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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Bolsa Família, Lula e imprensa

Hoje pela manhã vi a notícia que o governo federal vai aumentar o número de famílias no Bolsa Família, cerca de 1 milhão a mais de famílias, pelo que entendi. Isto num ano de crise, e de queda de arrecadação.

Se um dia Lula deixar o poder, o bolsa família será sua herança mais maldita. Maldita porquê condena uma infinidade de pessoas ao ócio do dinheiro fácil, condena seus filhos a crescerem vendo este estilo de vida de seus pais, e não oferece porta de saída, só porta de entrada.

Além disso, este programa sobreviverá a Lula, pois qual futuro governante teria coragem de mexer neste vespeiro?

Lula implantou no Brasil o coronelismo federal por atacado, substituindo o que os coronéis regionais historicamente faziam no varejo. Hoje Lula é o grande coronel do Brasil, como diz Diogo Mainardi.

Cresci com os professores criticando o coronelismo, criticando Antonio Carlos Magalhães, mostrando como o coronelismo era uma das razões do atraso do Brasil. Assim que Lula se tornou o grande coronel do Brasil, acabou a crítica.

O bolsa família é uma forma de comprar a democracia, pois o povo humilde vota no governante que lhe deu o dinheiro.

Alexandre Garcia, que geralmente tem bom senso, estava patrulhado no Bom Dia Brasil de hoje, e achou positivo o aumento de famílias no bolsa família.

O Mesmo Alexandre Garcia, na sequência do programa, desceu o sarrafo no Congresso Nacional por causa da eleição para presidente das duas casas. Os congressistas de fato merecem as pancadas que levaram, mas isto está incluído numa estratégia maior da imprensa: exaltar sempre tudo o que Lula faz ou diz, e bater sempre no Congresso e quase sempre no STF, de forma a ir formando no inconsciente coletivo uma idéia de que o mundo seria melhor se fosse concedido todo o poder a Lula.

Interessante como na época do regime militar diversos veículos de comunicação eram metidos a valentes e faziam tudo para driblar a censura. Na era Lula, sem censura (oficial, ao menos), quase todos os ex-valentes se renderam à cooptação do projeto de poder de Lula e do PT.

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