Lá pelos anos 50, 60, a parte mais pobre do Brasil era comparada com a Coréia. De lá prá cá a Coréia do Sul se desenvolveu, enriqueceu, e a comparação tornou-se impossível. Já a Coréia do Norte optou pelo comunismo, e seus habitantes morrem de inanição.
Mais recentemente, cerca de 15 anos atrás, o Brasil foi apelidado de Belíndia, numa referência à sua parte mais desenvolvida, que se compararia à Bélgica, e sua parte mais pobre, que se compararia à Índia. Não sei não, mas no ritmo que a índia se desenvolve acho que em algum momento esta comparação também se tornará impossível.
Restará sermos comparados com o Congo, ou talvez com o Zimbábue, ou, quem sabe, com Cuba, para a alegria de tantos...
O fato é que o bonde da história está passando, e sempre nos recusamos a embarcar. Enquanto os outros seguem em frente.
Há um Brasil que está satisfeito em morar em casebres sem esgoto. Outro Brasil ambiciona moradias melhores, com saneamento.
Há um Brasil que vive do bolsa família. Há outro Brasil que vive dos rendimentos do seu trabalho.
Há um Brasil que sorri sem dentes. Outro Brasil trata e preserva sua dentição.
Há um Brasil que acha suficiente comer, beber, reproduzir e fazer necessidades fisiológicas. Outro Brasil acha que a vida não é só isso.
Há um Brasil que lê. Para outro Brasil, livro é papel reciclável.
Há um Brasil feliz em seu analfabetismo. Outro Brasil acredita que é preciso estudar, aprender, melhorar.
Há um Brasil que acha que ser progressista é andar para trás. Para outro Brasil progresso é andar para frente.
Há um Brasil que sente orgulho de ser liderado por um ignorante. Outro Brasil sente vergonha.
Há um Brasil que acha que tudo está bom do jeito que está. Há outro Brasil que acha que o país pode mais.
Em outubro estes dois brasis vão se enfrentar nas urnas.
A mídia já escolheu de que lado estará.
E você?
sábado, 29 de maio de 2010
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