Escrevo não sobre o “imperador do universo”, Dom Lula U (de “único”), mas sobre o “imperador” Adriano.
A mídia parece ter um fascínio por Adriano – é imperador para lá, imperador para cá, ficamos sabendo de cada passo do imperador. Bom, alguns passos acho que não chegam ao nosso conhecimento...
Adriano, o imperador, é o típico anti-exemplo: não se cuida, bebe, não treina, rasga contratos, provoca confusões, desestabiliza o grupo, freqüenta ambientes ligados ao tráfico de drogas, há denúncias de agressão a mulheres, e a bola anda bem curta faz muitos anos.
Com tudo isso a mídia parece não perder o interesse pelo imperador. Pelo contrário, quanto mais ele apronta, mais presença de mídia ele ganha.
Jogadores que treinam, cumprem contratos, não bebem, não fazem farra, não criam confusão, jogadores que, enfim, poderiam servir de exemplo, não recebem da mídia a mesma exposição.
Isto me parece um fenômeno típico da era de inversão de valores que vivemos, era onde o errado é que merece ser exaltado. O modelo, aliás, se aplica para os dois imperadores citados acima, o do futebol e o imperador do universo. Parece que os meios de comunicação do nosso tempo nutrem um certo fetiche pela transgressão. E acabam transformando a transgressão em modelo para um povo que gasta muito mais horas na frente da televisão do que na frente dos livros.
segunda-feira, 28 de março de 2011
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