Há no mercado mundial alguns profetas de profecias auto-realizáveis.
O sujeito diz: "pelas minhas análises a ação da empresa X vai cair". O "mercado" ouve e pensa: "se ele está falando é porque deve ter alguma informação que não temos, logo, vamos vender antes que caia". Todos vendem e a ação cai.
Da mesma forma, diz: "pelas minhas análises a ação da empresa Y vai subir". O "mercado" ouve e pensa: "se ele está falando é porque deve ter alguma informação que não temos, logo, vamos comprar par lucrar com o aumento de preço". Todos compram e a ação sobe.
E o sujeito passa a ser visto como um oráculo de profecias infalíveis. E o mercado bobinho segue em frente sem se dar conta da marmelada.
No Brasil, o conceito foi aplicado para as pesquisas eleitorais. Determinado partido, reconhecido por completa ausência de ética, acerta com in$tituto$ de pe$squi$a para que passem a mostrar em suas "pe$qui$sa$" resultados que lhes sejam favoráveis. O povo, em substituição ao mercado, mas com a mesma ingenuidade, vê o resultado e pensa: "se eles estão falando, é porque o candidato X vai vencer mesmo, logo não vou perder o meu voto, vou de X". No final das contas o candidato X vence e todos (quase) pensam: "viu como as pe$qui$a$ estavam certas?".
quinta-feira, 27 de maio de 2010
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