Hoje pela manhã vi a notícia de que o governo federal vai contratar 50 mil novos funcionários públicos em 2009 e que já contratou mais de 200 mil desde que Lula chegou ao poder.
Esta informação merece diversas análises:
- Como funcionário público não pode ser demitido, e se aposenta com valor polpudo, isto significa que toda a vez que uma pessoa de 25 anos, por exemplo, entra para o serviço público, será sustentada pelo estado por cerca de 50 anos, imaginando que viva até os 75 anos. Ou seja, a cada contratação de um novo funcionário público, uma parte da conta já vai de imediato para aqueles que ainda nem nasceram, mas que serão contribuintes daqui 30, 40, 50 anos.
- A qualidade do serviço público continua tão ruim quanto era antes da contratação desses 200 mil novos funcionários. Ou seja, a questão não é de quantidade, mas de gestão. Contratar mais gente não melhora o serviço.
- O Brasil está dividido em duas classes fundamentais, mais ou menos como era ao tempo da escravidão – os funcionários públicos e o resto. Os funcionários públicos estão do lado que usufrui o país: bons salários, risco zero, pouco trabalho, aposentadoria polpuda e uma infinidade de direitos. O resto, nós, somos os que trabalhamos para pagar a conta, que é paga através dos impostos que o governo arranca da gente. Quanto mais gente passa para o lado de lá, mais cara fica a conta, e mais os do lado de cá têm que trabalhar para pagar.
- 2009 será um ano de grave crise econômica. Isto significa que as empresas venderão menos, que terão menos gente empregada, e, por conseqüência, a arrecadação tributária vai cair. Neste cenário o governo federal, que já é deficitário, promete contratar mais 50 mil pessoas, com salários de até R$14 mil. Quanto isto vai custar? De onde vai sair o dinheiro? De mais impostos sobre o resto (nós) ou de mais endividamento para o setor público (os juros do endividamento do setor público também são pagos pelo resto – nós)?
A situação acima vai totalmente na contra-mão do que seria necessário fazer para preservar a economia do país na crise, e para prepará-lo para o crescimento. A impressão que tenho é de que os pacientes fugiram de um hospício e assumiram o controle.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
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