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quinta-feira, 6 de maio de 2010

O libertador

Está para ser instaurado um processo internacional de arbitragem para dirimir um importante conflito – Lula e Deus disputam o título de quem veio antes de tudo. Aguardemos o resultado.

Mas mesmo que Lula não tenha sido o antecessor de tudo, ou que não tenha sequer sido o descobridor do Brasil, nós brasileiros deveremos ser eternamente gratos a ele por ser o nosso grande libertador.

Vejamos o caso de Franklin Martins – por anos teve que sobreviver do jornalismo, passando por analista político isento, por democrata, quando na verdade o que desejava era tirar fotografia abraçado com Fidel Castro, seu ídolo. Imagine o sofrimento a que foi submetido durante todo o período em que teve que esconder o seu verdadeiro eu. Mas aí surgiu o Lula presidente e libertou Franklin. E, não parou por aí, foi logo libertando todos os brasileiros.

Durante 500 anos o Brasil foi uma espécie de Franklin Martins. Até o surgimento de Lula.

Nunca fomos realmente sérios. Mas tentávamos manter as aparências, e isto dava trabalho e era cansativo.

Com Lula estamos liberados para ser o que realmente somos. Viva Lula!

Difusores do comunismo precisavam se disfarçar de professores. Que chatice. Não precisam mais.

Meios de comunicação precisavam aparentar isenção. Que sacrifício. Agora está liberado – a notícia é a favor de quem pagar mais.

Brasileiros afundados na ignorância precisavam manter o discurso de que queriam melhorar, estudar, trabalhar. Cansava a língua. Lula acabou com isto, agora é só sentar e esperar o pagamento das bolsas.

Políticos construíam patrimônios milionários, mas tinha que ser bem feito para não vir a público. Isto dava trabalho e atrapalhava a realização de alguns negócios. Com Lula os políticos podem ser o que sempre foram, mas sem precisar disfarçar ou ter preocupações.

Grandes empresários falavam de liberalismo, de regras de mercado, concorrência, transparência. Enfadonho. Com Lula podem fazer o que sempre quiseram – vender para o governo e/ou receber financiamento do BNDES. E se Lula mandar, votam em Dil-má.

Proponho que 1º de janeiro de 2003 passe a ser tratado pelos livros de história como o dia da libertação. A verdadeira independência, a independência de nós mesmos. Deverá ter parada militar a cada 1º de janeiro.

Agora o brasileiro pode ser o que sempre foi, sem necessidade de disfarçar, um povo preguiçoso, malandro, beberrão.

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