Tenho dedicado vários textos a Yeda Crusius (apesar de que não moro no Rio Grande do Sul há mais de 15 anos). Hoje li texto de Paulo Moura, que tráz o trecho copiado abaixo:
"A pesquisa Datafolha de meados de março confirma esse prognóstico. Com mais de dois anos de mandato transcorridos; cavalgando o equilíbrio fiscal conquistado; anunciando investimentos e fazendo um bom governo, Yeda conseguiu a proeza de inviabilizar sua reeleição.
No pleito passado a tucana largou com cerca de 7% nas pesquisas. Hoje, no melhor cenário, teria 9%; menos de um terço do que tem Tarso (30%) e Fogaça (27%). Nenhum governador que a antecedeu conseguiu índice tão baixo de popularidade. É façanha para servir de modelo a toda a Terra. O índice de rejeição de 49%, contra 17% de aprovação, é uma bola de ferro algemada ao calcanhar Yeda. Não há, na história das eleições, registro de vitória de um candidato com mais de 40% de rejeição."
Retomo,
- Vitória do PT, que trabalha pela destruição de Yeda para fazer de Tarso Genro o próximo governador do estado;
- Vitória do PSOL, liderado no estado por Luciana Genro, que luta pela destruição de Yeda para fazer de seu pai, Tarso Genro, o próximo governador do estado.
- Vitória da RBS, o maior grupo de comunicação local, que luta para destruir Yeda para fazer José Fogaça o próximo governador do estado.
Derrotados: Yeda, a competência aplicada na gestão pública e o povo gaúcho.
Povo gaúcho que, aliás, não teve nenhum governador, digno de ser assim chamado, durante toda a segunda metade do século XX. Tiveram que aguardar mais de 50 anos até que Yeda assumisse o cargo e mostrasse o que é de fato um administrador público. Na melhor tradição de Flores da Cunha. Se a pesquisa mencionada acima refletir a realidade será prova de que os gaúchos merecem de fato viver afundados num mar de ineficiência e insolvência públicas.
E quem são os adversários favoritos, de acordo com a pesquisa?
- Tarso Genro - comunista histórico, dedicou todos os dias da sua vida pública e privada à desconstrução do estado democrático de direito para ser substituído por um regime socialista. Não possui ao longo de sua vida nenhuma realização pública concreta, palpável, em benefício do coletivo. Apenas lero lero e doutrina marxista/leninista. Se a Tarso fosse concedida a oportunidade de implantar no Brasil o regime de seus sonhos (está tentando) eu, e muitos outros, seríamos encaminhados ao paredão mais próximo, para "profilaxia social". Tarso pertence a um partido - o PT - que, no governo federal conseguiou a proeza de transformar a corrupção em algo aceitável para a população, desque seja praticada nos interesses do PT. Seu partido governou o Rio Grande recentemente. Além de expulsar investidores, entregou o governo do estado mais quebrado do que era.
- José Fogaça - famoso professor de português em cursinhos dos anos 70, elegeu-se deputado estadual em 1978, deputado federal em 1982 e senador em 1986, reeleito em 1994. Fiz campanha para ele em 1986. Enquanto fazia seu últimos discurso de campanha, em frente à Prefeitura de Porto Alegre, eu era encarregado de jogar santinhos seus sobre a multidão. Em todos os cargos que exerceu, Fogaça marcou pela invisibilidade e irrelevância. Por onde passou deixou um rastro de "não-realizações". Sua administração municipal em Porto Alegre era marcada, também, pela falta de realizações. Nas minhas visitas a Porto Alegre, em conversas com porto-alegrenses, sua reeleição era considerada difícil em função da invisibilidade da sua atuação. Reelegeu-se, também em função da baixa qualidade de suas 3 adversárias (3 comunistas). Se eleger-se governador do estado, provavelmente fará um governo ético. E só. Será mais um governador "peso morto" para o Rio Grande.
Abre o olha gauchada, abre o olho enquanto é tempo. O Rio Grande do Sul já se deu ao luxo de perder 50 anos de história. Já se deu ao luxo de sair do centro das questões relevantes nacionais e migrar para a periferia da irrelevância. Chega de perder tempo gauchada.
Ser gaúcho não é apenas caminhar na rua, sob 40 graus, com garrafa térmica numa mão e cuia na outra. Ser gaúcho não é apenas andar de bombacha na semana farroupilha. Ser gaúcho também é pensar no futuro do Rio Grande, onde viverão amanhã os gauchinhos de hoje.
sábado, 25 de abril de 2009
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