nos transformarmos na PTland, o grande parque de diversões temático de Lula.

Neste parque, assim como em Neverland, Lula é o menino mimado e todos os seus desejos devem ser atendidos. Assim como em Neverland, isto não terminará bem...

No nosso parque a lei só vale para os adversários de Lula.

Judiciário e demais instituições funcionam contra adversários de Lula.

Dois dos principais institutos de pesquisas do Brasil trabalham para agradar Lula.

A imprensa cumpre seu papel divulgando como informação séria as pesquisas do pimpolho.

E se os habitantes do parque não elegerem Dil-má, Lula fará biquinho...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Nostradônimo

"Agora vai";
"Chegou a nossa vez";
"Nunca antes na história desse país";
"Somos a bola da vez".

São algumas das frases que ouvimos ou lemos a qualquer momento em que tentamos nos informar sobre a situação do Brasil.

Com uma nova roupagem, parecem frases que já foram lidas ou ouvidas lá pelos idos de 1971, 1972...

Vou aqui arriscar a minha reputação de anônimo...e afirmar para os leitores:

"Não vai";
"Ainda não chegou a nossa vez";
"Como sempre antes na história desse país";
"Bola da vez? Só se for para entrar para o PIGS...".

"Que cara pessimista", "Sai encosto", "vai tomar seu prozac", são pensamentos possíveis na cabeça do leitor entusiasmado com a potência verde amarela.

Nada disso leitor, apenas realismo.

Poderia listar tranquilamente uns 20 itens que asseguram com toda a certeza tudo o que afirmei acima, 20 itens que garantem que o brasil fique onde sempre esteve, com melhorias marginais. Mas vou citar apenas 3, que já seriam suficientes para brecar qualquer expectativa de crescimento sustentável:

- Falta de mão de obra qualificada (por qualificada quero dizer minimamente qualificada);
- Falta de infraestrutura;
- Baixíssimo índice de poupança interna.

Desta forma, o que pensamos ser mudança de patamar não passa de um momento de euforia de crédito, com vida absolutamente curta - terminará em 2011, no máximo 2012. Infelizmente, no colo do novo presidente, abrindo o caminho para o retorno do salvador em 2014.

Faço essas afirmações com absoluta tristeza, pois com 40 anos a minha chance de enriquecer com o país era agora.

Aposentadoria

"Nós brasileiros estamos vivendo um novo brasil", diz a propaganda canalha de certo governante.

Em janeiro um parente me pediu para encaminhar junto ao INSS a aposentadoria dele. Não sou especialista em INSS, mas vi várias propagandas da Previdência Social, onde as pessoas são atendidas por "servidores" sorridentes, e saem aposentadas em poucos minutos. Com meu cérebro "lavado" pela propaganda oficial, disse: "deixa comigo".

Começou o calvário...

Na previdência informaram o seguinte - não sai aposentdoria na hora não. O candidato a aposentado entra com o pedido, que pode ser feito em duas modalidades. Na modalidade A, o pedido é feito com a aceitação prévia de qualquer valor que o INSS venha a calcular, mesmo que inferior ao teto. Na modalidade B a pessoa só é aposentada se o valor der o teto. Se der menos, e mesmo assim quiser se aposentar, entra com novo pedido.

OK, queremos a modalidade B, então.

E o tempo começou a passar, passar, e a minha consciência começou a pesar por não resolver o problema do parente. Ligamos para o INSS e questionamos: "não há na legislação previdenciária um prazo limite para o INSS retornar com o cálculo? Lembro que como o assunto é aposentadoria estamos tratando de gente idosa, logo toda a demora pode ser fatal". Nos responderam que não, não há prazo, o INSS responde quando quiser. Não desistimos - falamos com jurídico, com advogados, com ouvidoria, até conseguir a informação de que o INSS tem ... 6 meses para retornar com o cálculo, mas ninguém sabe dizer onde isto está escrito. 6 meses para quem tem 10 anos de idade não é nada, para quem tem mais de 65 é quase uma eternidade.

Hoje, quase 5 meses depois, deram uma informação - a aposentadoria foi indeferida porque deu menos de 35 anos de contribuição, logo o valor calculado ficou abaixo do teto. OK, mas qual o valor calculado, então, para ver se a gente topa? "Ah, o valor calculado o INSS não divulga. Se quiser se aposentar mesmo assim, tem que entrar com novo pedido na modalidade A". No escuro.

Quanto aos tais 35 anos de contribuição, quando eu nasci a tal pessoa já trabalhava como funcionário de uma empresa e contribuía. E olha que já estou a caminho dos 41 anos...

Amanhã vou devolver a documentação para o parente e sugerir que encontre alguém com contatos no INSS para poder se aposentar em vida.

Quanto a mim a lição que fica é a seguinte - o INSS é uma piada, um deboche, um escárnio. Certos, infelizmente, estão aqueles que trabalham na informalidade e não contribuem com nada.

Gênios....do horror

Já escrevi várias vezes, se os petistas conseguissem utilizar sua inteligência para o bem, o Brasil seria o melhor país do mundo e eu seria eleitor de carteirinha do partido.

A inteligência dos petistas na arena política é imbatível. Lamentavelmente, só funciona para o lado do mal.

Como o mundo quase todo já sabe, o Irã deseja ter sua bomba atômica. No mínimo para ajudar a impor sua visão de islamismo ao resto do planeta. Além de acabar com Israel.

Do lado de cá os petistas (além de Chavez e outros esquerdistas) perceberam que um Irão nuclear reduziria as condições de estabilidade necessárias para sustentar o regima capitalista, podendo assim abreviar o caminho para o comunismo.

Comunismo com islamismo? Os dois lados sabem que esta mistura é impossível, mas se aliam por conveniência e deixam o acerto de contas final para depois.

Recentemente o processo de imposição de sanções contra o Irã ganhou fôlego, com a entrada de China e Rússia que, até então, se posicionavam contra o aumento da dose de sanções. A luz amarela acendeu em Teerã. precisavam de um golpe de mídia.

Encontraram então o "maior líder da história desta galáxia" e firmaram um "acordo" anunciado ao mundo hoje com estardalhaço. Em resumo é o seguinte:

- Lula fatura pontos como grande líder mundial, se fortalece para o nobel da paz e para a ONU, ao mesmo tempo em que sabe que tudo continua como antes, ou seja, o Irão segue desenvolvendo sua bomba e colocando a existência do capitalismo em contagem regressiva;

- Do lado do Irã eles farão como sempre fizeram, simplesmente ignorarão a existência do acordo e segue tudo como antes.

Mas na esfera internacional, como diz o site da Fox News, deram um golpe de jiu jitsu nos Estados Unidos. Com a notícia do acordo Rússia e China provavelmente se retirarão do bloco de pressão, para o qual tinham vindo depois de muito sacrifício.

Lula, numa canetada, transformou o armagedon em algo mais provável hoje do que era ontem.

Nunca antes na história deste planeta.

Se eu fosse mulher, já estaria comprando tecido para burca.

sábado, 15 de maio de 2010

Qual é a da bandeirantes?

A vida já me deu uma imensa quantidade de exemplos para aprender a receber informações sobre pesquisas eleitorais com um filtro de proteção. No entanto, por mais absurdos que produzam, a cada novo pleito os meios de comunicação apresentam as pesquisas como verdades inquestionáveis.

Nesta oportunidade, parece que esta situação começou a mudar, graças ao inestimável trabalho do blog Coturno Noturno, que desmontou a estrutura farsesca de dois institutos de pesquisas. Ficou relativamente claro que dois dos grandes institutos de pesquisa estão a serviço do PT, e não da estatística.

Talvez a principal consequência tenha sido a decisão da Globo de só noticiar pesquisas do Ibope e do Datafolha.

No entanto, mesmo agora que já está claro quais são os institutos que servem o PT, o Grupo Bandeirantes contratou um desses institutos para realizar uma pesquisa, cujo resultado (favorável a Dil-má) deverá ser anunciado hoje ou amanhã.

Me questiono:

a) O Grupo Bandeirantes é tão ingênuo a ponto de ainda não saber quais institutos de pesquisa trabalham para o PT? Se for tão ingênuo, não merece credibilidade por excesso de ingenuidade;

b) O Grupo Bandeirantes não tem nada de ingênuo e, assim como o institudo de pesquisas contratado, está a serviço do projeto de poder do PT? Se assim for, também não merece credibilidade.

Trabalhar ou trabalhar

No Jornal da Globo de ontem havia uma reportagem que lamentava a crise por que passa a economia européia. Eu não assisti a reportagem, dormi antes. Mas era na linha de que a Europa representa um modelo diferente de capitalismo, que não se entrega totalmente aos desígnios do mercado, que seria um modelo alternativo ao capitalismo americano, e por aí vai. Esta conversa não vem de hoje.

Minha opinião é que na Europa vigora há bastante tempo o "preguicismo", uma mistura da preguiça do socialismo com a propriedade privada do capitalismo.

Ocorre que por mais que alguém possa admirar esse modelo...europeu, na hora de comprar um produto escolhe o mais barato. E o mais barato é o chinês, porque na China não há sindicatos, greves, direitos, preguiça. Na China apenas se trabalha e produz.

Então o modelo europeu seria bom para ser admirado num quadro, mas não serve mais para a vida real. Voltei recentemente da Europa e é fácil constatar por lá que a ficha do europeu não caiu ainda (exceção feita à Alemanha). Estão condenados, mas ainda não sabem disso.

Na capa da revista Você S/A de abril o seguinte: "Por que tanto trabalho? Seis em cada dez profissionais brasileiros estão estressados e desejam uma vida mais equilibrada".

Esqueçam.

O ritmo de trabalho chinês transformou "uma vida mais equilibrada" em um luxo que não podemos mais nos dar, senão vamos para o buraco, como os europeus.

Daria certo se o consumidor brasileiro ou europeu ao se deparar com determinado produto decidisse: vou levar o mais caro, pois foi produzido por trabalhadores que levam uma vida mais equilibrada...

Isto não existe na prática - o consumidor pode até achar que os trabalhadores merecem uma vida mais equilibrada, mas na hora de pôr a mão no bolso compra o produto mais barato.

Então, leitor, a China entrou no jogo da economia global para mudar os nossos paradigmas. A escolha da vida moderna é entre trabalhar mais ou trabalhar mais. Ou seja, não há escolha. A menos que você seja do PT e tenha um monte de gente trabalhando por você...

Um país de incomuns

Lula decretou - Sarney não é um brasileiro comum.

Antes do decreto presidencial nós já suspeitávamos que todos os aliados de Lula não eram brasileiros comuns, afinal estavam e estão acima da lei. Se tivéssemos alguma dúvida em relação a isto, está aí o TSE para deixar tudo bem claro - aliado de Lula pode, o resto não pode.

Agora Lula acaba de criar uma nova categoria de incomuns - jogadores da seleção brasileira aque foram campeões em 1958, 1962 e 1970. Vão ganhar uma grana da viúva e uma mesada.

"Foram heróis nacionais" sapecou Lula, "estão passando necessidade", complementou.

Bom, o que é necessário para entrar para o conceito lulístico de "herói nacional"?

Significa que para Lula um sujeito que passou a vida inteira trabalhando na enxada de sol a sol é menos herói do que aqueles que fizeram alguns gols?

E o brasileiro que morre na fila do SUS, à espera de atendimento, seria tratado diferente se fosse "herói" lulístico? Tem menos direito à vida, então?

E os que tiveram sucesso em outras modalidades esportivas, são menos heróis?

E os da seleção de 50 perderam a condição lulística de heróis por permitirem o gol de Gigia nos últimos minutos do jogo final?

E os da seleção de 78 que só perderam a copa porque foram "garfeados" são menos heróis que os outros?

E os campeões de 94 e 2002 não são tão heróis quanto os anteriores? Bom, segundo Lula estes não vão entrar na mamata porque não precisam. Ah, bom, então está explicado, Zagalo, Pelé, Rivelino, Tostão, Carlos Alberto, Gerson, Jairzinho, Dario devem estar vivendo abaixo do padrão médio de pobreza do povo brasileiro.

Vejam como o Brasil é um país que anda para a frente.

Quando os campeões de 1970 retornaram ao Brasil o então prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, presenteou cada um deles com um fusca, por conta dos cofres públicos. Achamos aquilo uma imoraralidade, Maluf foi processado e mais de 30 anos depois perdeu e foi condenado a devolver o dinheiro. Agora, em pleno sécullo XXI, tá todo mundo achando a coisa mais natural do mundo o pacote de bondades lulísticas.

De fato, nunca antes na história deste país.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Castelo de areia

Em março de 2009 a polícia federal realizou a operação castelo de areia, que, entre outras coisas, recolheu documentos na empreiteira camargo correa. Entre os papéis recolhidos, alguns que indicavam fortemente que um diretor de estatal, do governo tucano em São Paulo, estava recebendo propina da empreiteira.

O que fez a Polícia Federal? Imediatamente tomou providências, encaminhou ao ministério público, ou fez qualquer coisa para interromper o suposto processo de corrupção?

Não!

A polícia federal não está a serviço do Brasil mas, sim, do PT. Portanto, guardou bem guardado o papel (não importando que a corrupção continuasse rolando) e, agora, no processo eleitoral, vazou o papel para a Veja. Lá o papel chegou na mão de algum imbecil que não entende a gravidade do momento nacional e, pronto - o escândalo da corrupção tucana já está na manchete da Veja on line. À noite estará em todos os telejornais.

Que a Polícia Federal serve o partido, já sabíamos. Imaginemos quantos papéis dessa natureza estão guardados, para serem vazados aos poucos até as eleições?

Está tudo preparado

O cenário para instituição da ditadura de partido único no Brasil está pronto. Dele participam o presidente, o governo, suas intituições, o judiciário, a imprensa (alguns até por ingenuidade), empreiteiras, grandes empresários, governos estrangeiros ligados ao Foro de São Paulo, "professores", artistas.

Só não está na lista acima o povo. A este cabe meramente o papel de entrar na cabine de votação e confirmar o que aqueles do grupo acima já decidiram que ele deve fazer.

Implacável!

O TSE constatou - o programa do PT que foi ao ar ontem era irregular. Mas...entendeu que já era tarde para impedir a veiculação do programa irregular. No entanto, a punição foi exemplar...o PT está proibido de levar ao ar seu próximo programa, que seria no primeiro semestre de 2011.

Ah, bom...agora podemos dormir tranquilos, afinal o TSE está vigilante...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Suficientes?

No fim de semana assisti um filme muito bom, de 1958 (infelizmente no nome me escapa agora). No filme umm soldado alemão recebe três semanas de licença. Volta para a sua cidade e encontra tudo destruído pelos bombardeios aliados, o povo submetido a condições terríveis, e os líderes do partido nazista cada vez mais insanos.

Revoltado com a situação, conversando com um antigo professor seu, agora perseguido político, questiona como a população deixou a coisa chegar naquele estado. O professor responde: "somos muitos que não concordam com isto, mas ainda somos insuficientes". O resto da história sabemos - para a ficha cair completamente a Alemanha precisaria ainda passar pela quase total aniquilação.

Vendo o Brasil afundar cada vez mais em suas próprias desgraças, me questiono - somos muitos que não concoram com isto, mas somos suficientes? Ou precisaremos antes passar pela destruição total?

Outubro dirá....

Vale por mil palavras...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Crack

Sei que ontem Dil-má invadiu as televisões falando sobre o crack. Não sei o que ela disse, pois cada vez que ela aparecia na tela eu desligava a TV.

Mas hoje pela manhã, num jornal local, um dos comentaristas disse: "quero parabenizar a dona Dil-má, pois pela primeira vez um politico toca na questão do crack".

Tenho dúvidas quanto a Dil-má ser a primeira a tocar no assunto, acho que a prefeitura de São Paulo já fez várias ações importantes de combate ao crack. Mas não é isto que me interessa no momento - o que interessa é o seguinte - o que o governo Lula, do qual Dil-má foi a ministra mais importante, fez contra o crack em mais de 7 anos? Ou Dil-má só descobriu a existência do crack agora, na campanha eleitoral?

terça-feira, 11 de maio de 2010

Ser ou não ser

"Beijo na boca
É coisa do passado
A moda agora é
Namorar pelado"

Diz a música, que não é de propaganda do Lula, mas até que poderia ser...."nunca antes na história deste país tantos namoraram pelados"...

Mas, segundo a Veja desta semana, a moda entre os adolescentes é se assumir homossexual.

Nós, que já passamos pela adolescência, sabemos um pouco como funciona suas cabeças - vivem atrás de inclusão em grupos, para o bem ou para o mal. Um adolescente pensa +/- assim: "Se todos têm o celular modelo A e eu não, logo não existo". "Preciso do celular modelo A para ser incluído".

Da mesma forma, "se todos são gays e eu não sou...". Bom, se não é gay no mínimo nunca vai aparecer na capa da Veja defendendo o seu "heterossexualismo"...

Não quero aqui parecer preconceituoso, mas acho que uma coisa são as pessoas que, por alguma razão, são homossexuais. Outra coisa, bastante diferente, é a pressão social pela homossexualidade e aqueles que se declaram para "estar na onda".

Líder?

Praticar pseudo bondades, dar, ceder, agradar, não são atitudes de líder. Pode até ser chamado de grande líder pelos jornais mundo afora, mas elogios também não fazem um líder.

Um verdadeiro líder é aquele que convence os liderados a ir contra seus interesses imediatos em benefício de interesses futuros, maiores.

Para "dar o que o povo quer" não precisa de líder, qualquer um faz.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Aquele que ninguém teme

Congressistas rasgam qualquer resto de responsabilidade de pudéssem ter para não desagradar os aposentados em ano eleitoral.

Governantes não têm coragem de desagradar os funcionários públicos.

No Brasil só existe um grupo que ninguém teme, nem em ano eleitoral nem fora dele - o contribuinte. O otário que carrega o país nas costas.

Agora é só alegria

Reportagem do Bom Dia Brasil de hoje mostrou a dupla tristeza de uma mãe: a primeira por perder a filha de 19 anos na véspera do dia das mães, a segunda por não conseguir doar os órgãos da filha. E não foi possível doar os órgãos por falta de estrutura dos hospitais, já que pacientes não faltavam.

Entra o comentário de Alexandre Garcia e este fala que no Brasil parece ser mais importante lançar pacotes grandiosos do que fazer o básico, como se o único propósito a ser atingido fosse a propaganda.

Entra o comercial e.....começa a tocar a musiquinha: "Nós brasileiros estamos vivendo um novo brasil". Após mostrar algumas supostas obras de Lula, uma senhora parecida com Dil-má (não é mais a vehinha das propagandas anteriores) conclui: "agora é só alegria minha gente".

domingo, 9 de maio de 2010

Voluntários

"Isso assinalou o início do fim da expressão individual na China. Todos os meios de comunicação tinham sido tomados pelo partido quando os comunistas chegaram ao poder. De agora em diante, eram as mentes de todo o país que ficavam sob um controle ainda mais rígido."

Trecho da página 246 do livro Cisnes Selvagens, de Jung Chang.

No Brasil não houve necessidade de tomada dos meios de comunicação pelo partido. Os próprios meios de comunicação se entregaram voluntariamente, em troca da generosidade publicitária estatal.

sábado, 8 de maio de 2010

Evoluímos?

Lanço meu olhar crítico sobre o mundo que me cerca e constato, triste, que nesse século XXI, aquele que seria o século das viagens interplanetárias, somos apenas uma sociedade de bugigangas.

Somos como os nativos que aqui habitavam na época do descobrimento, que aguardavam ansiosos a chegada dos navios portugueses, carregados de bugigangas. “Este espelhinho em troca desta floresta de pau brasil”, dizia os capitão português, ao que respondiam os nativos: “hu hu hu “ (tradução: sim, sim, sim).

A diferença entre o século XVI e o século XXI é que hoje as bugigangas chegam em navios chineses.

Eu sou o quê?

Li que o programa de TV do PT vai encerrar com Lula, ao lado de Dil-má, dizendo o seguinte: "Eu sou PT, a Dil-má é PT, e você, é o quê?"

Bom, se ele estiver perguntando para mim, responderei: "eu sou um trabalhador, que trabalha para pagar uma das cargas tributárias mais altas do mundo, para financiar os desmandos, as trapalhadas, o populismo e as falcatruas do governo do PT". Em resumo, sou o otário da equação.

Mas gostei da parte do "Dil-má é PT". Interessante, enquanto o empregador de Dil-má era o PDT, ela era PDT. Logo, é possível supor que se um dia seu empregador vier a ser o PMDB, Michel Temer poderá dizer no programa do partido: "Eu sou PMDB, a Dil-má é PMDB, e você, é o quê?"

Se a pergunta for para mim, darei a mesma resposta, apenas mudando a sigla...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Bolsas

Apesar de ter uma parte do meu dinheirinho investido em ações, até hoje não entendi a lógica deste mercado. De uns dois anos para cá passei a creditar que não possui lógica nenhuma por trás de seus altos e baixos. Na verdade, é maciçamente operado por uma meninada de 20 e poucos anos, ainda desprovida da experiência que só a idade atrás. E alguns poucos grandes tubarões multiplicam diariamente suas fortunas em cima das reações irracionais dos demais.

Ontem a bolsa de Nova Iorque caiu 5 pontos em poucos minutos, a queda mais rápida da história. Atrás de si arrastou as bolsas do resto do mundo que ainda estavam abertas naquele momento, alterou cotações de moedas, provocou grandes perdas e alguns grandes erros.

Pelo que se noticiou hoje, parece que a queda tão abrupta foi ocasionada por um erro de digitação de um operador. Pode um mercado desses ser considerado sério?

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Chavismo cordial

Desde a eleição americana de 2008 não perco mais meu tempo com Arnaldo Jabor. Mas reconheço que o texto abaixo está bom.

O chavismo cordial
Arnaldo Jabor - O Globo
Dilma Rousseff tem de ser ela mesma.


Seu duro passado de militância política lhe deixou um viés de rancor e vingança, justificáveis. Ela tem todo o direito de ser uma típica “tarefeira” da VARPalmares, em vias de realizar o sonho de sua juventude, se eleita. Ela tende para a estatização da economia, restos de sua formação leninista; ela tem o direito de ser irritadiça, pois o país é irritante mesmo. Seus olhos fuzilam certezas sobre como consertar a pátria amada. Ela pode achar que democracia é “papo para enrolar as massas”, ela pode desconfiar dos capitalistas e empresários, ela pode viver gostosamente a volúpia do poder que conquistou, ela pode ignorar a queda do Muro de Berlim, o fim da Guerra Fria, ela pode amar o Lula, seu símbolo do operário mágico que encarnou na prática a vazia utopia do populismo “revolucionário”. Ela pode tudo, mas tem de assumir sua personalidade.

Meu Deus, como eu entendo a cabeça da Dilma, mesmo sem conhecê-la pessoalmente...
Conheci muitas “dilmas” na minha juventude, quando participei da fé revolucionária de nossa geração.

Para as “dilmas” e “dirceus” do passado, a democracia é uma instituição “burguesa” (Lenin: “É verdade que a liberdade é preciosa; tão preciosa que precisa ser racionada cuidadosamente”). Ela se considera membro de uma minoria que está “por dentro” da verdade, da chamada “linha justa”, ela se julga superior — como outros e outras que conheci — inclusive eu mesmo... (oh, delícia de ser melhor que todos... oh... que dor eu senti ao perder essa certeza...”). Nós éramos os fiéis de uma “fé científica”, uma espécie de religião da razão praxista, que salvaria o mundo pelo puro desejo político — éramos o “sal da terra”, os “sujeitos da História”.

Mas só uma dor me devora o coração: Dilma está sendo “clonada”. Esta frente unida do autodeslumbramento de Lula com a massa sindicalistapelega quer transformá-la em uma “dilma” que não existe. Uma nova pessoa, um clone dela mesma. Isso é muito louco. É natural que o candidato beije criancinhas, coma bode e puxe o saco de evangélicos... tudo bem.

Mas o tratamento a que submetem a pobre da Dilma me lembra uma famosa cena de Brecht, em “Arturo Ui”, em que um velho ator shakespeariano bêbado e decadente é convocado para ensinar a “Hitler” (Arturo Ui) como se comportar diante das massas, recitando o discurso de Marco Antonio em “Júlio César”. É genial a cena em que aos poucos o “hitler” vai virando um boneco de engonço, com gestos e falas de robô quebrado.

A finalidade da faxina que marqueteiros e ptpsicólogos fazem na moça é esta: criar alguém que não existe e que nos engane, alguém que pareça o que não é. Afinal, que querem esconder? Querem uma reedição “dilminha paz e amor”? Ou querem Lula e ela em um filme tipo “Se eu fosse você 3”, como piou o Agamenon? Um cacófato: quem será o Duda dela? Será que foi por isso o ato falho de falar em “lobo em pele de cordeiro”? Será “lobo” ou “loba”? Além do piche no Serra, não será também uma involuntária alusão a Lula ou a ela mesma? Dilma é uma loba em pele de cordeiro? Isso é grave.

O PT não se envergonha de criar uma pessoa artificialmente fabricada em quem devemos votar? Será que seguem ainda a máxima de Lenin “Uma mentira contada mil vezes vira uma verdade”? Querem que ela seja uma sorridente “democrata”, uma porta colorida para a invasão da manada de bolchevistas que planejam mudar o país para trás, na contramão da tendência da economia global. Eu os conheço bem... A crescente complexidade da situação mundial na economia e na política os faz desejar um simplismo voluntarista que rima bem com o fundamentalismo islâmico ou com a boçalidade totalitária dos fascistas: “complexidade é frescura, o negócio é radicalizar e unificar, controlar, furar a barreira do complexo com o milagre simplista”. (Stalin: “A Humanidade está dividida em ricos e pobres, proprietários e explorados. Subestimar esta divisão significa abstrair-se dos fatos fundamentais”. Ou Lênin: “Qualquer cozinheiro devia ser capaz de governar um país”).

O espantoso nisso é que o país melhorou graças ao Plano Real e a uma série de medidas de modernização que abriram caminho para a economia mundial favorecer-nos como um dos países emergentes, e esse raro e feliz fenômeno econômico (James Carville, assessor do Clinton, contra Bush: “É a economia, estúpido!”) é tratado como se fosse uma política do governo atual, que só fez aumentar despesas públicas e inventar delírios desenvolvimentistas virtuais. (Stalin: “A gratidão é uma doença de cachorros...”) O povão do Bolsa Família não pode entender isso. Muitos intelectuais entendem, mas não têm a coragem de explicitar as diferenças — o lobby da velha “boa consciência de esquerda” intimida-os.

Nesta eleição, não se trata apenas de substituir um nome por outro.

Não. O grave é que tramam uma mudança radical na estrutura do governo, uma mutação dentro do Estado democrático. Vamos viver um pleito pretensamente “revolucionário”, a tentativa de um Gramsci vulgar (filósofo que dizia que os comunistas devem se infiltrar na democracia para mudá-la). Querem fazer um capitalismo de Estado, melhor dizendo, um “patrimonialismo de Estado”. Para isso, topam tudo: calúnias, números mentirosos, alianças com a direita mais maléfica. (Stalin: “Não deixamos os inimigos ter armas de fogo; por que deixar que tenham ideias?”) Não esqueçamos que o PT combateu o Plano Real até no STF, como fez com a Lei de Responsabilidade Fiscal, assim como não assinou a Constituição de 88. Este é o PT que quer ficar na era pós-Lula. Seu lema parece ser: “Em vez de burgueses reacionários mamando na viúva, nós, do povo, nela mamaremos”.

Depois desse “bonapartismo cordial” que o Lula representou até com galhardia, se apropriando da “herança bendita” de FH, pode haver o início de uma nova fase: o “chavismo cordial”.
É isso aí, bichos...

O libertador

Está para ser instaurado um processo internacional de arbitragem para dirimir um importante conflito – Lula e Deus disputam o título de quem veio antes de tudo. Aguardemos o resultado.

Mas mesmo que Lula não tenha sido o antecessor de tudo, ou que não tenha sequer sido o descobridor do Brasil, nós brasileiros deveremos ser eternamente gratos a ele por ser o nosso grande libertador.

Vejamos o caso de Franklin Martins – por anos teve que sobreviver do jornalismo, passando por analista político isento, por democrata, quando na verdade o que desejava era tirar fotografia abraçado com Fidel Castro, seu ídolo. Imagine o sofrimento a que foi submetido durante todo o período em que teve que esconder o seu verdadeiro eu. Mas aí surgiu o Lula presidente e libertou Franklin. E, não parou por aí, foi logo libertando todos os brasileiros.

Durante 500 anos o Brasil foi uma espécie de Franklin Martins. Até o surgimento de Lula.

Nunca fomos realmente sérios. Mas tentávamos manter as aparências, e isto dava trabalho e era cansativo.

Com Lula estamos liberados para ser o que realmente somos. Viva Lula!

Difusores do comunismo precisavam se disfarçar de professores. Que chatice. Não precisam mais.

Meios de comunicação precisavam aparentar isenção. Que sacrifício. Agora está liberado – a notícia é a favor de quem pagar mais.

Brasileiros afundados na ignorância precisavam manter o discurso de que queriam melhorar, estudar, trabalhar. Cansava a língua. Lula acabou com isto, agora é só sentar e esperar o pagamento das bolsas.

Políticos construíam patrimônios milionários, mas tinha que ser bem feito para não vir a público. Isto dava trabalho e atrapalhava a realização de alguns negócios. Com Lula os políticos podem ser o que sempre foram, mas sem precisar disfarçar ou ter preocupações.

Grandes empresários falavam de liberalismo, de regras de mercado, concorrência, transparência. Enfadonho. Com Lula podem fazer o que sempre quiseram – vender para o governo e/ou receber financiamento do BNDES. E se Lula mandar, votam em Dil-má.

Proponho que 1º de janeiro de 2003 passe a ser tratado pelos livros de história como o dia da libertação. A verdadeira independência, a independência de nós mesmos. Deverá ter parada militar a cada 1º de janeiro.

Agora o brasileiro pode ser o que sempre foi, sem necessidade de disfarçar, um povo preguiçoso, malandro, beberrão.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O barco está afundando

"O barco está navengando" dizia a musiquinha da propaganda de Lula de alguns anos atrás, que exaltava os feitos (??) lulianos.

Parece que afunda a candidatura de Dil-má. Seus companheiros vermelhos já não aguentam mais ouvir os discursos de Dil-má, e falam isso aos quatro ventos.

Parte importante do PT (Lula incluído) não queria que Michel Temer fosse o vice de Dil-má. Fizeram o que puderam, e não deu em nada. Tivéram que engolir Temer. Coube a Dil-má ir até Temer ontem à noite para convidá-lo a ser vice.

Temer informou que se sente honrado com o convite... mas que aguardará a decisão do partido. Em bom "PMDBes" significa o seguinte: vamos aguardar um pouco e confirmar que o barco está afundando mesmo. Se estivér, nem entramos.

Qual o limite para a irresponsabilidade?

Se você tiver uma Alemanha para pagar a conta da sua irresponsabilidade, o limite é bem amplo, tão amplo que pode se estender ao ponto em que leva um continente inteiro para a bancarrota.

Agora, se for o Brasil, que não tem uma Alemanha para nos socorrer, mas cuja cãmara dos deputados acabou com o fator previdenciário ontem, o limite para a irresponsabilidade é o humor dos otários.

E quem são os otários neste caso?

Somos eu, você leitor, e os gringos que compramos títulos públicos ao investir em aplicações financeiras de renda fixa, e com isso vamos financiando a gastança e dando aos governantes a sensação de que dinheiro cai do céu.

Como dinheiro não cai do céu, e ninguém é otário para sempre, chegará um momento, não muito distante, em que o financiamento da dívida pública ficará muito difícil, não restando ao governante de plantão do momento outra alternativa que não seja o calote, surrupiando assim uma parte do nosso suado patrimônio. Isto é muito mais certo, e rápido, do que aquecimento global.

Se o governante de plantão for Dil-má, o calote será apresentado como uma atitude de grande coragem política, coragem de "tirar dos ricos para dar aos pobres".

Se o governante for Serra, o calote será apresentado como um ato abominável, uma destruição da poupança do povo, e como prova definitiva de que o PT jamais deveria ter sido removido do poder.

O fato é que um momento onde havia razoável consciência coletiva de que gastos públicos deviam ser contidos, como ocorreu no primeiro mandato de FHC, provavelmente não se repetirá no horizonte de nossas vidas.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Adoção

Como prometi, de tempos em tempos vou narrar aqui as etapas do meu processo de adoção.

Depois de cerca de três meses onde a única informação era "o processo está com a juíza", recebemos uma informação diferente:

Atendente: "há um despacho da juíza.";
Minha esposa: "o que diz?"
Atendente: "não posso dizer, mas não se preocupe, até o final desta semana vocês serão notificados pelo oficial de justiça."

Ficamos cheios de expectativa. Como passou um mês desde esta conversa e não apareceu oficial de justiça nenhum por aqui, fomos até lá para ser intimados pessoalmente.

E o que dizia o tal despacho? Que para dar andamento ao processo a juíza quer que em até 10 dias úteis sejam anexadas ao processo fotos de parentes meus e da minha esposa.

Juro que é verdade.

Nesses mais de 30 dias perdidos (30 de espera + 10 para apresentar as fotos) quantas crianças chegaram aos já abarrotados orfanatos do Brasil?

Uma bobagem dessas não poderia ter sido pedida por telefone?

Produzir bobagem custa mais caro?

Da série "vou morrer sem entender o mundo em que vivo".

Estaria mentindo se dissésse que a televisão brasileira do passado (mais de 20 anos atrás) era perfeita. Mas era, sim, bastante razoável. Dava para passar o tempo agradavelmente assistindo à programação televisiva. Havia novelas razoavelmente interessantes, shows, programas de auditório, bons humorísticos, noticiosos razoavelmente informativos, enlatados americanos que marcaram época e desenhos que ficarão para sempre nas nossas memórias, além dos filmes que aguardávamos com expectativa.

E tudo isto custava relativamente barato. Os artistas sempre ganharam mal, e as estrelas âncoras tinham remuneração muito diferente da que percebem atualmente. Lembro, apenas para exemplificar, que durante a copa de 1994 foi noticiado com estardalhaço que Faustão receberia cerca de US$500 mil para apresentar o programa de sorteio de carros da Globo, durante o torneio. Era uma fábula de dinheiro. Hoje somente o salário mensal do apresentador está na faixa dos R$5 milhões mensais. Galvão Bueno recebe cerca de R$10 milhões anuais, Ana Maria Braga cerca de R1 milhão mensais, e por aí vai. Chacrinha, comparado a essas figuras, seria um indigente. Os Trapalhões Dedé, Mussum e Zacarias, que lideraram a audiência por quase 20 anos, nunca saíram da pobreza.

Pois bem, estamos no século XXI e os artistas televisivos de primeira linha são pagos a peso de ouro, apresentadores de jornais ganham salários no nível "nunca antes na história deste país", enquanto os chamados apresentadores âncoras percebem salários de derrubar queixos holywoodianos.

E tudo isto para quê? Para colocar no ar um lixo, uma programação imbecil e um jornalismo servil ao PT.

Pergunto - não dá para voltar ao bom e barato?

Figueiredo de novo?

Na época do regime militar houve um presidente que achava que era muito melhor do que efetivamente era - Ernesto Geisel. Do alto de sua soberba, empurrou garganta abaixo do Brasil o seu sucessor - Figueiredo.

Descobrimos depois que Figueiredo era ruim demais - não sabia se comunicar, era grotesco, agressivo, grosso mesmo, limitadíssimo como administrador, etc.

Agora, no século XXI, também temos um presidente que se acha muito mais do que efetivamente é. E que tenta repetir Geisel e empurrar seu sucessor garganta abaixo do Brasil. A candidata a sucessora, já descobrimos, é ruim demais, assim como Figueiredo.

Estará o Brasil condenado a repetir sempre a mesma história?

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Sempre a RBS

Leio agora no Reinaldo Azevedo que veículo de comunicação do grupo RBS simplesmente falseou notícia em relação a José Serra. Já passou da fase da distorção e chegou à fase da invenção.

Já escrevi bastante sobre a RBS aqui no blog. A RBS é atualmente a "dona" da notícia e da opinião no Rio Grande do Sul, promovendo uma verdadeira lavagem cerebral coletiva nos gaúchos, meu pai incluído.

Talvez seja possível elaborar dois gráficos e demonstrar que as curvas seguem a mesma tendência ao longo do tempo, ou seja, à medida em que a RBS vai crescendo e ganhando influência os gaúchos vão perdendo relevância política e econômica no cenário nacional. Alguém se habilita para fazer os gráficos e verificar se esta hipótese confere?

Copa

Li na Veja desta semana que a FIFA está ameaçando o Brasil com um plano B para 2014, que seria a Inglaterra. Ou seja, se as obras não andarem, o Brasil perde o direito de sediar a copa.

Na reportagem há um equívoco, ela afirma que esta espécie de desclassificação nunca ocorreu antes. Ocorreu sim, em 1986 a Colômbia perdeu o direito de sediar a copa, que acabou sendo realizada no México.

Acho que o melhor que poderia ocorrer no Brasil seria um presidente assumir e dizer: "copa não é assunto de governo, não investiremos um centavo de dinhiero público nisto. Investiremos, sim, em hospitais, escolas, portos, estradas, etc.".

Claro que isto jamais vai ocorrer. Até porque os mais necessitados do novo hospital, da nova escola, nunca mais votariam neste governante corajoso.

Mas ao ler a reportagem fiquei pensando no seguinte - imagina se Serra vence a eleição e a Fifa desclassifica o Brasil. Periga dar impeachment. Serra, se eleito, será refém desta copa, ou seja, será refém das empreiteiras. Terá que pagar o que elas quiserem para que as obras andem na velocidade que agrada a Fifa. A menos que dissésse desde já que copa não é assunto de governo. E que num eventual governo seu a prioridade será o povo, não as empreiteiras...

E a chave?

Hoje, ao completar 2 semanas que a Iberia perdeu minha mala, período no qual não recebi qualquer contato da companhia, a mala apareceu aqui no escritório. Simplesmente foi deixada aqui. Sem explicação, sem pedido de desculpas, sem querer saber se eu tive algum custo já que me deixaram sem roupa na Itália...

Mas se envolve a Iberia, o final não poderia ser absolutamente feliz...quando fiz a reclamação da mala lá em Milão a funcionária questinou se tinha cadeado. Respondi que sim, e ela então requisitou a chave. Por alguns segundos hesitei em dar, mas atrás de mim tinha umas 30 pessoas sem mala e com cara de poucos amigos, então entreguei a chave sem maior questionamento. É claro que chegou aqui apenas a mala, com o cadeado, mas sem a chave. Deve ter ficado em alguma gaveta italiana. Agora vou ter que tentar arrebentar o cadeado...

Uhu!

Há povos que parecem possuir o gene do progresso e do desenvolvimento no seu DNA. São líderes do progresso humano. Em contrapartida, há povos que se não forem permanentemente exigidos e/ou impulsionados, permanecem no estágio tribal. Ou a ele retroagem.

Nós brasileiros, que estamos vivendo um novo brasil, nos encontramos no segundo grupo. E desde que Lula chegou ao poder qualquer tentativa de promover o desenvolvimento das pessoas passou a ser vista como "preconceito" e/ou "arbítrio". Desta forma, engatamos marcha à ré civilizacional, rumo ao estágio tribal. No futuro, quando um Pedro Álvares Cabral chinês aportar por aqui, encontrará brasileiros andando nus e vivendo em aldeias.

O que mais me espanta é que ainda há gente boa no Brasil, gente qualificada, que poderia funcionar como âncora, ajudando a segurar o povo, para que não caminhe para trás. Mas neste tempo de lulismo o máximo que conseguem balbuciar é "uhu!". Sinal dos tempos...

Brasil, o país do futuro!

"Nós brasileiros estamos vivendo um novo Brasil" diz a musiquinha do Lula, que toca sem parar nas rádios e TVs. Parece que vem muito mais por aí:


03/05/2010 - 07h01
Funkeiras, ex-BBBs e atletas pretendem virar deputados
BERNARDO MELLO FRANCO
FÁBIO GRELLET
da Reportagem Local
da Sucursal do Rio

Animadas com o fenômeno Clodovil, celebridades ensaiam o discurso para tentar transformar a fama em votos nas eleições de outubro. A lista de candidatos improváveis vai de ex-participantes do "Big Brother" ao pentacampeão Vampeta, passando pelos ex-bad boys Romário e Edmundo, pelo trapalhão Dedé Santana e pela funkeira Tati Quebra-Barraco.

Vencedor do primeiro "BBB", há oito anos, Kleber Bambam sonha em trocar os bicos como cantor e animador de festas pelo sossego de um mandato de deputado estadual. Ele já escolheu a plataforma de campanha, pelo PTB-SP: o esporte.

Bambam promete estudar para aprender as atribuições de um político. "Vou fazer um curso e pedir dicas para o meu cunhado, que é veterinário. Ele me instrui em tudo".

Já coroada rainha dos taxistas e da bateria de uma escola de samba do Grupo de Acesso do Rio, a Mulher Melão --apelido de Renata Frisson, 22 anos e anunciados 109 cm de busto-- sonha se tornar agora rainha das urnas. Ela tentará uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio pelo nanico PHS.

Ela já tem projetos. Um deles é levar a mamografia para mulheres das comunidades.

A campanha, porém, começou fora de hora: na última quarta, fiscais do TRE-RJ apreenderam na zona norte do Rio 19 faixas com suposta propaganda irregular. Ela pode receber multa de R$ 5.000 a R$ 25 mil por faixa.
Famosa pelo hit "Dako é Bom", Tati Quebra-Barraco deve ser candidata a deputada federal.

Tati virou evangélica e se filiou ao PTC, mesmo partido que elegeu o estilista e apresentador Clodovil Hernandes (1937-2009) à Câmara dos Deputados, em 2006.

Segundo um assessor, ela ainda não quer falar sobre a candidatura. Tati continua fazendo shows e não excluiu de seu repertório nenhuma canção de duplo sentido.

Em pré-campanha para deputado federal pelo PSOL, o professor baiano Jean Wyllys, vencedor do "BBB" 5, capricha no discurso politizado. "Desde que venci o programa, o que mais tenho feito é fugir do circo da mídia de entretenimento", jura. "Sei que a imprensa vai me botar no nicho do Romário e da Tati Quebra-Barraco, mas não sou isso. Tenho algo a dizer".

Até tu, Bussunda?

Passei o fim de semana de cama, resfriado. Ainda estou me recuperando.

Nas leituras do fim de semana, uma decepção - segundo reportagem da Veja, Bussunda, do Casseta & Planeta, era lulista.

Sempre admirei Bussunda, desde muito tempo atrás, desde antes de sua estréia na televisão. Sempre o achei extremamente inteligente, e durante alguns anos o Casseta e Planeta foi o único lugar na TV onde era possível encontrar alguma crítica a Lula e seu governo. Crítica sempre inteligente, por sinal.

Ao saber que Bussunda era Lulista, o conceito que eu tinha dele fica substancialmente diminuído, afinal inteligência e lulismo não podem ocupar o mesmo corpo.