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domingo, 8 de março de 2009

Uma censura muito mais inteligente

Leio sobre a censura na época do regime militar e constato que era uma coisa brigada. Todo (ou quase) o meio jornalístico e cultural era contra, e realizavam um cabo de guerra permanente com os censores. Toda a criatividade era válida para burlar a censura.

Bom, aquela época passou, e retornou a liberdade de expressão, de manifestação. Por um tempo.

Desde 2003 vivemos novamente sob censura, só que, ao contrário da outra, esta é "suave", e passa quase desapercebida, pelo menos para a imensa maioria do povo Brasileiro.

Esta censura é dividida em diversas barreiras.

Primeiro, a sua determinação, a censura contemporânea determina que - o jornalismo e as manifestações culturais só podem ser realizados a favor do petismo, ou dentro do discurso petista, ou em linha com a maneira petista de ver o mundo.

A primeira barreira está dentro das próprias redações / produções, e não são censores oficiais - inteligentemente os comunistas, depois travestidos de petistas, aparelharam todos os cursos de humanas nas faculdades, ainda na década de 70. Assim, tivéram oportunidade de realizar lavagem cerebral naqueles que seriam os futuros jornalistas ou produtores culturais. Hoje, profissionais, esta turma atua como censores voluntários para o petismo.

Mas e se alguma coisa escapar ao controle deles?

Aí entram em cena as outras barreiras:

1) Artistas, intelectuais e pessoas do meio cultural criticam publicamente os veículos que ousarem falar fora do petismo, liderando um processo de demonização, que ninguém quer se arriscar a se expor;

2) Petistas, estudantes, membros de ONGs do dinheiro público, funcionários públicos, disfarçados de leitores, de ouvintes, ou de espectadores inundam o veículo com reclamações contra qualquer coisa fora do discurso oficial, como se fosse a sociedade livre se manifestando;

Abaixo-assinados são instrumento comum utilizados pelos citados nos itens 1 e 2, accima.

3) Se a barreira interna, e as barreiras 1 e 2, acima, não forem suficientes, entra em cena Franklin Martins e seus asseclas, com a ameaça de cortar o patrocínio estatal. dificilmente alguém resiste a este argumento.

Mas, se alguém resistir, paira sobre todos uma ameaça implícita que pode ser usada em último caso - cassar a concessão do veículo.

Desta forma, sem censores oficiais, sem conflitos, sem stress, o governo Lula exerce a censura sobre todos os meios de comunicação, de maneira muito mais eficiente, indolor e inteligente do que aquela exercida pelos militares.

E o respeitável público a tudo assiste, sem nem imaginar que está assistindo apenas o que o PT permite. Até previsão do tempo...

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