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sexta-feira, 11 de março de 2011

Brasil, um grande curral eleitoral

O tal bolsa família foi a transformação dos antigos currais eleitorais locais num grande curral eleitoral nacional. Uma das práticas mais retrógradas e criticadas da política nacional, o curral eleitoral, foi justamente a prática adotada pelos auto-intitulados “progressistas” quando chegaram ao poder – só que nas mãos deles a coisa foi realizada numa escala nunca antes vista na história deste país.

Qualquer governo, de qualquer partido que não o PT, que tentasse criar algo semelhante seria derrubado pelo bombardeio da imprensa. Mas o PT, como sabemos, aparelhou a imprensa antes de chegar ao poder, e comprou o que não conseguiu aparelhar, de forma que governa com carta branca.

Formou-se uma verdadeira legião de eleitores fiéis ao PT, prontos a votar no partido independentemente de quem seja o candidato ou de qual seja a proposta. É o curralzão eleitoral.

Se o PSDB não fosse um partido composto por covardes com título de doutores, teria vencido a eleição de 2010. Com bolsa família e tudo. Isto deve ter soado como sinal de alerta nas falanges petistas. É preciso fazer mais, para garantir que o curral eleitoral do PT seja suficiente para nunca mais colocar em risco a presidência da república, pelo menos enquanto houver eleições presidenciais no Brasil.

Não passou nem 60 dias da posse e Dilma já deu o tom – aumentos acima da inflação para o bolsa família (e abaixo da inflação para o salário mínimo). Sim, ao PT não interessam trabalhadores (emancipados), interessam apenas dependentes do bolsa família.

Hoje vi a manchete de um jornal na banca e era sobre o novo programa social do governo – um tal de aluguel social. Serão condomínios residenciais construídos pelo governo e alugados a preço de banana. Com isto, amplia-se e fortifica-se o curral eleitoral do partido, pessoas que nunca deixarão de votar no PT com medo de perder a casa.

Programas como o minha casa minha vida são uma boa estratégia de marketing, mas uma vez que o cidadão é dono do seu imóvel ele pode até votar no PT por gratidão, mas não por medo de perder a casa. Então, não é um eleitor com garantia de fidelidade.
O partido percebeu isto – não pode vender a casa, tem que manter o sujeito dependente, logo – aluguel social.

O interessante é que o PT não paga nenhum centavo dos gigantesco custo de manter o seu curral eleitoral. Todo o custo é pago por otários como eu e você, leitor, que trabalham e pagam uma das maiores cargas tributárias do mundo, para não ter direito nenhum, ser chamado de “zelite” e pagar a conta da farra do PT.

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