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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Maceió...primeiras impressões...

Meu caso com o nordeste merece um estudo psiquiátrico...sempre que venho acabo me irritando. Mesmo assim, sempre volto a cada ano ou dois....

Nosso hotel é de frente para o mar. Ótimo. Só que a praia aqui em frente tem ondas e água fria. Praias com água fria e ondas temos aos montes no sul, não precisamos vir ao nordeste. Quando venho aqui, venho em busca de águas calmas e mornas.

Vamos então pedir algumas dicas de praias na recepção do hotel. Lá as pessoas não sabem, se fazem de desentendidas, não dizem coisa com coisa. Enfim, há um posto de agência de turismo dentro do hotel e o objetivo dos funcionários do hotel é que a gente peça informações lá na agência, para sermos “pescados”.

Vamos à agência, então. Como esperado, o atendente está mais preocupado em nos vender o passeio de 5ª feira do que fornecer informações. E nos alerta: “decidam rápido, pois só tenho duas vagas para o passeio, o resto está vendido”. Ok, vamos pensar.

À noite saímos para um passeio chamado “by night”, que já estava incluído no preço quando fechei com o hotel. A guia no passeio é uma senhora de uns 60 anos, que inocentemente revela que o passeio de 5ª feira foi cancelado por falta de interessados...

Durante o percurso de ônibus toca o celular da guia. Duas turistas argentinas ficam encantadas: “que belo celular, qual é a marca?”. A guia ataca de portunhol: “no tiene marca, és genérico, cópia de Iphone, de 25 de março em San Paulo, conoces?”
Com a guia descobrimos que as boas praias ficam a 40 ou 50 quilômetros do hotel. Como chegamos lá?”. “De carro alugado ou de taxi. Se quiser ir de taxi tem que chamar com uns 40 minutos de antecedência, pois eles demoram para vir”.

O passeio “by night” é o seguinte – o ônibus nos deixa numa feira de artesanato às 20h. Temos duas horas para visitar a feira, que é bem grande, e jantar. O ônibus vem buscar às 22h. Gastamos alguns minutos olhando a feira e digo – “vamos procurar um restaurante para jantar, pois pode demorar. Voltamos para ver o resto da feira depois da janta, com mais calma”. Encontramos o primeiro restaurante a uma quadra da feira. Demoram tanto para atender que quando finalmente somos atendidos, digo “perdi o apetite enquanto esperava”. Levantamos e vamos embora. Na segunda quadra um restaurante muito bonito, chamado Imperador do Camarão. Neste conseguimos fazer o pedido, mas a comida não vem, não vem, não vem. Quando concluímos que, se vier, não vai mais dar tempo de comer, vou ao caixa para explicar a situação e tentar dividir o prejuízo da janta não consumida. No caixa descubro que estou invisível. Se estou invisível, posso simplesmente ir embora, já que ninguém vai me ver mesmo. Deixamos dez reais sobre a mesa para pagar o suco e vamos embora.

Chegamos de volta à feira com uns 15 minutos de folga para o horário do ônibus, mas as lojas estão fechadas ou fechando.

Voltamos ao hotel e passamos pela frente do restaurante no exato momento em que está sendo fechado.

Restou comer uma barra de chocolate do frigobar e dormir para esquecer a fome, aguardando o café da manhã, e esperar que amanhã seja outro dia...

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