O Brasil está se tornando o país dos apagões ou, como prefere a president”a”, dos Black outs (“Black out não é apagão, apagão foi o do FHC”).
Vejamos:
- Apagão elétrico – é crescente o número de cidades que passam várias horas sem energia elétrica;
- Apagão ferroviário;
- Apagão aéreo;
- Apagão rodoviário;
- Apagão portuário;
- Apagão moral.
Mas aquele que considero o mais grave é o chamado apagão da mão de obra. Como o país não investe seriamente em educação há décadas, e o que já era ruim está sempre piorando, está cada vez mais difícil encontrar mão de obra minimamente qualificada para o trabalho. O problema não é só falta de treinamento profissional. As deficiências educacionais estão produzindo gerações desprovidas da capacidade de raciocinar e, sem esta capacidade, não há base para aplicar treinamento.
Este problema está aí, na cara das autoridades e dos empreendedores, mas como bons brasileiros que somos é preferível ir fingindo que o problema não existe. O governo federal, aliás, está com uma propaganda no ar afirmando que o Brasil é um dos países que melhor investe em educação. Fazer o quê?
Uma das conseqüências deste apagão é que a mão de obra está ficando cara, pois se formou no mercado uma espécie de leilão por pessoas com qualquer mínimo de capacidade. Se o Brasil fosse uma ilha isolada do mundo, estaria tudo muito bem. Como não somos, o primeiro efeito do encarecimento local da mão de obra é mais exportação de postos de trabalho para a China.
Mas há uma outra conseqüência – um concorrente do trabalho humano é a tecnologia. Sim, quantos postos de trabalho já foram eliminados no mundo por robôs e softwares?
No caso da mão de obra (brasileira) observa-se o seguinte: é cada vez pior e mais cara. Fenômeno inverso ao que se observa na tecnologia – é cada vez melhor e mais barata.
Logo, num ambiente global onde há fartura de mão de obra chinesa, e tecnologia com preços decrescentes, quais são as perspectivas de futuro para o emprego no país do apagão?
quarta-feira, 9 de março de 2011
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