Do Estado de São Paulo:
"Por Lourival Sant’Anna, no Estadão:
Os primeiros sinais de divisão no movimento contra o regime de Muamar Kadafi estão surgindo em Benghazi. Correntes conservadoras descontentes com o perfil - na sua visão excessivamente secularista e liberal - do Conselho Provisório Líbio preparam o que chamam de uma “contrarrevolução”. De sua parte, pessoas ligadas ao Conselho afirmam que não vão tolerar esse tipo de oposição e seus participantes estão sendo perseguidos e presos
Jovens envolvidos nesse movimento disseram ao Estado que pretendem fazer uma manifestação na segunda-feira em Benghazi. “Não estamos contentes com o tipo de pessoas que assumiram a liderança da revolução”, disse um jovem de classe média alta que participa do movimento e falou sob a condição de não ser identificado. Citando pelo nome o advogado de direitos humanos Abdel-Hafiz Ghoga, vice-presidente do Conselho, o jovem continuou: “Eles são tolerantes com o consumo de álcool e de haxixe, a prática de sexo antes do casamento e coisas desse tipo”. “A Líbia é um país muçulmano e deve continuar assim”, continuou o jovem, que participa da organização do protesto de segunda-feira. Ele disse que o grupo quer acrescentar à bandeira da independência do país, adotada pelo movimento anti-Kadafi, a afirmação da fé islâmica: “Não há outro Deus a não ser Alá”.
“Estamos pegando essas pessoas e prendendo”, reagiu um voluntário que trabalha no Conselho. “Esta é nossa revolução e temos de protegê-la a todo custo”, continuou o homem, que não estava dando uma entrevista, mas comentando o assunto informalmente com o repórter. “Temos a situação sob controle.”
Comento: Os radicais islâmicos podem ficar tranquilos em suas aspirações teocráticas, pois infiltraram na Casa Branca o companheiro Barack HUSSEIN Obama.
sexta-feira, 25 de março de 2011
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