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terça-feira, 8 de março de 2011

Aloizio Mercadante

Se não fosse petista, Aloisio Mercadante seria, possivelmente, palhaço de circo, face à sequência de trapalhadas que é capaz de cometer, sem ficar ruborizado. Como os petistas possuem carta branca da imprensa, Mercadante é ministro de estado e eterno candidato a governador de São Paulo.

Segue texto do Augusto Nunes:

"Candidato ao governo de São Paulo, Aloízio Mercadante atravessou a campanha pendurado em duas bandeiras: a imediata extinção do sistema de progressão continuada e uma dramática redução das tarifas do pedágio. Segundo a discurseira no horário eleitoral, a metodologia adotada nas escolas públicas do Estado ─ o aluno é aprovado ou não quando termina o ciclo, não o ano escolar ─ “é um estímulo ao analfabetismo”. E o preço cobrado pelas concessionárias das rodovias paulistas não passa de “um assalto legalizado”.

As duas bandeiras foram reduzidas a farrapos pelo governo Dilma Rousseff. Em fevereiro, o MEC encampou o sistema de progressão continuada, com o nome de “suspensão da repetência”, ao determinar que nenhum aluno dos três primeiros anos do ciclo básico seja reprovado. “Reprovação não é um método de aprendizagem”, ensinou o ministro Fernando Haddad. “Abala a auto-estima da criança e atrapalha o seu sucesso escolar”. Deveria ter dito isso durante a campanha eleitoral, antes da derrota que valeu a Mercadante a nomeação para o Ministério de Ciência e Tecnologia.

O governo que consola órfãos das urnas com empregos no primeiro escalão deveria ter ordenado ao Herói da Rendição que passasse ao largo da questão do pedágio. Nesta segunda-feira, a manchete da Folha de S. Paulo constatou que o aumento das tarifas nas estradas federais privatizadas em 2007 superou amplamente a inflação oficial. Na rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte, por exemplo, o pedágio já subiu 30%. Na Régis Bittencourt (SP-Curitiba), o salto foi de 25%. Se fosse corrigido pela inflação, o índice ficaria em 19%.

Em fevereiro, quando soube da adoção do sistema instituído por Mário Covas, Mercadante deveria ter criticado publicamente a decisão e abandonado o gabinete. Nem miou. É o que fará agora. Importante é manter o emprego. E decerto anda muito ocupado com a coleta de provas para a teoria que enunciou num recente ensaio carnavalesco no Rio: o incêndio que destruiu os barracões de três escolas de samba foi provocado pelo aquecimento global.

“Geraldo Alckmin é o pedágio, eu sou o caminho”, recitou Mercadante ao longo da campanha. Se resolvesse percorrê-lo, o eleitorado paulista conheceria o caminho mais curto para o desastre irreparável."


Volto - os petistas, não só Mercadante, são uma concessão - só existem porque a imprensa concede a eles carta branca, e, também, porque no Brasil a "oposição" é o PSDB, um partido formado por bananas sufocados por títulos acadêmicos, que concede ao PT o direito de governar sem sofrer oposição.

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