"Que uma pessoa fosse proibida de deixar a Alemanha Oriental (milhares morreram tentando saltar um muro construído para encarcerar a população) e continue, ainda hoje, proibida de abandonar o paraíso tropical de Fidel Castro, isso é mais do que um detalhe circunstancial. É, de fato, o elemento central, definidor desses regimes. Os habitantes desses países não são, de modo algum, cidadãos submetidos a uma ou outra restrição arbitrária de suas liberdades básicas. O que lhes é cassado é o direito humano fundamental de ir e vir, de escolher onde viver. Repito: eles não são cidadãos de verdade, eles são propriedade do Estado, e este, por seu turno, é propriedade privada de uma malta de ladrões, assassinos e pervertidos.
Quem diz que o comunismo (ou socialismo) aboliu a propriedade privada mente: ele transformou, isto sim, o grosso da população em propriedade privada, ou seja, em servos de gleba, em escravos. Os regimes, que se proclamam pós-capitalistas, são, a rigor, pré-capitalistas, feudais mesmo, pois re-instituíram a escravidão.
No capitalismo, como se diz, tudo que o trabalhador tem para vender é sua força de trabalho. Bom, no comunismo ele não dispõe livremente nem sequer disso, porque ele, sua família e a força de trabalho de todos pertencem aos mesmos latifundiários (algumas poucas famílias) que detêm igualmente a propriedade da terra e demais meios de produção. Diga-se de passagem, aliás, que os mais de 10 milhões de escravos cubanos (para nem falar dos norte-coreanos) têm menos direitos do que os servos na Europa medieval ou mesmo os escravos do século 19 no Brasil ou nos EUA. A diferença é que, na esquerda contemporânea, não há ninguém tentando abolir essa nova escravidão. (Mas a anterior tampouco foi abolida pela esquerda.)" Escrito por Nelson Archer.
segunda-feira, 9 de março de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário