Acho uma futilidade as pessoas que vivem em função de saber o que acontece nas vidas das celebridades. Mas, como defendo a liberdade, dentro de regras democráticas e de convívio social, cada um que dedique seus interesses ao que achar melhor.
Mas e a idiotice?
Cerca de um mês atrás faleceu o marido de Susana Vieira, Marcelo Silva. Logo as bancas de revistas foram invadidas com revistas de celebridades que mostravam Susana na capa, e manchetes que falavam de seu sofrimento, como: "A dor de Susana Vieira".
Imagino que centenas de milhares de revistas foram compradas para que as pessoas soubessem os detalhes da dor de Susana Vieira.
Pois bem, agora, apenas um mês depois, fico sabendo pela internet que a revista Contigo desta semana trás uma entrevista com Susana Vieira, e que a manchete é: "Não derramei nenhuma lágrima".
E novamente centenas de milhares de revistas serão compradas para que as pessoas possam saber os detalhes do "Não-sofrimento" de Susana.
Mas e os que compraram as revistas que noticiavam o sofrimento? Deveriam receber o seu dinheiro de volta?
O pior, contudo, não é isto - o pior é que as pessoas que agora leem que Susana não sofreu, nem lembram que a um mês atrás haviam lido sobre o sofrimento de Susana.
A sociedade contemporânea não tem mais memória, nem de um mês atrás. O mundo, o Brasil em especial, vive o chamado "presente perpétuo", onde as pessoas imaginam que só existe o aqui, agora.
E é nesse contexto que os partidos de esquerda, o PT em especial, fazem a festa. É por isso que Lula diz com todas as letras - "nunca houve mensalão" - pois sabe que ninguém mais lembra de um fato ocorrido em 2005, por mais repercussão que tenha tido o fato.
Não entendo como uma sociedade sem memória pode constrir o futuro, pois estará condenada a sempre repetir os mesmos erros.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
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Que blog maravilhoso...., até que enfim uma pessoa que realmente sabe o que escreve.
ResponderExcluirJá me tornei uma frequentadora de carteirinha do seu blog, ele é tudo de bom.
Parabéns!