Meu professor de ética na USP explicava a razão do sucesso dos povos anglo-saxões, comparativamente ao insucesso dos povos latinos.
Segundo ele, os anglo-saxões possuem uma moral, ao passo que os latinos possuem duas morais.
O latinos possuem uma moral de ordem pública e uma moral de ordem privada, e as duas ocupam o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo, contrariando as leis da física. Para nós, latinos, quando estamos vestindo a moral de ordem pública, somos honestos, trabalhadores, pagamos nossos impostos, somos cidadãos respeitáveis, respeitadores, preocupados com o bem-estar público, etc., etc. Já quando aplicamos a nossa moral de ordem privada...gostamos mesmo é de uma sacanagem, queremos ganhar o máximo trabalhando o mínimo, queremos nos encostar numa boca pública, queremos pagar $50 para o guarda não nos encher o saco, queremos sonegar imposto, queremos que o "público" se lasque, e queremos transar com a mulher do nosso melhor amigo.
São assim - duas realidades opostas no mesmo ser. Nós, latinos, pregamos a moral pública e aplicamos a privada. Nossas sociedades tendem a ser sociedades de faz de conta, e via de regra somos condenados ao atraso, acreditando que somos mais espertos que todos.
Já os anglo-saxões, dizia o professor, possuem uma moral única, que vale para o público e para o privado. Pode ser para o bem ou para o mal, mas a moral é uma só, e o indivíduo não possui diferença entre o que ele prega e o que ele faz. O resultado disto são sociedades reais, e não de faz de conta, voltadas para o progesso.
A má notícia é que os anglo-saxões estão aprendendo com a gente. Não sei se por causa dos movimentos migratórios, por causa da televisão, sei lá. Mas que há um movimento de "latinização", não há dúvida.
O resultado disto, ao longo do século XXI, será a transformação do planeta inteiro num grande terceiro mundo.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
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